Deputados da Alepa recebem comitiva para discutir exploração de petróleo

Nesta semana, o presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), deputado Chicão, acompanhado dos deputados Iran Lima, Luth Rebelo, Gustavo Sefer e Nilton Neves, recebeu uma comitiva de empresários interessados em avançar nas negociações para a exploração de petróleo no Estado, que eles denominaram de novo pré-sal. O governador Helder Barbalho também está acompanhando a agenda e se mostrou aberto a apoiar o projeto de exploração de petróleo, que será executado na costa do Amapá, e terá apoio logístico totalmente sediado em Belém.

Também participaram do encontro, que ocorreu na antessala da presidência da Casa de Leis, Fábio Vasconcelos (vice-presidente do Sindicato Nacional das Indústrias Navais), Rafael Teixeira, Roberto K. Filho, Roberto Kataoka, Paulo Morelli, Antônio Batista, Ivo Borges (Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos), Dário Magalhães, prefeito Dr. Lourival Menezes e vereadora Marília – Baião, e Ricardo – Federação de Futebol do Oeste do Pará.

Como primeiro e segundo vice-presidentes da Alepa, Luth Rebelo e Gustavo Sefer, respectivamente, ficaram encarregados de construir uma agenda sobre esse assunto, a partir da criação de um grupo de trabalho, para que todas as demandas ponderadas pelo grupo obtenham apoio e avanço nas discussões nacionais. O deputado Gustavo Sefer explica que o momento é crucial para o avanço da pauta.

“Os líderes locais precisam se unir, pois a Petrobrás já demonstrou interesse e reconheceu o grande potencial que a nossa costa tem, de exploração de petróleo, talvez com uma capacidade até maior do que o pré-sal que foi tão importante para desenvolver aquela região do Rio de Janeiro. Mas, sobretudo, será importante para arrecadar e abastecer o país, já que o petróleo ainda é o principal combustível que nós utilizamos”, disse o parlamentar.

Ainda de acordo com Gustavo Sefer, a Petrobrás vem investindo muito forte no Pará, mas que a falta da licença do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) é um entrave, o que vem dificultando o avanço dos estudos para o início das atividades de exploração de gás e petróleo na região amazônica.

“A estrutura está toda pronta aqui, porque escolheram Belém como a sede portuária para a operação. Esse projeto vai gerar milhares de empregos para o nosso estado, para a nossa capital, para os municípios que são costa do nosso do Pará, tanto do Marajó quanto aqui da região do Salgado, e nós não podemos permitir que por pessoas que às vezes não conhecem a nossa realidade, sabendo da tecnologia que a Petrobrás possui, de fazer uma exploração com segurança e que não irá trazer nenhum tipo de prejuízo ambiental na nossa região, para que o desenvolvimento não fique para trás”, pontuou o deputado.

Gustavo ressalta que deu entrada, com o apoio do presidente Chicão e do deputado Luth Rebelo, para a implementação da Frente Parlamentar de Acompanhamento da Exploração de Gás e Petróleo na região. Os estados beneficiados diretamente com o projeto são o Pará, Amapá e Maranhão. O próximo passo desse trabalho será a participação dos parlamentares em uma audiência pública marcada para a próxima sexta-feira (19), em Oiapoque, no Amapá. Posteriormente, também será realizada uma audiência pública em Belém, na sede da Alepa, e autoridades como o ministro de Minas e Energia, a ministra de Meio Ambiente, além do governador do Estado, Helder Barbalho, serão convidados.

“Essa é uma oportunidade de arrecadação para o nosso estado, de desenvolvimento, de geração de emprego. Esse é um projeto para agora. A primeira etapa é exatamente na Foz do Amazonas, que fica na divisa do Amapá com a Guiana, até o limite do Marajó, aqui no Pará. Então, já pega a metade do nosso estado, beneficiando as cidades do Marajó que tem aqueles piores índices de desenvolvimento humano do Brasil. A segunda bacia já é na divisa do Pará com o Maranhão, e pega toda a nossa Costa Nordeste, até a cidade de Barreirinhas, no Maranhão (…). O pagamento de royalties aos governos estaduais pelas empresas de óleo e gás, no Rio de Janeiro, foi de R$ 12,8 bilhões, isso já seria a arrecadação do Pará”, finalizou o deputado Gustavo Sefer.

