
A escalada de ataques ao brasileiro Vinícius Jr. parece não ter fim. Ele foi alvo de hostilidades durante a vitória do Real Madrid contra o Osasuna por 2 a 0, neste sábado, pela 22ª rodada do Campeonato Espanhol. De acordo com o goleiro Courtois em entrevista à “DAZN”, o brasileiro foi alvo de um canto ofensivo que dizia “morra, Vinicius”, além de ter sido xingado por torcedores durante o minuto de silêncio antes do jogo no estádio El Sadar.
“Ele [Vini Jr] foi chamado de ‘filho da p…’ no minuto de silêncio e também cantaram ‘morra, Vinicius’. Ver pais com seus filhos fazendo isso é lamentável. É hora de parar de olhar ao Vini e olhar para as pessoas. O ambiente destes campos pode ser legal para jogar, mas sem estas bobagens”, disse o goleiro belga.
O ex-Flamengo, além de dar a assistência para o primeiro gol, balançou as redes duas vezes, mas teve os dois tentos anulados. Ancelotti classificou o desempenho como “extraordinário”.
Depois do jogo vencido pelo Real Madrid, Vini Jr publicou um tweet em espalhol sobre as ofensas: “Os insultos continuam, mas o baile também. Nos vemos em Liverpool”, em referência ao jogo do Real Madrid nas oitavas de final da Liga dos Campeões na próxima terça-feira (21). Durante o minuto de silêncio, uma voz gritou “Vinicius filho da p…” e foi ouvida em todo o estádio.
O técnico Carlo Ancelotti criticou o agressor: “Temos que esquecer o que aconteceu no minuto de silêncio, mas me pareceu uma falta de respeito com Turquia e Síria”. A homenagem foi para os mais de 40 mil mortos no terremoto ocorrido nos dois países há duas semanas.
Diversos torcedores ignoraram o ato e utilizaram a ocasião para atacar Vinicius Junior. Durante a partida o brasileiro foi vaiado todas as vezes que encostava na bola. “Além do minuto de silêncio e esquecendo essa falta de respeito a Vini Jr., à Turquia e à Síria, o resto do jogo foi normal. O Osasuna fez um jogo correto, com luta e dividido”, comentou Ancelotti.
(Com informações do UOL e Marca)
Aos poucos vou tomando distância do mundo do futebol. Os estádios já não frequento há muitos anos. Hoje não há mais retorno. Não vou fazer companhia a bípedes trogloditas e irracionais (há exceções). E olha que não é gente das classes populares, pois há muito os ingressos nos campos de futebol se tornaram proibitivos para essas pessoas. Fora e dentro das quatro linhas permeia a corrupção como revelam os noticiários recentes. Já não lamento, como no passado, as derrotas dos times de minha predileção. Apenas fico pasmo com a leniência de gestores e donos (sim, os times agora passaram a ter donos) para atitudes irresponsáveis dos “craques” como a de um jogador do Botafogo (time pelo qual torço) que agrediu com um soco um companheiro de profissão do clube Vasco da Gama em pleno jogo entre essas equipes. Um trabalhador qualquer que fizesse isso com um cliente, um colega de trabalho ou outra pessoa qualquer no local e horário de trabalho certamente que seria demitido sumariamente, até pra preservar o nome da empresa empregadora. Um funcionário público, antes de ganhar o olho da rua, passaria por um processo administrativo com esse fim. Mas no futebol a irresponsabilidade não tem limites e a corrupção começa a se institucionalizar.
Você tem total razão, amigo Miguel. Inclusive quanto ao néscio botafoguense que agrediu um jogador do Vasco no clássico da semana passada. O mau exemplo vingou: neste sábado, contra o Flamengo, 3 jogadores botafoguenses foram expulsos. Sinal óbvio de desequilíbrio