Desde a final da Conmebol Libertadores, o Flamengo tinha um sonho: enfrentar o Real Madrid na final do Mundial de Clubes da Fifa. Nesta terça-feira (7), porém, o sonho virou pesadelo… Em uma noite trágica, o time carioca perdeu por 3 a 2 para o Al Hilal, da Arábia Saudita, e foi eliminado na semifinal do torneio. Foi o 2º trauma seguido nos últimos dias, depois da derrota por 4 a 3 para o Palmeiras, na Supercopa do Brasil. E, agora, o time de Vítor Pereira terá que se contentar com a disputa do 3º lugar, contra o derrotado de Real Madrid x Al Ahly.
Em Tânger, o time rubro-negro começou muito nervoso em campo e viu Matheuzinho fazer pênalti em Vietto com apenas dois minutos de bola rolando. Salem Al-Dawsari chamou a responsabilidade e bateu no cantinho de Santos. Al Hilal 1 a 0. O Fla, então, colocou a bola no chão e chegou ao empate aos 20: Matheuzinho abriu para Pedro, que acertou um chute de chapa, cruzado, inapelável para Al-Muaiouf.
Nos acréscimos, porém, veio o lance que mudaria os rumos da partida: Gerson pisou no tornozelo de Vietto na área e, inicialmente, nada foi marcado. Após checar o VAR, porém, o árbitro Istvan Kovacs deu pênalti para o Al Hilal e aplicou o 2º amarelo em Gerson, que já havia sido advertido por simulação. Com isso, o meio-campista foi expulso de campo. Para piorar, Salem Al-Dawsari bateu o pênalti muito bem e recolocou os sauditas na frente.
No 2º tempo, Vítor Pereira tentou arrumar seu meio-campo, colocando Pulgar na vaga de Arrascaeta, claramente abaixo fisicamente. No entanto, a estratégia não funcionou. E, em uma espetada de contra-ataque, o Al Hilal praticamente matou o jogo: Marega achou Vietto, que aproveitou bem o espaço dado por David Luiz e soltou uma bomba para ampliar a vantagem.
Com isso, não restou opção ao Flamengo a não ser ir para o tudo o nada. E, com sua qualidade, o time carioca conseguiu diminuir nos acréscimos. Após troca de passes, Gabigol chutou, a bola desvio na zaga e sobrou limpa para Pedro, que só cutucou para o fundo das redes.
No desespero, o Flamengo partiu para a pressão máxima e tentou de tudo nos cinco minutos finais, mas o Al Hilal conseguiu segurar a vitória, fazendo o sonho flamenguista virar pó na areias do Marrocos.
O fato é que o Flamengo pareceu encarar a semifinal como um simples compromisso antes da grande final contra o Real Madrid. As coisas pareciam conspirar a favor, com várias lesões na equipe espanhola, e um entusiasmo acentuado da torcida, impulsionado pela cobertura dos principais veículos da mídia televisiva. Com isso, muitos passaram a acreditar no favoritismo rubro-negro. A vitória do time saudita mostrou que essa suposta vantagem não existia.