Economia x Desenvolvimento

O empresário Rafael Teixeira está participando ativamente das discussões e conta que vem articulando e movimentado o segmento empresarial paraense em prol do projeto, participando de várias reuniões com a Federação das Indústrias do Pará (Fiepa) e Associação Comercial do Pará (ACP). “Tudo para podermos explicar melhor sobre esse projeto, até sobre a questão da transição energética, né?”, explica.

O grupo chegou a ir com uma comitiva do Pará até Houston, no Texas (EUA), para participar da Offshore Technology Conference (OTC), a maior feira mundial de petróleo gás e energia. O objetivo foi colher informações sobre novas tecnologias para atuação nesse mercado. “Até para podermos difundir as informações e explicar melhor esse potencial, essa nova fronteira econômica que está aí oportunizando ao nosso estado um desenvolvimento pleno e inclusive de regiões muitos pobres, como a região do Marajó e todo o litoral paraense que vão ser beneficiados com esse do petróleo”, destacou.

Rafael reforça que a base de operação do projeto será em Belém, devido à malha rodoviária e hidroviária da região. “Como disse a diretoria da Petrobrás, até em tom de ironia, que ele rasgaria o diploma dele se não fosse confirmado o potencial de petróleo e gás na região. Porque já tem estudos de características de solo, do leito marinho e também da proximidade de outras grandes bacias de petróleo que tão instaladas aqui no Suriname (…). Atualmente, o Brasil tem cerca de 11 bilhões de barris de óleo equivalente na sua bacia, o que garante cerca de 10 anos apenas de consumo de petróleo. E o potencial da margem equatorial é de cerca de 30 bilhões de barris equivalentes. Então isso aí garantiria mais 30 anos de consumo de petróleo”, finalizou.

Pontos destacados pela Frente

• A Petrobrás, desde 2021 vem fazendo toda uma mobilização técnica para iniciar as atividades de exploração (procura de petróleo) na Margem Equatorial. O primeiro poço a ser perfurado será na Costa do Amapá, na sequência os poços na costa do Pará (em frente à Salinopólis).

• Várias empresas já foram contratadas pela Petrobrás e já se estabeleceram no Porto de Belém (CDP), já há vários empregos gerados e atividades de apoio sendo realizadas na cidade.

• O Ibama não concedeu a licença para a exploração (previsão janeiro/2023), alegando falta de informações que garantam que a atividade será segura do ponto de vista ambiental.

• O presidente da Petrobrás (Jean Prates) e o Ministro das Minas e Energia (Alexandre Silveira) têm se empenhado, nos últimos meses, junto ao Ibama, para entregar todas as documentações técnicas que formas de garantir tecnicamente que a atividade é segura e portanto que é a licença pode ser emitida sem nenhum risco.

• No passado alegavam a existência de “corais raros”. A UFPA provou que não há corais nesta região.

• Estudos têm mostrado que mesmo se houvesse (probabilidade mínima) um derramamento de óleo, o fluxo das correntes não é para o continente e sim para o oceano.

• Há necessidade de mobilização pública, principalmente, da classe política dos estados da Margem Equatorial para apoiar o Ministro Silveira para liberação da licença, pois várias fontes indicam que a decisão será do presidente da República.

• No dia 19 de maio haverá uma grande mobilização do Governo do Amapá no Oiapoque. Várias autoridades já confirmaram presença.

Fotos: Guilherme Thorres

Remo anuncia novo técnico: é Ricardo Catalá, campeão da Série C com o Mirassol

A notícia saiu no começo da noite desta quinta-feira: Ricardo Catalá, que dirigiu o Mirassol (SP) na Série C 2022, conquistando o título da competição, é o novo técnico do Clube do Remo. Depois de muita especulação em torno de nomes para substituir Marcelo Cabo, os azulinos fecharam negociação com Catalá, nome que não foi mencionado nenhuma vez entre os cotados para o cargo.

O novo comandante azulino tem 41 anos e é natural de São Paulo. Passou pelo Red Bull, Guarani-SC, São Bernardo, Operário-RR e Mirassol, que foi seu último clube e onde alcançou mais sucesso. Conseguiu o acesso para a Série B deste ano, além de conquistar o título brasileiro. Ele já trabalhou com o executivo de futebol do Leão, Tiago Gasparino.

