
POR GERSON NOGUEIRA
Com o final da fase classificatória do Parazão 2025, oito times estão classificados para os jogos das quartas de final, que começam amanhã, com o confronto Remo x Santa Rosa, no Mangueirão. As demais partidas serão no sábado e no domingo: Paysandu x Capitão Poço, Bragantino x Águia de Marabá e Castanhal x Tuna.
O encerramento da primeira fase permite também observar times e jogadores que se sobressaíram nas oito rodadas iniciais. Apesar da derrota para o Cametá na última rodada, o Remo se mantém em primeiro lugar – pela quantidade de gols marcados, 17 – com 17 pontos.
A maior goleada do campeonato (5 a 0) foi obtida pelos azulinos no confronto com o S. Francisco, logo na estreia. Dentre os atacantes do Leão, o maior destaque é Adailton, com quatro gols. Apesar das boas atuações, Adailton não é titular no time de Rodrigo Santana.
Goleador do Parazão 2024, com 11 gols, Nicolas também está na ponta da tabela deste ano, com cinco gols, embora as atuações tenham sido pouco brilhantes. Com média de 0,63 gols por partida, o camisa 11 é seguido por Adailton (Remo) e Peu (S. Francisco, eliminado), ambos com quatro gols.
Quanto ao papel importantíssimo de organização, função pouco destacada nos favoritos Remo e PSC, os melhores números cabem a Leleu (Cametá) e Germano (Águia). O armador do Azulão já tinha se destacado no ano passado, quando defendia a Tuna. Nesta temporada, ele é autor de quatro assistências, mesma marca de Leleu.
Curiosamente, os dois não conseguiram conduzir seus times a campanhas grandiosas – o Águia terminou em 6º lugar e o Cametá já está eliminado. Outro expoente do setor de meio-campo é o habilidoso Edicleber, do Bragantino.
Sem protagonistas e com times que precisam de mais afinação, a seleção da 1ª fase ficou assim: Marcelo Rangel (CR); Kadu (CR), Diego Macedo (Santa Rosa), Klaus (CR) e Hércules (Bragantino); Matheus Vargas (PSC), Jaderson (CR) e Edicleber (Bragantino); Borasi (PSC), Adailton (CR) e Rossi (PSC). Técnico: Robson Melo (Bragantino).
Fenômeno abre vantagem nas arquibancadas
A participação das duas maiores torcidas do Estado nos jogos do Parazão não foi acachapante como se esperava. A do Remo foi mais presente, embora com presença expressiva apenas em duas rodadas, a primeira e a sétima (do clássico Re-Pa). A Fiel Bicolor ficou devendo, recebendo críticas do próprio presidente do clube, Roger Aguilera.
O fato é que, dos cinco maiores públicos da competição, quatro incluíram a participação da torcida azulina. A maior platéia (39.836 pagantes) ficou com o Re-Pa, da 7ª rodada. O segundo público foi o da abertura do campeonato, entre Remo 5 x 0 São Francisco: 22.017 pagantes.
O terceiro jogo de maior público foi Remo 2 x 2 Capitão Poço, na 4ª rodada, com público de 8.512 pagantes. Em seguida, Remo 1 x 0 Santa Rosa (6ª rodada) teve 6.590 pagantes. O 5º maior público ficou com a partida Paysandu 4 x 1 Capitão Poço (1ª rodada), com 6.664 pagantes.
Os preços estabelecidos para os jogos de Remo e PSC, R$ 50,00 (arquibancadas) e R$ 160,00 (cadeiras), também podem ter contribuído para refrear o ímpeto dos torcedores, principalmente num período do ano repleto de outras atrações, como o Carnaval.
Fifa abre o cofre para o Mundial de Clubes
Causou grande impacto ontem (5) o anúncio da premiação aos participantes do Mundial de Clubes. A Fifa vai distribuir US$ 1,1 bilhão (R$ 6,33 bilhões) aos times. Uma parte irá para equipes que nem estarão no torneio. A informação foi dada depois do Conselho técnico da entidade.
A fortuna mobilizada para o torneio está assegurada no orçamento da Fifa, aprovado na reunião. Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras representam o Brasil na competição, que será disputada de 14 de junho a 14 de julho, nos EUA. Todo o dinheiro a ser arrecadado será reaplicado no próprio torneio, tanto na organização quanto na premiação.
O Mundial faturou US$ 2 bilhões, sendo US$ 1,5 bilhão na comercialização dos direitos de transmissão e marketing, e US$ 500 mil em ingressos e pacotes de hospedagem. Desse total, US$ 900 mil são apontados como custos do evento. O restante ficará com os clubes.
Para surpresa de muitos, a Fifa abandonou a habitual sovinice e avisou que premiará não apenas os 32 participantes do Mundial: vai distribuir ajuda, a título de solidariedade, para clubes que não se classificaram para a disputa. A intenção é minimizar as possíveis distorções nos continentes com o dinheiro extra a ser distribuído no torneio.
Mas, segundo a BBC, a Associação de Clubes Europeus está perto de fechar um acordo com a Fifa para garantir uma fatia maior de premiação para os seus clubes.
O Independent detalhou o pagamento aos participantes do Mundial da seguinte forma: US$ 575 milhões pela participação (em valor que varia de acordo com a confederação) e US$ 465 milhões por performance.
Segundo Gianni Infantino, presidente da Fifa, o Mundial vai passar à história como o ápice da excelência no futebol de clubes e como “demonstração viva de solidariedade” em benefício dos clubes. A conferir.
(Coluna publicada na edição do Bola desta quinta-feira, 06)