
A insatisfação da torcida azulina com o técnico Antônio Oliveira ganhou mais um capítulo na noite desta quinta-feira (17), pela 17ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O Remo empatou com o Novorizontino por 1 a 1, no estádio do Mangueirão, em Belém, frustrando a expectativa dos torcedores. Na saída das equipes, Oliveira foi bastante vaiado por trocas que comprometeram o desempenho da equipe no 2º tempo.
O início foi favorável ao Leão, que conseguiu atacar seguidamente e chegou ao gol logo aos 9 minutos, com Matheus Davó, após forte pressão na área adversária. Aos 17′, quase veio o segundo gol em chute de Jaderson. Depois dos 20 minutos, o Novorizontino cresceu de produção.
O empate veio quase ao final do 1º tempo. Em chute de fora da área de Matheus Frizzo, a bola resvalou em Robson e enganou o goleiro Marcelo Rangel, igualando o marcador.
No 2º tempo, o jogo foi mais truncado, com o Remo tendo a bola, mas sucesso prático nas tramas ofensivas. A saída do volante Cantillo, que fazia boa atuação, desarticulou a organização ofensiva azulina e fez diminuir o potencial ofensivo do time. Por seu turno, o Novorizontino passou a explorar os espaços (e o desespero) do Remo, criando duas boas chances. Na jogada mais aguda, Frizzo disparou para uma excelente defesa de Marcelo Rangel.
Quanto às atuações individuais, o atacante Pedro Rocha, artilheiro da Série B, que voltava ao time depois de se recuperar de lesão, não atuou bem. Janderson e Davó tiveram movimentação mais interessante na fase inicial. Caio Vinícius e Jaderson tiveram acentuada queda de rendimento, assim como Sávio. O desgaste físico também contribuiu para a atuação confusa do Leão nos 15 minutos finais da partida.

O resultado fez o Novorizontino chegar aos 31 pontos, consolidando o terceiro lugar. O Remo foi aos 26 pontos, assumindo provisoriamente o 4º lugar. Corre o risco de perder até quatro posições no desdobramento da rodada.
Esse jogo deu calo nos olhos. Fico pensando como um jogo entre competidores da parte de cima da tabela da Série B do brasileiro de futebol pode ser tão ruim. Chega a ser lugar comum dizer que o futebol brasileiro está alguns níveis abaixo do futebol europeu. Mas, contraditorianente, é daqui que sai a matéria-prima de qualidade para os grande clubes da Europa. Então, é surpreendente ver jogos de tão baixa qualidade, inclusive no Brasileirão. E é triste ver jogadores que chutam mal ou não chutam a gol em ocasiões propícias, dominam mal a bola, passam mal e se posicionam em campo pior ainda. Temos a sensação que o time não tem plano de jogo e, se o tem, os jogadores não entendem bulhufas dele. É um espetáculo deprimente a cada jogo, somente amenizado quando saem gols, mesmo acidentais, que, afinal, é a razão de ser e alegria de uma partida de futebol.
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Individualmente, Luan Martins e Pedro castro podem até ser bons jogadores. O problema é que, juntos, não apresentam sinergia que resulte numa dinâmica ofensiva para o time e nem em eficiência defensiva. Fisicamente, inclusive, Pedro Castro se mostra importante porque tem jogado muitas partidas sem lesões, permitindo continuidade, mas a regularidade negativa depõe contra a permanência no time titular. Pedro Rocha, também bastante acionado, não tem convivido com lesões, embora poupado do jogo contra a Chapecoense. Cantillo entregou o que se espera dele, assim como Davó, com um gol logo no começo. Caio Vinícius foi bem enquanto durou e Camutanga fez a melhor partida pelo Remo. A falha tática mais evidente no jogo contra o Novorizontino foi a marcação pela direita, sob responsabilidade de Marcelinho e Janderson. Por aí têm saído as jogadas mais perigosas contra o Remo. Pela esquerda, ainda há alguma sinergia entre Sávio e Pedro Rocha nos lances defensivos, mas já se observa algum desgaste nesta parceria também na fase ofensiva. É preciso pensar em melhorar o equilíbrio tático do time porque o mesmo lado direito que teve destaque nas primeiras rodadas caiu vertiginosamente de produção e o lado esquerdo que vinha bem, também vem caindo de rendimento. Logo agora, que o meio ensaia subir de produtividade…
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