Palavra do Presidente

“Tem dias que a gente acorda com notícias parecendo que o mundo acabou. Eu fui ler as notícias hoje, na verdade, tudo parecia normal. Uma comissão do congresso querendo mexer numa estrutura de governo que é difícil de mexer. Agora que começou o jogo. O que a gente não pode é se assustar com a política. Quando a sociedade se assusta com a política e começa a culpar a classe política, o resultado é infinitamente pior. É na política que se tem as soluções dos grandes e pequenos problemas do país”.

Luís Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil

INSS começa a pagar antecipação da 1ª parcela do 13º salário

Os aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) começaram a receber a primeira parcela do 13º salário nesta terça-feira (25). O pagamento do benefício foi antecipado pelo governo devido à pandemia de Covid-19. A data de depósito varia de acordo com o valor que o segurado recebe do INSS e o número final do benefício, sem considerar o dígito.

O depósito desta terça-feira será para quem ganha até um salário mínimo (R$ 1.100, neste ano) e tem número final de benefício 1. Para os segurados com renda mensal acima do salário mínimo, os pagamentos começam no dia 1º de junho. Todos vão receber a primeira parcela até o dia 8 do mês que vem.

As datas variam de acordo com o valor da aposentadoria, pensão ou auxílio e o número final do benefício, sem considerar o dígito. Se o número do benefício é 123.456.789 – 0, por exemplo, não considere o “0”. O número final é 9.

A frase do dia

“Além de assaltar o Brasil com todas as formas possíveis de desvio de dinheiro público, o Ladrão Jair Bolsonaro gastou 22 milhões de reais na viagem a Orlando apenas para não passar a faixa para o Lula, 1 milhão foi só com alimentação no avião! TCU quer explicações e nós também!”.

O Progressista, no Twitter

A dura missão do interino

POR GERSON NOGUEIRA

Quase ninguém havia ouvido falar sobre Fábio Cortez até que ele foi anunciado como o comandante (interino) do Remo para o jogo de amanhã contra o Águia, na decisão do Campeonato Paraense. Sem técnico desde que Marcelo Cabo foi demitido, na segunda-feira (22), o Leão terá que conviver com os reflexos da falta de planejamento adequado.

Com um título estadual em disputa, a opção de ficar sem técnico foi a mais desastrosa possível por parte da diretoria do Remo, célebre pelas dificuldades quanto ao tempo certo para contratar ou demitir. O bom senso diz que Marcelo Cabo deveria ter saído dois jogos antes, depois da vexatória derrota para o Amazonas no Baenão.  

Diante da emergência, caiu no colo de Cortez a missão de dirigir o time azulino contra o Águia. Um tremendo abacaxi em qualquer circunstância, mas, como é uma partida final, a encrenca redobra de tamanho. Pior ainda porque o legado de Cabo é um Remo desarvorado, que não sabe para onde ir quando tem a bola e que se apequena quando está sem ela.

Cortez terá que ser a antítese de Cabo, corrigindo falhas que o time repete exaustivamente desde a estreia na Série C. A principal delas é a passividade diante da pressão que todos os adversários impõem dentro ou fora de Belém. Foi dessa forma que todos conseguiram derrotar o Leão.

O interino terá ainda que injetar ânimo, alma e sangue num grupo de jogadores que parece exageradamente desgastado, tanto física quanto mentalmente. Será necessário extirpar a terrível mania de ficar tocando bola para os lados, como se o campo estivesse invertido.

De tanto ver o Remo jogar horizontalmente fica-se com a impressão de que a ideia é correr para não chegar, cultuando o devagar, devagarinho como estratégia. O fato é que a equipe de Cabo não atacava e nem contra-atacava, salvo em raríssimas ocasiões.

Em cenários de desarrumação, a defesa é a principal vítima. Quando nada funciona no meio e na frente, a bomba estoura sempre na última linha. Diego Ivo e Ícaro, que jogaram contra Águia e São José, não podem fazer muita coisa se a bola volta a todo instante.

Ah, Cortez entra ainda com a incumbência adicional de fazer Pablo Roberto botar os pés no chão e entender que futebol não é firula. Caso consiga operar essa façanha, o Remo terá um meio-campista ágil e talentoso, sem preocupações individuais e focado no coletivo.

