
POR GERSON NOGUEIRA
A situação já era desesperadora antes da partida de ontem contra o Novorizontino. Depois da derrota, por 1 a 0, o quadro ficou praticamente irreversível: o PSC está com o passaporte carimbado para o rebaixamento à Série C. Com 22 pontos, na lanterna da competição e a 8 pontos do primeiro time fora do Z4, a desesperança entra em cena.
Um sintoma disso foi a reação do torcedor na Curuzu. Normalmente agressivo diante de resultados negativos, a derrota não provocou maiores protestos, como se já fosse esperada. Prevalece a consciência de que não há mais o que fazer.
O jogo começou até simpático para o PSC. Leandro Vilela teve uma boa chance, em seguida Reverson teve outra. Mas, aos 11 minutos, a casa quase caiu. Em cochilada geral da defesa, Nathan Fogaça teve o gol escancarado, mas bateu em cima de Thiago Heleno e a bola saiu.
Havia equilíbrio nas disputas de meio-campo, mas o Novorizontino era mais organizado e objetivo nas ações ofensivas, com Matheus Frizzo, Rômulo e Fogaça impondo grande movimentação.
Veio a 2ª etapa e o PSC começou melhor, pressionando um pouco mais. Denner e Marlon buscavam aproximação com Garcez e Diogo Oliveira, mas a falta de pontaria voltou a prevalecer. Denner errou, Diogo se atrapalhou na área e o time gastava energia com cruzamentos inúteis.
Aos 30’, finalmente, a bola foi parar no fundo do barbante. Garcez recebeu livre, passou pela zaga e bateu rasteiro. A torcida ainda festejava quando o VAR anulou o lance por impedimento do camisa 10.
A frustração com o gol invalidado fez a galera silenciar e o time esfriar. Continuou lançando bolas na área, mas a zaga do Novorizontino prevalecia sempre. Aí, aos 43’, veio o castigo: em cobrança de escanteio, Donato desviou de cabeça, sem qualquer chance para Matheus Nogueira.

Foi a 11ª partida sem vitórias, consolidando o time na lanterna, a oito pontos do primeiro time fora do Z4. Márcio Fernandes tentou tirar o coelho da cartola, usando três laterais – como fazia Claudinei –, mas não funcionou. Para piorar, Diogo Oliveira não acertou mais o pé.
Em meio às lamentações de praxe, Márcio Fernandes surgiu com uma avaliação equivocada quanto ao resultado do jogo. Achou que o PSC merecia vencer e viu até pênalti que não aconteceu.
O técnico diz acreditar que a salvação ainda é possível, o que colide com a dura realidade da competição. Por fim, prometeu que o Papão vai lutar com dignidade até o fim, na disputa dos 30 pontos que restam, o que é praticamente jogar a toalha. (Foto 1: Mauro Ângelo/Diário; foto 2: Jorge Luís Totti/Ascom PSC)
Leão tem desafio de superação no Rio
Contra o Volta Redonda, hoje à noite (21h30), no Rio de Janeiro, o Remo terá que se superar em relação às baixas importantes e à ausência de técnico à beira do gramado. O artilheiro Pedro Rocha e o lateral Sávio são os principais desfalques do time.
Fora de casa, sob o comando de Antônio Oliveira, o Remo venceu três jogos e empatou quatro. Por coincidência, a última derrota foi contra o Atlético-PR, quando o time foi dirigido interinamente pelo auxiliar Flávio Garcia, que estará novamente no comando hoje.
Guto Ferreira, cuja contratação foi anunciada na segunda-feira à noite, já acompanha a delegação e certamente vai orientar o time, mas conhece muito pouco do elenco azulino. Sua presença será importante a partir da rodada 29, contra o CRB, em Belém.
Para continuar sonhando com o acesso, o Remo precisa voltar a vencer. Diante do Voltaço, adversário que está ameaçado de rebaixamento, há uma boa possibilidade, desde que o Leão jogue de forma organizada e objetiva no aproveitamento dos contra-ataques.
Nico Ferreira ou Janderson. Sai daí o substituto de Pedro Rocha para a partida desta noite. Na lateral esquerda, a mudança é mais simples: entra Alan Rodríguez. O meio-campo deve continuar com Caio Vinícius e Jaderson. Panagiotis, que estreou bem, pode entrar.
Eleição na FPF terá aclamação inédita
No fechamento do prazo de inscrição de chapas para eleições da entidade, nesta segunda-feira (22), apenas a candidatura de Ricardo Gluck Paul foi oficializada para a eleição na FPF. Portanto, ele será aclamado presidente para mais um mandato, a partir de 26 de julho de 2026.
O colégio eleitoral de 137 membros validou a candidatura única, com apoio integral, algo inédito na entidade. O artigo 13 do estatuto prevê a aclamação em casos assim. Para Ricardo, a adesão total reflete a consolidação de uma gestão marcada pela pacificação e pelo equilíbrio administrativo.
A nova diretoria tem, entre os vices, Hélio Paes Júnior (Helinho), primeiro ex-atleta profissional a ocupar o posto, além de representantes de ligas, como Ricardo Oliveira, e de clubes, como Sandcley Monteiro – que representará o futebol do oeste do Pará. Outro vice será o advogado Emerson Dias.
Outra presença importante na vice-presidência é de Danielle Pina de Almeida, diretora do Centro da Juventude (Ceju). É a primeira vez que uma mulher alcança representatividade na cúpula da FPF.
(Coluna publicada na edição do Bola desta quarta-feira, 24)
A toalha foi jogada desde a contratação de Fernandes. Estava mais que óbvio que o projeto desde então, era Série C 2026.
Do atual elenco, salva-se os goleiros e Bryan, que mesmo não sendo uma estrela, pelo menos joga com vontade de quem quer vencer, pena que os demais não embarcaram nessa luta.
Pra variar dívidas acumuladas, orçamento zerado e o as receitas para 2026 creio que foram antecipadas e esvaidas pelo ralo abaixo.
Parafraseando Cazuza:” eu vi o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades, o tempo não para!”
A Novos Rumos não acrescentou muita coisa a história do Paysandu, pelo contrário, somou um grande número de derrotas e gols sofridos lançando o time Bicolor no rol das equipes que mais perderam na história dos campeonatos brasileiros.
Para fechar com chave de chumbo, para ser educado, só faltou tomar uma sonora goleada para lacrar o caixão do rebaixamento!
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