A esquerda vai sumir das redes?

A chegada de Bolsonaro à presidência foi mais do que uma aberração eleitoral nunca vista no Brasil: foi uma catástrofe que não conseguimos reverter até agora. Desde então, nunca mais tivemos uma eleição – ou um dia – que não fosse marcado pela desinformação e pelo ódio nas redes. Sua ascensão consolidou uma aliança profana entre a extrema direita e as big techs.

O Brasil se tornou o país que mais acredita em fake news no MUNDO TODO segundo a OCDE. O projeto de lei que tentou combater esse mal foi sabotado no Congresso pelo Google, pela Meta e pelo X.

E essas empresas estrangeiras estão de olho nas próximas eleições. A Meta e o Google realizaram grandes sessões de treinamento para ensinar ao partido de Bolsonaro e seus influenciadores como usar a inteligência artificial para espalhar sua mensagem aos eleitores.

Além disso, algumas das maiores personalidades da esquerda estão perdendo seus canais nas redes sociais sem maiores explicações. Essa tendência é muito preocupante.

E o Intercept Brasil, junto com muitas redações jornalísticas, não fica de fora da censura algorítmica. O alcance no Facebook já chegou a cair 75%. Também sofreu grandes quedas no tráfego vindo do Google, com a introdução dos resumos de IA.

Essa conjuntura de ataques e apoios mostra um claro viés político e prova que as big techs estão dispostas a fazer praticamente qualquer coisa para manter aberta a mina de ouro que é o Brasil.

Declarações fornecidas ao Congresso mostram que, em menos de cinco anos, Apple, Google, Amazon, Microsoft, Meta e TikTok pagaram R$ 289 bilhões em impostos apenas sobre as remessas enviadas do Brasil ao exterior. A mina é enorme.

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