Quanto aos volantes, depende inteiramente de Uchoa porque não pode esperar muito de Claudinei, Bochecha ou Galdezani. No ataque, Muriqui só joga se a bola chegar. Pedro Vítor, bem, aí é caso perdido, mas Jean Silva pode voltar a jogar em bom nível. Ronald deve ter chances, desde que jogue mais do que os 10 minutos que Cabo lhe concedia.

Papão conquista um 3º lugar importante e valioso

O Papão venceu o Cametá e conquistou o tão sonhado terceiro lugar do Campeonato Paraense de 2023. Não é nada, não é nada, mas estava em jogo uma vaga na Copa do Brasil 2024. Nem esse detalhe impediu que a partida fosse uma das piores da competição.

Um futebol tedioso, de poucas chances de gol, erros de parte a parte e desânimo quase geral dentro e fora do gramado. Em torno da Curuzu, muito tumulto e pancadaria entre seguranças e torcedores que protestavam contra a gestão caótica do clube neste começo de temporada.

As faixas expunham o tamanho da mágoa do torcedor com a pífia campanha no Parazão, e por isso eram violentamente arrancadas pelos seguranças do clube. “Diretoria fraca, elenco de várzea”, dizia a mais amena de todas. 

Em campo, um jogo mascado e feio, com chutões determinando as iniciativas. Aos trancos e barrancos, o PSC marcou no final do primeiro tempo, com Dalberto, assim meio sem querer. A bola veio de um escanteio, o goleiro saiu errado e a bola bateu na perna do atacante.

O Cametá, mesmo aguerrido, pouco ameaçou. Corria muito, mas não chegava. Na etapa final, o PSC continuou com problemas na transição, mas teve uma boa chance logo de cara, com Fernando Gabriel. Em seguida, Bruno Alves sofreu pênalti. Ele mesmo cobrou e fez 2 a 0.

Depois disso, um festival de bolas mal distribuídas. Bruno Alves ainda mandou uma bola no travessão. E o jogo terminou assim, sem novidades, mas com o resultado buscado pelos bicolores: o 3º lugar significa a chance de uma boa receita na disputa da Copa do Brasil.

Mas o torcedor não esqueceu o que o time fez no inverno passado. A eliminação da final do Parazão segue atravessada na garganta.

Sobre a máfia da manipulação de apostas

“Os envolvidos, direta ou indiretamente em esquema de apostas esportivas devem ser presos e banidos do futebol, considerando a prática de manipulação em forma de associação criminosa referente a de resultados de jogos independentes das séries em disputa dos certames nacionais, incluindo os de natureza regional. O crime praticado reprimido na esfera penal se agasalha no artigo 288 do CP, antes tratado como formação de quadrilha, contudo, a partir do advento da lei 12.850/2013 passou a ser denominado como associação criminosa, prevendo a pena reclusiva de 1 a 3 anos de reclusão. Vislumbra-se, também flagrante violação ao que estabelece o artigo 41-C do Estatuto do Torcedor, que reprime a conduta de solicitar ou aceitar, para si ou para outrem qualquer tipo de vantagem, patrimonial ou não, para qualquer ato ou omissão que tenha como objetivo alterar ou falsear o resultado de uma competição esportiva. Sob essa ótica a pena prevista é de 2 a 6 seis anos de reclusão, além de multa correspondente, identifica sanção prevista para o delito do artigo 41-D do mesmo diploma legal, atribuído na denúncia aos apostadores que deram ou prometeram vantagens aos atletas para manipular resultados. A pena agrava-se sobremaneira caso o apostador ou jogador seja condenado por mais de um ato de manipulação”. Armando Mourão, delegado de polícia, desportista e escritor

(Coluna publicada na edição do Bola desta quinta-feira, 25)

Rock na madrugada – Tina Turner, “We Don’t Need Another Hero”

Trilha do filme “Mad Max Além da Cúpula do Trovão”, “We Don’t Need…” (1985) conquistou as paradas do mundo inteiro e ampliou ainda mais o sucesso de Tina Turner como ícone do pop rock internacional. Aqui, registro ao vivo no estádio de Wembley, em Londres, com a característica voz rascante de Tina e a canção valorizada pela belíssima linha de baixo. A maior diva do rock’n’roll moderno vivia então o auge de sua carreira solo.