O maior: Real Madrid goleia o Al Hilal e conquista oitavo título mundial de clubes

A Fifa elegeu Vini Jr como o melhor jogador do Mundial de Clubes. O atacante terminou a competição com três gols marcados pelo Real Madrid, campeão do torneio, dois deles na decisão com o Al Hilal. Com o prêmio, Vini se torna o sexto brasileiro a atingir tal posto na história do Mundial. Em segundo lugar ficou Valverde, companheiro de clube do brasileiro. E em terceiro, Vietto, do Al Hilal.

Confira a galeria de melhores do Mundial:

2000 Edilson (Corinthians)

2005 Rogério Ceni (São Paulo)

2007 Kaká (Milan)

2012 Cássio (Corinthians)

2021 Thiago Silva (Chelsea)

2022 Vini Jr. (Real Madrid)

O momento na temporada pode não ser dos melhores, mas o Real Madrid mostrou mais uma vez o peso da sua camisa nas decisões. Neste sábado, 11, o time espanhol venceu o Al Hilal por 5 a 3 e conquistou o 8º título mundial da sua centenária história. 

Vini Jr confirmou a boa fase e marcou duas vezes na final no Marrocos contra os árabes. O uruguaio Valverde, que ganhou mais espaço na equipe merengue após a transferência para o Manchester United, também balançou a rede duas vezes. O francês Benzema ficou de fora da semifinal, mas foi escalado como titular por Ancelotti e também deixou a sua marca. Ele foi o responsável por fazer o terceiro da partida.

Real Madrid abriu vantagem com grande rapidez e parecia que não teria dificuldades. Porém, Marega diminuiu ainda no primeiro tempo e deu esperanças para o Al Hilal, que não se intimidou e tentou pressionar o atual campeão europeu.

Com a ousadia árabe, o Real conseguiu aproveitar os espaços e apostou na rapidez de Vini Jr para aumentar a vantagem e confirmar a conquista de mais um título mundial em sua história, além de confirmar a supremacia europeia no Mundial de Clubes.

Nos últimos 10 anos, os europeus dominaram o torneio. O Corinthians, campeão em 2012 com Tite no comando, foi o último time fora da Europa a conquistar o torneio. 

FLA VENCE E FICA EM 3º LUGAR

Garimpo aumentou 787% em terras indígenas entre 2016 e 2022, aponta Inpe

Dados do Inpe mostram crescimento da mineração ilegal em áreas de reservas protegidas e especialista vê projeto de exploração econômica da Amazônia como fator determinante para a prática.

O garimpo ilegal em terras indígenas na região Norte do Brasil aumentou mais de oito vezes entre 2016 e 2022, apontam dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). As atividades foram detectadas nas Terras Indígenas Yanomami, em Roraima, e em seis reservas do Pará: Sai-Cinza, Munduruku, Baú, Kayapó, Apyterewa e Trincheira/Bacajá.

A atividade de garimpo em terras indígenas ganhou projeção nacional em razão da crise sanitária na Terra Indígena Yanomami, a maior do país. Devido ao avanço do garimpo ilegal na região, crianças e adultos enfrentam casos severos de desnutrição e malária.

Segundo os dados do Inpe, em 2016, durante o governo de Michel Temer (MDB), a área de mineração ilegal em terras indígenas estava em 12,87 km², o equivalente a quase metade do arquipélago de Fernando de Noronha.

Em 2021, na gestão de Jair Bolsonaro (PL), o número registrado aumentou 787%, cerca de 114,26 km² –787%. Houve queda em 2022, também sob Bolsonaro, quando 62,1 km² foram detectados como área de mineração ilegal.

Os dados são fornecidos por meio de alertas pelo Deter (Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real), que produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²) – tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal (além de mineração, ele detecta exploração de madeira e queimadas, por exemplo).

Evolução do garimpo ano a ano:

  • 2016 – 12,87 km²
  • 2017 – 48,72 km²
  • 2018 – 79,17 km²
  • 2019 – 97,24 km²
  • 2020 – 92,38 km²
  • 2021 – 114,26 km²
  • 2022 – 62,1 km²

(Do g1)

Qual a responsabilidade do Banco Central sobre o garimpo ilegal de ouro na Amazônia?

Por Socialista Morena

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes atendeu a uma ação do Partido Verde e intimou o Banco Central e a Agência Nacional de Mineração a prestarem esclarecimentos sobre a comercialização de ouro oriundo do garimpo ilegal na Amazônia. As DTVMs (Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários), instituições financeiras especializadas na venda e compra de ouro, dependem de autorização do Bacen para funcionar. Gilmar deu um prazo de três dias para que os dois órgãos se manifestem.

Uma reportagem publicada pela Folha mostra que o ouro extraído de lavras clandestinas é legalizado no sistema financeiro por apenas cinco DTVMs, instituições financeiras especializadas na venda e compra de ouro que dependem de autorização do BC para funcionar.

O PV entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal, com pedido de medida cautelar, contra a lei federal 12.844/2013, que reduziu a responsabilidade das DTVMs ao possibilitar que elas comprem ouro com base no princípio da boa-fé, com informações prestadas apenas pelos vendedores –como os garimpeiros ilegais que atuam na Amazônia. Ao desobrigar as DTVMs de buscar informações sobre o que ocorre nos locais de extração de ouro na Amazônia, a norma permite que todo o ouro ilegal oriundo da Amazônia seja escoado como se fosse legal.

