
Mais de 1.000 servidores do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) participaram de uma Assembleia Geral na última sexta-feira, 19, e aprovaram o indicativo de greve para a próxima quarta-feira, 24. A decisão veio em resposta ao envio de um anteprojeto de lei com percentuais de recomposição salarial parcelados, sem prévia consulta às entidades representativas.
A categoria reivindica a abertura do diálogo e a discussão de uma pauta mais ampla, que vai além da questão salarial. A retirada do anteprojeto enviado à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) e o estabelecimento de uma mesa de negociação são os principais pontos para evitar a paralisação dos serviços.
A greve dos servidores do TJPA poderá ter impactos na prestação de serviços judiciários, podendo resultar em atrasos no processamento de casos e dificuldades no acesso à justiça. A categoria ressalta que a greve poderá ser evitada caso a administração do TJPA atenda às reivindicações e inicie um diálogo franco e produtivo.
A expectativa agora é que o Tribunal reavalie sua posição e busque soluções que atendam às necessidades dos servidores, garantindo a continuidade e qualidade dos serviços prestados à população paraense.
Representantes do Sinjep e Sindju participaram da audiência, desde 13h desta terça-feira, com o desembargador Roberto Moura, vice-presidente em exercício da presidência do TJPA. Em pauta, uma negociação que visa evitar a greve.
NOTA CONJUNTA
Após a audiência, os representantes sindicais divulgaram a seguinte nota:
“Administração se comprometeu em oficiar à ALEPA, ainda hoje, para suspensão da tramitação do projeto de lei do reajuste proposto, para aperfeiçoamento das discussões com os servidores, o que ocorrerá a partir de segunda-feira, às 11h, em reunião com a presidência. Amanhã, dia 24/05, às 10h, nos reuniremos em assembleia geral extraordinária, em frente ao fórum cível da capital, pra dar informes e decidir sobre os próximos passos do movimento, inclusive sobre manutenção do indicativo de greve. OS SERVIDORES DEVERÃO REGISTRAR O PONTO DE ENTRADA, tendo em vista que a deflagração da greve dependerá da decisão da Assembleia.
Continuemos mobilizados e atentos aos chamados das entidades”.
Diretorias do SINDJU e SINJEP