Uma portaria publicada nesta quinta-feira pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), assinada pelo presidente Otávio Noronha, definiu os termos da intervenção no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) do Pará. Fica determinado que o tribunal terá que enviar ao STJD todos os expedientes sobre as competições oficiais realizadas no Estado, e não apenas as súmulas dos jogos. Determina ainda a criação de uma Comissão Disciplinar Extraordinária para julgamento das infrações disciplinares ocorridas nas competições.
A intervenção foi decidida por unanimidade na sessão do Pleno do STJD, realizada na terça-feira (01). O relator do caso Paragominas atribui ao TJD toda a responsabilidade pelo problema que provocou a paralisação do Parazão 2023.
Político diz que, após as eleições, Silveira pediu que ele se reunisse com Moraes para forçar conversa comprometedora e gravasse áudio. Nesta quarta, Do Val foi acusado de ‘traição’ por bolsonaristas por, supostamente, ter votado para reeleger Pacheco no comando do Senado. Segundo o Estadão, STF pode pedir quebra de sigilo de Bolsonaro e dos ex-ministros Augusto Heleno e Braga Netto
Com informações do G1, Globonews, Estadão e Folha de SP
O senador Marcos Do Val (Podemos-ES), que apoiou o governo de Jair Bolsonaro, pode se tornar uma testemunha decisiva para a prisão do ex-presidente. Do Val anunciou, em um post, que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) tentaram usá-lo para dar um golpe de Estado contra o Brasil. O senador acusou Bolsonar e Silveira de organizarem uma reunião, em dezembro, para propor o envolvimento do senador em um plano golpista.
Marcos do Val chegou a dizer nesta quinta, em rede social, que pediria afastamento do mandato. Ele foi eleito em 2018 e, com isso, tem mandato vigente até 2026. No fim da manhã, do Val voltou atrás e afirmou que “estuda” pedir afastamento do cargo de senador.
Em conversa com a GloboNews, Marcos do Val relatou um diálogo presenciado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), logo após as eleições de outubro, em que o então deputado Daniel Silveira teria proposto uma ação golpista ao parlamentar.
Segundo o jornal Estado de São Paulo, a partir do relato do senador, o STF estaria propenso a quebrar o sigilo do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seus ex-ministros, generais Augusto Heleno e Braga Netto.
Do Val afirma que a proposta de Silveira envolvia não desmobilizar os acampamentos golpistas e, enquanto isso, gravar sem autorização alguma conversa que comprometesse Alexandre de Moraes, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Eles me disseram: ‘Nós colocaríamos uma escuta em você e teria uma equipe para dar suporte, e você vai ter uma audiência com Alexandre de Moraes, e você conduz a conversa pra dizer que ele está ultrapassando as linhas da Constituição. E a gente impede o Lula de assumir, e Alexandre será preso'”, relatou Do Val ao g1.
O senador diz que a proposta foi verbalizada pelo então deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) – Bolsonaro estava na mesma reunião e indicou concordar com a ideia. Do Val diz que pediu para analisar a proposta e responder em um segundo momento. E que, em seguida, relatou o caso ao próprio ministro Alexandre de Moraes. Ainda de acordo com o senador, Moraes ficou surpreso e considerou a proposta “um absurdo”.
Uma suposta troca de mensagens entre o ex-deputado Daniel Silveira e o senador Marcos do Val (Podemos-ES) mostra o plano de golpe de Estado e impedir a posse do presidente Lula. Na conversa, divulgada à imprensa por do Val, Silveira teria dito que o plano ficaria “restrito a um círculo de 5 pessoas”.
Hit da curta, brilhante e subestimada carreira do Hüsker Dü, ícone do rock alternativo nos anos 80′. Bob Mould (guitarra), Grant Hart (bateria) e Greg Norton (baixo) fundaram o grupo em Minnesota (EUA), 1979. No início, seguiram a cartilha punk, mas com o tempo o som foi se aproximando mais do rock psicodélico sessentista. A separação ocorreu em 1988, mas a repercussão dos álbuns viria nos anos seguintes, derramando influência sobre o grunge (Nirvana, Pearl Jam) e bandas pós-punk, como o Pixies. Existem sinais do Hüsker também no rock brasileiro dos anos 90, como Titãs, Plebe Rude e Inocentes.
Grant Hart, bateria e um dos compositores da banda, morreu em 2017 (complicações da hepatite C), aos 56 anos. É o autor de “Don’t Want to Know if you are Lonely” (Não quero saber se você está sozinha), gravada em 1986. A letra diz muito do universo caótico e desesperado que o Hüsker Dü expunha em seu trabalho e a canção é valorizada pelas distorções de Mould na guitarra.
