Rock na madrugada – Patti Smith, “Glitter in Their Eyes”

POR GERSON NOGUEIRA

Patricia Lee Smith, conhecida pelo nome artístico Patti Smith, tem múltiplos talentos: poeta, cantora, fotógrafa, escritora, compositora e musicista norte-americana. Tornou-se conhecida mundialmente em pleno movimento punk com seu cultuado álbum de estreia, Horses, em 1975. Sou suspeito para escrever sobre Patti, admirável em sua caminhada destemida como compositora e ativista da liberdade.

A carreira seguiu em alta após Horses, mesmo que nos últimos anos não tenha lançado trabalhos inéditos. Ao mesmo tempo, angariou prestígio e respeito pelos livros que lançou (estou devorando no momento “Só Garotos”, obra autobiográfica recheada de relatos afetivos).

Figura icônica do circuito alternativo, Patti tem registros magníficos e arrebatadores de shows nos Estados Unidos e Europa, como este de 2000, quando se cercou de uma banda poderosa e roqueira, extraindo o máximo vigor na execução de “Glitter in Their Eyes”.

Aos 77 anos, Patti se consolida como a grande dama do rock. Humilde, emocionou-se ao ter o nome citado em música do álbum The Tortured Poets Department, de Taylor Swift. Um trecho da faixa-título da estrela pop diz, em tradução livre: “Eu ri na sua cara e disse / ‘Você não é o Dylan Thomas, não sou a Patti Smith / Isso não é o Chelsea Hotel / Não somos idiotas modernos'”.

A música faz referência ao relacionamento entre a dona do hit “Gloria” e o frontman do The 1975, Matty Healy. Ela reagiu à citação de Taylor Swift, publicando foto em preto e branco com Portrait of the Artist as a Young Dog (1940), livro de Dylan Thomas. “Isto é para dizer que fiquei emocionada por ser mencionada ao lado do grande poeta galês Dylan Thomas. Obrigada, Taylor”, escreveu a eterna contestadora. Grande Patti.

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