Leão x Mapará: liderança em jogo

POR GERSON NOGUEIRA

Em clima de alto astral, após a classificação na Copa do Brasil, o Remo recebe o Cametá no Baenão, hoje à tarde, para confirmar a liderança do Campeonato Paraense. Invicto, com 9 pontos em três jogos, o Leão faz uma campanha até aqui impecável quanto aos números. A partida marca o primeiro confronto entre líder e vice-líder. O Cametá tem sete pontos e busca chegar à ponta da tabela.

O jogo põe à prova o nível técnico do Remo, que tem superado seus adversários no campeonato, mas não conseguiu ainda realizar uma grande atuação. Com sinais de desentrosamento, a performance técnica tem sofrido muitas críticas da torcida. Baixas importantes, como Leonan e Jean Silva, ajudam a atenuar as cobranças, mas é fato que o time ainda não encantou.

Cabe considerar, porém, que o começo de trabalho é normalmente um período de ajustes nas equipes. A pré-temporada se estende pela fase inicial das competições. O Remo se encontra exatamente nesse estágio, mas ganhando jogos.

O desempenho ainda é inconstante, às vezes errático, mas a capacidade de entrega compensa os pontos negativos e explica a excelente pontuação. O confronto com o Águia, em Marabá, é um exemplo. Contra um adversário raçudo e que exigiu muito do setor de marcação, o Remo se comportou com valentia e objetividade, vencendo de virada o difícil confronto.

Diante do Cametá, que é dirigido por Rogerinho Gameleira e tem um elenco inteiramente regional, o Remo terá novamente o desafio de superar um adversário rápido em contra-ataques e forte no setor defensivo.

Com a motivação derivada da presença festiva do torcedor, o time pode finalmente fazer sua melhor partida na temporada. Para tanto, Muriqui precisa jogar na aproximação, sem ficar enfiado entre os zagueiros. E seus companheiros de linha, Diego Tavares e Pedro Victor, terão que ser mais eficientes, evitando o jogo dispersivo das últimas apresentações. (Foto: Samara Miranda/Ascom Remo)

Fenômeno Fortaleza é, ao mesmo tempo, lição e inspiração

A soma acumulada de ganhos pelas participações no Campeonato Cearense, Copa do Nordeste, Copa do Brasil, Brasileirão e Libertadores em 2022 deu ao Fortaleza o maior valor em premiação de sua história: R$ 63 milhões. Este é apenas um aspecto da espetacular trajetória do tricolor cearense.

É importante observar que o inédito faturamento ficou dentro do planejamento financeiro do clube. Ao mesmo tempo, todas as metas de posicionamento nas competições foram plenamente alcançadas.

O time comandado pelo argentino Juan Pablo Vojvoda conquistou o tetra estadual, o bicampeonato da Copa do Nordeste, atingiu as oitavas de final na Libertadores, as quartas da Copa do Brasil e o oitavo lugar no Brasileiro, após uma espetacular campanha de recuperação.

Para 2023, as metas foram renovadas, inclusive quanto ao faturamento bruto, pré-estabelecido em R$ 200 milhões, quantia que nenhum outro clube brasileiro fora do eixo Sul-Sudeste conseguiu conquistar.

A gestão presidida por Marcelo Paz, com altos índices de aprovação junto a sócios e torcedores, prevê investimentos na melhoria da estrutura do Fortaleza, crescimento do programa de sócio-torcedor e apostas certeiras para reforçar o elenco, a fim de evitar a queda vertiginosa observada após a participação na Libertadores.

A opção por jogadores fora do radar dos gigantes nacionais é um dos pontos altos da estratégia para a montagem de elenco. A prospecção já está em andamento para esta temporada, com foco em bons valores do mercado sul-americano e observação de revelações da Série C.

Formar times bons e baratos, sonho da maioria dos clubes, virou obsessão no Fortaleza. Há a consciência de que, para um clube vindo da periferia do futebol no Brasil, as chances de êxito dependem justamente da capacidade de exercitar um olhar sempre ágil e certeiro na caça por atletas de qualidade.

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro comanda a atração, a partir das 22h30, na RBATV, com a participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião como debatedores. Em pauta, a 4ª rodada do Parazão, a primeira fase da Copa do Brasil e a participação paraense na Copa Verde. A edição é de Lourdes Cezar.

Os melhores de todos os tempos, segundo Ronaldo

Com Buffon no gol e uma zaga formada por Cafu, Maldini, Beckenbauer e Roberto Carlos, Ronaldo Fenômeno deu a conhecer nesta semana a sua seleção mundial de todos os tempos. No meio-campo, escalou Zico e Maradona. Para o ataque, Lionel Messi, Pelé, Ronaldinho Gaúcho e o próprio Fenômeno. No banco de reservas, Ronaldo colocou Garrincha, Rivaldo e Cristiano Ronaldo.