Nesta quarta-feira, uma reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo mostrou que a maior parte do ouro extraído de lavras clandestinas no país é legalizado no sistema financeiro por apenas cinco DTVMs. Uma delas, a FD Gold, pertence a um ex-filiado ao PSDB, Dirceu Santos Frederico Sobrinho, que concorreu ao Senado em 2018 como primeiro suplente de Flexa Ribeiro. Ele não foi reeleito. Próximo ao ex-vice-presidente e atual senador general Hamilton Mourão, Sobrinho admitiu ser o proprietário de uma carga de 77 quilos de ouro apreendida pela Polícia Federal em Itu em maio do ano passado.

Citado na reportagem, o levantamento Boletim do Ouro, publicado pela UFMG, identificou que 7 toneladas de ouro ilegal produzidas entre janeiro de 2021 e 2022 foram “esquentadas” por estas cinco DTVMs e um laboratório. Outro levantamento, o Rai0-X do Ouro, aponta que quatro DTVMs seriam responsáveis por um terço de todo o volume de ouro com indícios de ilegalidade: 79 toneladas. “Isso significa que 87% de suas operações são duvidosas”, diz o estudo.

“Considerando a importância do tema em debate, entendo oportuno solicitar informações à Agência Nacional de Mineração e ao Banco Central. Intimem-se, inclusive via fax, com urgência, a ANM e o BACEN a prestar informações, no prazo de 3 dias corridos”, escreveu Gilmar Mendes em sua decisão.

Esperamos que os esclarecimentos que estes órgãos irão prestar à Justiça também expliquem por que o Banco Central brasileiro foi o terceiro do mundo que mais comprou ouro em 2021, atrás apenas da Hungria e da Tailândia, e por que tentou manter a operação em sigilo. Foi a maior aquisição de ouro das últimas duas décadas em apenas três meses: 129 toneladas. Na época que as compras aconteceram, entre maio e julho de 2021, o Portal do Bitcoin pediu explicações ao BC, com base na Lei de Acesso à Informação, mas a instituição se negou a responder aos questionamentos, alegando sigilo bancário.

PT faz 43 anos e se consolida como força política em defesa do povo e da democracia

Nesta sexta-feira, 10 de fevereiro, o Partido dos Trabalhadores comemorou 43 anos de fundação, com uma bela história forjada nas lutas do povo brasileiro por democracia e por direitos fundamentais. O PT foi fundado em 10 de fevereiro de 1980, no Colégio Sion (SP), por um grupo formado por  dirigentes sindicais, intelectuais de esquerda, ex-exilados políticos e ativistas católicos ligados à Teologia da Libertação.

O Partido nasceu em meio a grandes mobilizações sociais, principalmente do movimento sindical no ABC paulista, que marcaram a história política, econômica e social brasileira a partir da segunda metade da década de 70, quando a sociedade brasileira ainda vivia sob uma ditadura militar que durou 20 longos anos.

Tendo à frente o então líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva, o PT foi oficialmente reconhecido como partido político pelo Tribunal Superior de Justiça Eleitoral no dia 11 de fevereiro de 1982.

A partir daí, em quatro décadas de destacada atuação, o PT se tornou o maior partido político de esquerda da América Latina e um dos maiores do mundo, atualmente com mais de 2,5 milhões de filiados e filiadas e organizado em todas as capitais e na grande maioria dos municípios do país.

Em todo esse tempo, o PT obteve importantes vitórias nas três esferas dos poderes Legislativo e Executivo, elegendo lideranças petistas nas prefeituras, governos estaduais  e de ter governado o Brasil por quatro mandatos consecutivos, com Lula de 2003 a 2008 e Dilma de 2010 a 2016, sendo o último mandato interrompido por um golpe parlamentar-midiático em 2016.

Logo depois, todo o conjunto do PT, numa demonstração de solidariedade e resiliência, ocupou as ruas e praças pela libertação de Lula, preso injustamente e para evitar que fosse eleito presidente em 2018, o que mais tarde foi provado e Lula inocentado.

Nas eleições de 2022, após enfrentar uma das mais duras disputas contra a máquina governamental e uma avalanche de Fake News,  o PT e os partidos da Frente Ampla venceram e colocaram Lula, o maior líder popular do país, pela terceira vez na Presidência da República, com mais de 60 milhões de votos, a maior votação para presidente da história brasileira.

Além dessa conquista que colocou um fim em quatro anos de desgoverno autoritário, movido por ideais fascistas e à base de mentiras e de atentados à democracia, o PT elegeu uma bancada de 69 deputados e deputadas federais e mais quatro parlamentares para o Senado.

No início deste ano, uma tentativa de golpe contra a Democracia Brasileira foi derrotada e o PT mais uma vez se consolida como o principal instrumento para uma tão sonhada unidade nacional.

Diante de tudo isso, o Diretório Nacional do PT decidiu realizar  uma comemoração especial para celebrar o aniversário do Partido e a vitória do povo brasileiro, que hoje ocupa, mais uma vez, o Palácio do Planalto com Lula Presidente.

Foto principal: Ricardo Stuckert