Leão supera o São Luís, classifica e garante premiação de R$ 2,1 milhões

Com gols de Ícaro (pênalti) e Moisés (contra), o Remo derrotou o São Luís-RS e se classificou à terceira fase da Copa do Brasil. O time gaúcho descontou no final da partida, em penalidade cobrada por Negueba. O jogo foi equilibrado, mas o Leão buscou sempre o ataque e teve chances de construir um placar mais folgado. Com a classificação à próxima fase, o campeão paraense garantiu a premiação de R$ 2,1 milhões (R$ 3.750.000,00 no acumulado).

Fenaj entrega ao ministro Paulo Pimenta documento com as 8 pautas prioritárias dos jornalistas brasileiros

A diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) foi recebida nesta segunda-feira (06), no Palácio do Planalto, em Brasília, pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta. O encontro contou com a presença da presidenta Samira de Castro, do secretário Moacy Neves e do secretário de Mobilização, Rafael Mesquita, além do ex-diretor da entidade, José Torves.

A presidenta da Fenaj entregou ao ministro o documento “8 Pautas Prioritárias das e dos Jornalistas Brasileiros”, além de uma cópia do relatório “Violência Contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil”. Samira apresentou as reivindicações históricas da categoria, além de propostas mais recentes, que formam um arcabouço para melhorar o ambiente das comunicações no país.

O documento “8 Pautas” inclui propostas como a aprovação da PEC do Diploma, atualização da Regulamentação Profissional (que é de 1979), institucionalização de um Piso Salarial Nacional, criação do Conselho Federal de Jornalistas (CFJ), Regulação das Comunicações e das plataformas digitais, aprovação do Fundo Nacional de Apoio e Fomento ao Jornalismo, recuperação da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e ampliação do sistema público comunicação. O oitavo ponto, mais geral, pede a revogação das reformas Trabalhista e da Previdência.

Paulo Pimenta solicitou que a federação apresente imediatamente a proposta de atualização profissional da categoria, para avaliação junto às instâncias do federais, como o Ministério do Trabalho. O ministro apontou ainda que o diálogo sobre as políticas de sustentabilidade de jornalismo continuará junto às diretorias da Secretaria. Em seguida, discorreu sobre alguns pontos da pauta apresentada e relatou as dificuldades encontradas na EBC.

Matéria completa em http://www.fenaj.org.br

Rock na madrugada – Shocking Blue, “Venus”

“Venus” é o maior sucesso da curta história do Shocking Blues, banda holandesa fundada em Haia no trepidante final da década 1960, por iniciativa do guitarrista e compositor Robbie van Leeuwen. Mariska Veres (Maria Elisabeth Ender), a vocalista do grupo, surgiu numa época em que o rock já tinha uma deusa nos palcos – Grace Slick, do Jefferson Airplane. Discreta, avessa a escândalos ou excessos, Mariska brilhou nas canções no estilo psicodélico do Shocking. Saiu de cena com o fim da banda, no começo dos anos 1970, e morreu em 2006, aos 59 anos de idade.

Uma noite de decisão

POR GERSON NOGUEIRA

A Copa do Brasil é não apenas o torneio brasileiro que paga as melhores premiações. É também o que proporciona o maior número de decisões a cada semana, para vibração e suspense das torcidas. Hoje, no Baenão, é a vez do Remo se submeter a uma nova final, como já havia sido contra o Vitória-ES há duas semanas.

Com o estádio lotado – os ingressos se esgotaram na segunda-feira em menos de 2h –, é previsível que o Leão se entregue ao desafio bem ao estilo dos clubes de massa, com empolgação e gana, correspondendo aos apelos da torcida.

Historicamente, sempre que conseguiu se conectar com a massa, o Remo se deu bem, embora nem sempre seja um efeito de fácil encaixe. É razoavelmente comum que, impaciente com um início ruim do time, o torcedor deixe de lado o apoio incondicional e passe a vaiar.

Há muito em jogo hoje, principalmente no aspecto financeiro – uma bonificação de R$ 2,1 milhões. O Remo parece bem preparado para a missão. Depois de atuações pouco empolgantes na fase de preparação, o desempenho nos jogos oficiais tem sido satisfatório.

Nos sete jogos realizados e vencidos, o Remo marcou 18 gols, o que escancara a prioridade do sistema montado por Marcelo Cabo. Mesmo com baixas importantes, como Muriqui e Leonan, as vitórias foram se repetindo, para entusiasmo da torcida.

