Na tarde desta segunda-feira (06), membros da direção do Sindicato de Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) se reuniram com o vereador Fernando Carneiro, a vereadora Gizelle Freitas (PSOL), da Bancada Mulheres Amazônidas, e o representante do mandato do vereador Allan Pombo, André Tomaz, para retomar a discussão sobre a realização de concurso público com vagas a serem preenchidas por jornalistas diplomados na Câmara Municipal de Belém, a contratação de somente profissionais de comunicação com formação superior na área para a assessoria de imprensa dos parlamentares e também da Casa legislativa, além da implementação de piso salarial.
A luta pela valorização, respeito e dignidade da categoria recebeu o apoio da comissão de vereadores e, como encaminhamento, o Sinjor-PA vai solicitar reunião com a Mesa Diretora da Câmara para dar continuidade ao processo de negociação e encaminhamento das reivindicações.
O momento mais dramático para os mais de 15 mil azulinos presentes ao Baenão, ontem, ocorreu aos 29 minutos do segundo tempo. Magno recebeu a bola – a partir de um arremesso lateral – entre os zagueiros e avançou até ficar frente a frente com Vinícius. Com o gol praticamente aberto, mandou para fora. Perdeu a chance de empatar o confronto.
O susto sofrido pelos azulinos fez lembrar momentos de desatenção da defesa nos amistosos de preparação para o Parazão. O Remo tomou gols no final dos jogos com o Bragantino e o Cametá. Esse fantasma se esboçou novamente ontem, mas o erro do atacante do Independente permitiu que o placar (2 a 1) continuasse favorável ao Remo.
Quando esse lance aconteceu, o Remo vivia um bom momento no jogo. Embora não tivesse controle absoluto, vencia merecidamente e criava seguidas oportunidades seguidas para ampliar.
A torcida, a bem da verdade, não merecia tamanha frustração. A tarde/noite tinha tudo para ser uma imensa celebração. Nem a chuva inibiu o entusiasmo da massa azulina, que compareceu em peso para ver o time em ação, depois de quase seis meses fora de uma competição oficial. A festa do 118º aniversário tornou ainda mais vibrante o clima dentro do Baenão.
Diante de toda aquela agitação, o Independente resolveu surpreender o dono da casa, adiantando a marcação e criando situações perigosas junto à área, através da troca de passes entre Jefferson Monte Alegre, Railson e Magno. Logo de cara, uma falta cobrada da esquerda por Railson levou muito perigo. Vinícius saltou e desviou para escanteio.
O Remo só se estabilizou ali pelos 10 minutos, quando Uchoa, Soares e Pablo Roberto passaram a trocar passes e a levar o time à frente. Aos 14 minutos, Richard Franco correu na diagonal e recebeu passe de Lucas Mendes na direita, avançou até o fundo e cruzou. Soares, que fechava no segundo pau, tocou de chapa para o fundo das redes, abrindo o placar.
Depois da partida, o técnico Marcelo Cabo revelou que a jogada tem sido muito ensaiada nos treinamentos. Deve ser mesmo, pois alguns minutos depois Richard fez o mesmo movimento e cruzou recuado para Pablo, que disparou um chute na trave do Independente.
O primeiro tempo estava terminando quando surgiu o lance que levou ao segundo gol remista. Em escanteio cobrado na pequena área, Mimica agrediu o zagueiro Ícaro e foi expulso. O pênalti foi assinalado e Muriqui converteu. O atacante estava sumido no jogo, deslocado para uma função de extrema esquerda, que não deu resultado.
Com um a mais, o Remo voltou com mais confiança e ofensividade para o segundo tempo. Criou muitas oportunidades, com Diego Tavares, Soares e Pablo Roberto, principalmente, mas não acertou o gol. Muriqui, posicionado no centro do ataque, passou a aparecer mais na partida.
Quando o Remo estava melhor assentado em campo, veio o gol do Independente. Uma jogada individual do lateral Lê Santos resultou em cruzamento para o interior da área. O volante Flávio Bahia recebeu livre e tocou no canto esquerdo do gol de Vinícius.
Antes que o Remo se refizesse do gol, Magno quase empatou, no lance descrito no começo deste texto. Railson ainda teve uma investida perigosa, mas o lance foi anulado por impedimento.
Com o cansaço se manifestando, Marcelo Cabo mudou jogadores no ataque. Pedro Victor e Fabinho substituíram Pablo e Soares. Depois, Lucas Mendes foi trocado por Pingo, improvisado no lado direito.
Aos 35’, um cabeceio de Ícaro foi desviado por Otávio e a bola sobrou para Muriqui finalizar, fechando o placar em 3 a 1. A torcida ainda teve o prazer de acompanhar a volta de Ronald aos gramados, após oito meses de inatividade. Ele entrou no lugar de Diego Tavares.
Apesar dos problemas mostrados ao longo do jogo, principalmente quanto a erros de passe e posicionamento da defesa, o Remo exibiu evolução em relação aos amistosos da pré-temporada. Marcelo Cabo, cauteloso, deu nota 6 ao desempenho do time diante do Independente.
Cametá e São Francisco também estreiam com vitórias
Os demais quatro jogos da primeira rodada do Campeonato Paraense tiveram resultados previsíveis, com destaque para as vitórias do Cametá sobre o Tapajós, em jogo disputado na Curuzu, e do São Francisco sobre o Caeté, em Ipixuna. Nos dois outros confrontos, empates entre Castanhal e Águia (1 a 1) e Itupiranga e Tuna (1 a 1).
Esse equilíbrio nos primeiros jogos deixa a impressão de que o campeonato será um dos mais disputados dos últimos anos. Falta ainda a estreia do PSC, marcada para quinta-feira (9), contra o Itupiranga, na Curuzu, já pela segunda rodada do Parazão.
STJD ainda não se manifestou sobre o fascista do vôlei
Tigrão em relação ao TJD paraense no caso Paragominas, aplicando a intervenção como punição, o STJD age com parcimônia em relação à denúncia contra o jogador Wallace, que publicou enquete na internet fazendo incitação à violência contra o presidente Lula.
De qualquer forma, um subprocurador da corte superior já deu a entender que a decisão do STJD será contrária à punição de Wallace. O entendimento seria de que o jogador não estava em quadra quando cometeu a truculenta postagem.
Carol Solberg, filha de Isabel, foi punida por uma crítica a Jair Bolsonaro, sob a alegação de que feriu as normas desportivas.
Em tempo: Wallace foi suspenso pelo Cruzeiro, seu clube, e pelo conselho de ética do Comitê Olímpico Brasileiro.
(Coluna publicada na edição do Bola desta segunda-feira, 06)