PGR Paulo Gonet confraterniza com aliados de Bolsonaro

A foto do PGR num convescote com bolsonaristas é, de longe, a imagem mais intolerável e preocupante de um Brasil sob assédio sem fim do fascismo e do crime. É o flagrante de um aceno simbólico à complacência com um segmento político fiador de tragédias sociais e violações civilizatórias cáusticas ao povo brasileiro. É grave. Sobretudo porque o PGR tem a exata noção do peso inerente às ações públicas e maneja a discrição como selo da postura em relação a cargo e processos.

Nas eleições, evitou agir contra o bolsonarismo para não influenciar o voto e permitiu a pregação fascista que infectou os municípios. A autorização para se deixar fotografar é, assim, um recado indigesto para um país aflito e à espera de punição à delinquência conhecida pelos comensais do rega-bofe. É uma ridicularização do perigo golpista ao confraternizar com quem se alinha com o mentor e principal beneficiado de um atentado mal-sucedido contra o país.

A letargia em denunciar quem deveria estar na jaula em contraste com a disposição para sentar à mesa com o extremismo amarga a esperança por justiça no Brasil. O fedor da impunidade saiu na foto. (Por Tiago Barbosa, no X)

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