
Morreu nesta sexta-feira (31), de infarto, o jornalista e escritor paraense Palmério Dória. A informação foi compartilhada por sua sobrinha Erica Vasconcelos nas redes sociais. Entre outros trabalhos, ele foi diretor da revista Sexy e autor de vários livros, entre eles, o mais conhecido trata da ascensão e poder político da família do ex-presidente José Sarney.
Ainda não há informações sobre a causa da morte e sobre seu sepultamento. Palmério foi um dos jornalistas mais importantes na resistência ao golpe de 16, sobre Dilma, e criou uma trincheira em suas redes sociais, com um humor e ironia invejáveis, contra o avanço do fascismo.
Palmério era paraense de nascimento. Jogou futebol na infância e adolescência, sempre como goleiro. Atuou nas divisões de base do PSC, time do qual era torcedor. De humor ferino e inteligente, colaborou com várias publicações nacionais.
Nascido em Santarém e criado em Belém, ele dirigiu a TV Cultura do Pará, foi editor da revista Sexy e autor de cinco livros, entre os quais: “A Guerrilha do Araguaia”, “A candidata que virou picolé”, “Honoráveis Bandidos – Um Retrato do Brasil na Era Sarney” e “O Príncipe da Privataria”. Trabalhou na Folha de São Paulo, Estadão e Rede Globo.
Há seis anos, estava internado no Hospital Premier, em São Paulo, pertencente ao seu médico particular, dr. Samir. Ele foi socorrido em seu apartamento e levado para o hospital por José Genoíno, um grande amigo de Palmério.
Samir, libanês de origem, cuidou de Palmério com carinho e generosidade. Ruy Antonio Barata também era um de seus médicos. Em dezembro de 2022, Samir reuniu os amigos de Palmério num espetacular almoço de culinária árabe. Foi, por assim dizer, uma despedida em grande estilo.

Obs.:
Perdi um grande amigo e uma referência na profissão. Todos estamos de luto pela partida do guerreiro Palmério. Que descanse em paz.
Lamentável perda. O jornalismo fica sem um de seus baluartes.