Sem dúvida, um timaço, mas sujeito a reparos, como qualquer escolha pessoal. Na minha lista, o goleiro é Sepp Mayer. Cafu não seria nem banco e Carlos Alberto reinaria absoluto. Na meiúca, Cruyff-Maradona. A linha de frente: Garrincha, Tostão, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo. Pelé não entra no time porque, segundo Pepe, não era deste mundo. 

(Coluna publicada na edição do Bola deste domingo, 26)

Pecuaristas paraenses estão por trás de eventos com Bolsonaro nos Estados Unidos

(Fonte: Sputnik News / Brasil)

Em 11 de fevereiro, o ex-presidente brasileiro fez uma rara aparição pública no estado da Flórida, nos EUA, em evento organizado pelo grupo Yes Brazil USA, que se autodenomina uma “entidade de direita […] centrada em fundamentos judeu-cristãos de suporte à família”.

O evento, realizado em uma igreja evangélica na cidade de Boca Raton, contou com cerca de mil participantes, que pagaram ingressos de entre R$ 52 e R$ 260 para ver Bolsonaro da plateia, da sala VIP, especial, ou até reservada.

Os idealizadores do movimento são o casal Larissa e Mário Martins, que possuem negócios ligados à pecuária no estado do Pará, mas residem na Flórida.

Mário Martins é herdeiro político do pecuarista Antônio Pedro Martins Junior, que chegou a assumir uma cadeira no Senado brasileiro como suplente, em 1958. Após o golpe de 1964, o avô do brasileiro expatriado na Flórida se filiou à Arena, partido de sustentação da ditadura brasileira.

Assim como o predecessor, Mário Martins ocupou cargos de chefia em associações de pecuaristas do Pará, como a Associação Rural da Pecuária do Pará. De acordo com sua página na rede social LinkedIn, Mário retira seu sustento do abate de bovinos e bubalinos e da exportação de “cortes nobres” de carne.

O casal Martins comanda YES Brasil EUA desde 2018 e planeja expandir suas atividades não só para outros estados norte-americanos, mas também para países como Portugal, Reino Unido, França, Alemanha e Canadá.

Em entrevista ao Brazilian Times, o casal revela ter organizado o YES Brazil USA após o episódio da facada, durante as eleições presidenciais de 2018. A primeira página do grupo no Facebook inicialmente contou com poucas interações, até que “repentinamente começou a viralizar”.

O casal diz ter tido papel relevante na eleição de Bolsonaro em 2018, por ter organizado manifestação de apoio à candidatura que reuniu mais de 1.500 pessoas na Flórida, o que, segundo Mário Martins, seria “a maior manifestação de apoio a um candidato a presidente realizada fora do Brasil”.

O idealizador do YES Brazil USA ainda reivindica para si o crédito pela ampla votação que Bolsonaro recebeu dos brasileiros residentes na Flórida em 2018.

Já em 2022, o grupo contava com cerca de 3.000 membros concentrados na região sul da Flórida. De acordo com pesquisa de 2021 do Bureau do Censo dos EUA, cerca de 115.000 brasileiros vivem na Flórida, o que representa mais de um quinto de todos os brasileiros residentes no país.

O jornalista investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) Allan dos Santos é figura carimbada nos eventos do grupo. Mário Martins e Allan dos Santos estiveram juntos em protestos organizados por ocasião da visita dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a Nova York .

O YES Brazil USA também é ligado a figuras como o ex-presidente do PTB Roberto Jefferson, atualmente encarcerado em Bangu 8, acusado por tentativa de homicídio contra quatro policiais federais. Assim como Allan dos Santos, o político foi palestrante no Congresso Conservador Brasileiro na Flórida organizado pelo grupo de Martins. Além disso, o YES Brazil USA contou com o apoio do movimento #NasRuas, ligado ao PTB de Jefferson, para organizar motociata na Flórida, em setembro de 2021.

O grupo comandado por Martins ainda nutre ambições para além da política brasileira. Um de seus membros, o presidente da Universidade Cristã da Flórida (FCU, na sigla em inglês) Bruno Portigliatti, foi candidato à Câmara dos Representantes do estado norte-americano em 2022.

No entanto, o apoio de figuras como Eduardo Bolsonaro não foi o suficiente para alavancar a carreira política de Portigliatti, que foi derrotado ainda nas primárias internas do Partido Republicano, em agosto de 2022.

A ligação com a Igreja

O evento com Bolsonaro organizado pelo YES Brazil USA foi realizado na igreja evangélica Church of All Nations, ligada à organização pentecostal norte-americana Assemblies of God.

Fundada em 1914 nos EUA, a organização é a maior denominação pentecostal da atualidade, com mais de 69 milhões de membros filiados internacionalmente. A Assembleia de Deus brasileira, comandada por Silas Malafaia, é intrinsicamente ligada à Assemblies of God norte-americana desde o início das atividades de ambas as organizações.

