Era um jogo aguardado com ansiedade pela torcida alviceleste, pois o Paysandu tinha a chance de deixar a zona de rebaixamento em caso de uma vitória. Ocorre que atuando abaixo do esperado e com pouca presença ofensiva, o Papão acabou derrotado por 1 a 0 e perdeu a invencibilidade de nove partidas dentro da Série B. Com isso, permanece na 19ª colocação, com 21 pontos.
Os primeiros minutos deram a impressão de que o PSC dominaria a partida, mas os seguidos erros no ataque consolidaram a segurança defensiva do Vila Nova, que organizava contra-ataques perigosos. A chuva forte que caiu sobre o estádio da Curuzu esfriou a partida, mas o Vila passou a cercar a área bicolor. Aos 17 minutos, após cruzamento na área, o atacante Ruan Ribeiro perdeu uma chance clara, sozinho na pequena área.
A chuva foi embora ainda no 1º tempo, mas o PSC seguiu jogando de forma lenta e errando muitos passes. Concentrava muito as ações no lado esquerdo, com Reverson e Garcez, mas a marcação não permitia que ambos fizessem muita coisa. Em outra chegada forte, aos 25′, Pedro Romano lançou Dodô, que chutou cruzado, levando muito perigo ao gol de Gabriel Mesquita.

A situação estava difícil e Garcez tentou cavar um pênalti aos 40′, mas a arbitragem não foi na onda. Em seguida, o próprio Garcez escorou um cruzamento de cabeça e a bola foi parar no fundo das redes, para delírio da torcida que lotava a Curuzu. O lance, porém, foi invalidado: Leandro Vilela estava impedido na origem da jogada.
O panorama não mudou no começo do 2º tempo. Apesar de buscar ir ao ataque, o PSC organizava mal as jogadas e facilitava o trabalho de marcação. Restava cruzar bolas na área, sem nenhum resultado prático. O Vila Nova se encolhia, à espera de brecha para explorar o contra-ataque.
Na melhor manobra do ataque do Papão, o meia Denner ficou livre na área, após receber passe de Diogo Oliveira, mas retardou o chute e a defesa travou a jogada.
Confuso em suas linhas, o PSC não conseguia pressionar e ainda abria espaços na defesa. Aos 26′, André Luís arrancou pela direita e deu um passe perfeito para o volante João Vieira, livre de marcação no lado esquerdo. Ele bateu de chapa e marcou um belo gol. A temida “lei do ex” puniu o Papão e deixou a Fiel enfurecida, vaiando a diretoria e atirando objetos no gramado.
O técnico Claudinei Oliveira fez mudanças (entraram Benitez, Edilson, Vinni e PK), mas o time seguiu na mesma toada. O time não se entendia e Diogo Oliveira e Edilson quase saíram no tapa. No final, o Tigre levou a melhor. A derrota quebrou a invencibilidade de nove jogos sob o comando de Claudinei.
(Foto: Jorge Luís Totti/Ascom PSC)