O triunfo, de virada, sobre a Tuna dentro do Souza fortaleceu a confiança na equipe. Com os reservas e sete garotos da base participando da partida, o Remo foi preciso e certeiro, reagindo no momento certo.

Diante do São Luís (RS), o sarrafo vai aumentar. Não bastará atuar bem e fazer gol, será necessário cuidar bem da proteção defensiva. Na temporada, o time sofreu seis gols em sete partidas, o que é uma média expressiva.

Com o artilheiro Fabinho em alta, o time não sofreu com a saída de Muriqui. Diego Tavares e Pedro Victor, atacantes de beirada, precisam melhorar a produtividade, mas o funcionamento da meia-cancha, com Pablo Roberto à frente, vem compensando a instabilidade do ataque. (Foto: Samara Miranda/Ascom Remo)

Papão tem boa chance de escapar do baixo astral

Contra o Princesa do Solimões, hoje, em Manacapuru (AM), o PSC estreia na terceira fase da Copa Verde defendendo um cartel respeitável. Foi campeão três vezes e chegou à final do torneio em outras duas ocasiões. Ninguém é tão vitorioso na CV quanto os bicolores.

O problema é o retrospecto recente. O time começou a atuar mal no Parazão e acabou perdendo a invencibilidade contra o Caeté, sábado, pela quinta rodada. Não perdeu por acidente, caiu pelos muitos erros cometidos e pela falta de titulares importantes.

De todo modo, o time já não vinha se apresentando bem. Passava pelos adversários, mas não convencia, o que gerou a desconfiança do torcedor. Para acalmar o ambiente, dois jogadores (Igor Bosel e Juan Tavares) foram desligados após a derrota em Ipixuna.

Para selar as pazes com a galera, nada mais oportuno do que um resultado positivo em território amazonense. Com o retorno dos titulares João Vieira e Bruno Alves, o time deve reagir. Até o empate fica de bom tamanho, pois deixará o time em situação confortável para o jogo da volta.

Neymar e o fim das ilusões quanto ao futuro radiante

Além das incontáveis polêmicas, Neymar acumula extensa lista de lesões desde que trocou o Brasil pelo futebol europeu, há dez anos. O ano começou com a notícia de uma nova contusão, a 25ª. O camisa 10 da Seleção terá que fazer uma cirurgia no tornozelo e deve ficar fora do restante da temporada europeia. O sonho, declarado, de vir a ser The Best da Fifa foi novamente adiado, e parece cada vez mais distante.

A frequência de lesões daria a Neymar facilmente o apelido de “canela de vidro”, termo muito utilizado nos anos 60 para definir jogadores de saúde atlética frágil. O levantamento minucioso foi feito pelo jornal espanhol Marca, sempre vigilante em relação ao craque brasileiro.

Na matéria, o jornal não esqueceu nem dos afastamentos por caxumba (2015) e covid (2022). No total, Neymar desfalcou Barcelona e PSG por três temporadas, aproximadamente. Esteve ausente de 105 jogos. O problema no tornozelo certamente vai aumentar a porcentagem, pois o tempo de recuperação pode chegar a até quatro meses.

Os problemas mais sérios da carreira de Neymar como astro internacional foram a criminosa agressão sofrida contra a Colômbia, nas quartas de final da Copa 2014; a fratura no quinto metatarso, já defendendo o PSG, em 2018, situação que comprometeu sua participação na Copa da Rússia.

“Voltarei mais forte”, escreveu Neymar em suas redes sociais, logo após o comunicado oficial do PSG sobre a cirurgia chegar à mídia. Ninguém duvida da capacidade de reação, mas o futebol impõe cada vez mais barreiras para que o ex-santista alcance as metas que desenhou na carreira.

É cada vez mais improvável que volte da cirurgia em condições de brigar, em 2024, contra concorrentes mais jovens e talentosos. Terá pela frente nada menos que Mbappé, Haaland e Vinícius Jr. Além destes, é preciso considerar o nível competitivo de Benzema e do próprio Messi.

As lesões repetidas no tornozelo – seis em cinco anos – acentuam o cenário de fim de linha, até porque quando em forma Neymar não chega mais a encantar. Passou aquela fase que fazia crer em um novo fenômeno. Está hoje mais para um Robinho do que para um novo Ronaldinho. 

(Coluna publicada na edição do Bola desta quarta-feira, 08)