Os Ramones se juntaram em 1974, em Forest Hills, distrito de Queens, Nova York. O estilo cru e ligeiro das músicas fez da banda uma das precursoras do punk rock. Cultuado até hoje, o grupo influenciou uma infinidade de músicos e criou uma marca reconhecida no mundo inteiro. A águia careca dos Ramones virou símbolo musical tão potente quanto a língua dos Rolling Stones ou o alvo tricolor do The Who. Arturo Vega, responsável pelo merchandising da banda, criou a marca. Curiosamente, descreveu como a antítese do punk, embora os Ramones tivessem uma pegada identificada com o gênero que repaginou os caminhos do rock nos anos 70-80.
A carreira do grupo foi marcada por várias separações e retornos, mas o fim definitivo viria em 1996. Além do estado de saúde de Joey, o vocalista, os Ramones conviviam com forte tensão interna, crises com drogas e álcool, o que dificultava a comunicação entre os integrantes. Mesmo sem formalizar a despedida, um último disco foi lançado com o sugestivo nome de “Adios, Amigos”.
Todos os integrantes originais do grupo já morreram: Joey Ramone (2001), Dee Dee Ramone (2002), Johnny (2004) e Tommy Ramone (2014). Marky, que tocou com eles no começo da carreira, é o único sobrevivente e fez vários shows no Brasil, inclusive em Belém. Sucesso do álbum “Brain Drain” (1989), I Believe in Miracles voltou às paradas numa releitura portentosa do Pearl Jam. Aliás, nos primórdios da banda, o jovem Eddie Vedder foi ajudante de palco dos Ramones e se tornou amigo de Joey e Johnny Ramone.