Engenheiro de software foi o primeiro a flagrar vacinação falsa de Bolsonaro

Quatro meses antes de a Polícia Federal bater na porta de Jair Bolsonaro durante uma operação para investigar a inclusão de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde, o engenheiro de software Marcelo Oliveira, 43 anos, usou seu perfil no Twitter para mostrar indícios de fraude no cartão de vacina do ex-presidente – que nega a acusação . Oliveira jura que não foi procurado pela PF.

Fato é que ele antecipou a suspeita que levou à prisão do tenente-coronel Mauro Cid, homem de confiança de Bolsonaro, e já fez o ex-presidente depor três vezes. A análise de dados que propiciou a descoberta nasceu como um hobby durante a pandemia, quando o desenvolvedor passou a ajudar a levantar o número de óbitos e a desmentir fake news sobre as urnas eletrônicas.

Quatro meses antes de a Polícia Federal bater na porta de Jair Bolsonaro durante uma operação para investigar a inclusão de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde, o engenheiro de software Marcelo Oliveira, 43 anos, usou seu perfil no Twitter para mostrar indícios de fraude no cartão de vacina do ex-presidente – que nega a acusação .

Oliveira jura que não foi procurado pela PF. Fato é que ele antecipou a suspeita que levou à prisão do tenente-coronel Mauro Cid, homem de confiança de Bolsonaro, e já fez o ex-presidente depor três vezes. A análise de dados que propiciou a descoberta nasceu como um hobby durante a pandemia, quando o desenvolvedor passou a ajudar a levantar o número de óbitos e a desmentir fake news sobre as urnas eletrônicas.

Tudo de maneira voluntária, diz, já que seu ganha-pão é desenvolvendo games, como os jogos Tennis Clash e Sniper 3D.

CARTÃO DE VACINA

Em janeiro deste ano, o coletivo de hackers Anonymous publicou em seu site um suposto cartão de vacina pertencente a Bolsonaro. O documento indicava que ele se vacinou em 19 de julho de 2021 em uma UBS no Parque Peruche, em São Paulo. Oliveira achou estranho, afinal, o ex-presidente estava em Brasília na data.

Ele resolveu checar a numeração na base do SUS (Sistema Único de Saúde). Oliveira explica que, como os registros no sistema são anonimizados, uma confirmação necessita do número de paciente, justamente o que estava na carteira de vacinação.

Com estas informações, CPF e data de nascimento de Bolsonaro, o engenheiro de sistema observou que os registros de duas doses de vacina foram apagados antes de o ex-presidente deixar o Brasil rumo aos Estados Unidos. Ele também detectou que os registros das vacinas de Bolsonaro foram incluídos na Rede Nacional de Dados em Saúde em 21 de dezembro de 2022.

A primeira dose, supostamente aplicada em 13/8/2021, entrou no sistema às 22h07. Dois minutos depois, foi inserida a segunda dose, supostamente aplicada em 14/10/2022. Ambas eram Pfizer e ocorreram em Duque de Caxias. Sem êxito, a tentativa de apagar as informações ocorreu em 28/12/2022.

“No DataSUS, mesmo que você apague uma dose, ela não sai do banco de dados. Aparece com o status de apagada”, explica o engenheiro. Oliveira também identificou a inserção dos dados de vacinas aplicadas em uma criança de 11 anos, que poderia ser de Laura, a filha de Bolsonaro e Michelle. (Do UOL)

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