O YES Brazil USA nutre claras afiliações religiosas, tanto no sentido organizacional, quanto religioso. O pastor Cláudio Martins, membro do grupo, que se responsabiliza pelas atividades da agremiação na região metropolitana da capital dos EUA, Washington, disse em entrevista ao Brazilian Times que “a expectativa é que os brasileiros se unam para a independência e Grito da Liberdade”.

Incra tenta anular compra de área gigante na Amazônia por madeireira estrangeira

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) pediu anulação de uma compra de uma fazenda na Amazônia feita pela madeireira Agrocortex, controlada por espanhóis e portugueses. De acordo com informações publicadas neste sábado (25) pelo portal Uol,   a Fazenda Novo Macapá, entre o Amazonas e o Acre, tem 190 mil hectares, maior que a cidade de São Paulo (SP), com 150 mil hectares. 

A legislação brasileira restringe a compra de terras por estrangeiros. A dona original da terra é a empresa Batisflor, que era do brasileiro Moacir Eloy Crocetta. A Agrocortex comprou partes da Batisflor em 2014 e 2016.

A Agrocortex afirmou ser dona de 49% do negócio. O Incra disse que foi 100%. A venda foi por R$ 250 milhões, mas Crocetta afirmou que a Agrocortex não pagou tudo. A madeireira não respondeu. A Batisflor também não informou quanto recebeu.

Governo Lula libera R$ 120 mi para Litoral Norte de SP e R$ 400 de auxílio para desabrigados

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliou para R$ 120 milhões o socorro a vítimas e reconstrução de cidades do Litoral Norte de São Paulo após fortes chuvas do fim de semana de Carnaval e definiu pagamento de auxílio de R$ 400 para os desabrigados. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, disse que pagamentos devem começar na próxima semana.

Hoje pela manhã, os ministros Márcio França (Portos e Aeroportos), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas) se reuniram em Santos com prefeitos do Litoral de São Paulo para receber demandas em ações de socorro e prevenção a acidentes.

Segundo Márcio França, as principais reivindicações dos prefeitos são por obras de drenagens e construção de moradias. Góes afirmou que tem 15 dias para apresentar respostas aos pedidos e o governo Lula trabalha para aprimorar o sistema de monitoramento em áreas de risco, em parceria com municípios e estados.

A tragédia no Litoral Norte deixou até o momento 54 mortes, sendo 53 em São Sebastião e uma em Ubatuba, cerca de 60 desaparecidos e aproximadamente 3,5 mil desabrigados. As chuvas atingiram também os municípios de Caraguatatuba, Ilhabela, Bertioga e Guarujá.

Grande parte dos recursos deve ser aplicado em São Sebastião, de longe a cidade mais destruída pelas fortes chuvas, mas para isso depende de projetos apresentados pela prefeitura da cidade.

Durante visita do presidente Lula na última segunda-feira (20), o presidente Lula pediu que o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, apresentasse um terreno para que o governo construísse moradias por meio do programa Minha Casa Minha Vida.

O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional afirmou que o governo Lula já destinou cerca de R$ 60 milhões em ajuda à população e às cidades da região, com operações do Exército, Marinha, Defesa Civil, repasses do ministério de Portos e Aeroportos e doações de mercadorias apreendidas pela Receita Federal.

A ajuda do governo Lula inclui, por exemplo, a reconstrução de trechos de rodovias destruídos pelas chuvas e deslizamentos de terra, como a Rio-Santos, interditada em vários pontos.

Na quarta-feira, decreto da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, liberou R$ 7,077 milhões para ações de defesa civil na região. E na quinta, o “Atlântico”, maior navio da Marinha brasileira, chegou atracou em São Sebastião para resgate, já que comporta seis helicópteros, e socorro a vítimas no hospital de campanha montado em seu interior.

O governo Lula repassou R$ 33,2 milhões a 50 cidades dos estados de Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Rio Grande do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo afetadas por desastres naturais.

Rock na madrugada – The Beatles, “Ain’t She Sweet”

Ain’t She Sweet, composição de Jack Yellen e Milton Ager, foi gravada pelos Beatles em 23 de junho de 1961, no Friedrich-Ebert-Halle, em Hamburgo, Alemanha. Um dos primeiros registros em disco da voz roqueira e energética de John Lennon, que já despontava como um gigante nos primórdios da banda. George, guitarra, e Paul, baixo, dão o suporte vibrante à música. O baterista era Pete Best, depois substituído por Ringo. No Brasil, o disco contendo essa canção – que não constava da discografia oficial dos Beatles – foi um bootleg compilado pelo DJ carioca Big Boy, nome artístico de Newton Alvarenga Duarte.

Reza a lenda que esta é a música que John cantou para Cynthia Powell quando ambos ainda estavam na escola. Uma versão diferente da canção foi gravada durante uma jam session em 1969, com Ringo Starr na bateria, e lançada no The Beatles Anthology 3 (abaixo).