Estou curioso para saber exatamente como você está Eu mantenho minha distância, mas essa distância é muito longa Isso me tranquiliza só de saber que você está bem Mas eu não quero que você continue precisando de mim desse jeito
E eu não quero saber se você está sozinha Não quero saber se você é menos que solitária Não quero saber se você está sozinha Não quero saber, não quero saber
O dia em que você me deixou, me deixou me sentindo tão mal Ainda não tenho certeza sobre todas as dúvidas que tínhamos Desde o começo nós dois sabíamos que não iria durar As decisões foram tomadas, o dado foi lançado
O telefone está tocando e o relógio marca quatro da manhã. Se são seus amigos, bem, eu não quero saber deles Por favor, deixe seu número e uma mensagem no sinal Ou você pode simplesmente continuar e me deixar em paz!
O começo da caminhada do Remo na temporada 2023 começou a ser traçado ainda em novembro do ano passado, com o acerto firmado com o técnico Marcelo Cabo e o anúncio das primeiras contratações de jogadores. Essas providências deixaram a impressão de que o time estaria tinindo para o Campeonato Paraense. Como nem sempre tudo sai como o planejado, os amistosos de preparação mostraram um time longe do mínimo ideal.
Empates seguidos com Caeté, Bragantino e Cametá deixaram no torcedor a impressão de que a caminhada no Parazão será tão ou mais complicada do que foi a campanha de 2022, quando o time em nenhum momento passou confiança, embora no final tenha conquistado o título.
Algumas situações contribuem para ampliar as dificuldades naturais do processo de entrosamento. A ausência de dois titulares fundamentais, o lateral-esquerdo Leonan (foto) e o volante Anderson Uchoa, foi determinante para comprometer o equilíbrio do meio-de-campo e afetar as ações ofensivas, pois Leonan é um lateral-ala conhecido por se projetar o tempo todo para auxiliar o ataque.
Sem Leonan e Uchoa, o sistema 4-4-2 experimentado por Marcelo Cabo e que deve ser usado na estreia diante do Independente, domingo, não terá a mesma eficiência. Vai depender bastante da movimentação que o meia Soares der ao setor de criação e das ações do atacante Muriqui, artilheiro da equipe na temporada.
Mais do que a insegurança defensiva exposta pelos gols tomados nos amistosos, Cabo precisa se preocupar em produzir formulações e alternativas para o setor de ataque, agora concentrado exclusivamente em Muriqui e Diego Tavares, auxiliados por Soares.
Vaias na derrota fazem Papão cancelar novo amistoso
O PSC, que tanto lamentou o pouco tempo para uma preparação mais adequada, de repente decidiu não fazer mais nenhum amistoso antes da estreia no Campeonato Paraense, remarcada para quinta-feira (8) contra o Itupiranga. O futebol nem sempre é regido pela coerência, mas ninguém entendeu direito a mudança de foco.
Na prática, levando em conta declarações do técnico Márcio Fernandes depois da derrota para a Tuna, domingo, o problema está relacionado ao receio de novas lesões no elenco. Diante dos cruzmaltinos, o Papão perdeu quatro jogadores, entre os quais o volante Ricardinho.
Márcio chegou a reclamar da arbitragem, que em sua opinião foi leniente em relação ao jogo violento. Na real, se houve rispidez nos lances isso não pode ser atribuído exclusivamente à Tuna. Os bicolores também cometeram faltas duras. De maneira geral, porém, o jogo não foi marcado por deslealdade.
A questão de fundo parece mesmo ter sido a revolta da torcida em relação à atuação do time. No fim do jogo, comissão técnica, jogadores e diretoria foram muito vaiados pelos torcedores na Curuzu. O motivo para o cancelamento de um novo amistoso está diretamente relacionado a isso.
Grana americana faz Chelsea estourar janela europeia
Dinheiro não é problema para o abastado Chelsea. Em queda livre nos últimos três anos, o clube inglês resolveu abrir os cofres na recém-finda janela de transferências anunciando a contratação de oito reforços. Essa fúria consumista contribuiu para que a janela de janeiro se tornasse a segunda mais robusta de toda a história moderna, inferior apenas à de 2018, que atingiu 1,7 bilhão de euros (R$ 9,4 bilhões).
O mercado internacional da bola movimentou nada menos que 1,6 bilhão de euros (R$ 8,8 bilhões), crescendo 45,5% em comparação com 2022.
Alavancado pela ambição e a fortuna do novo proprietário, o investidor americano Todd Boehly, o Chelsea foi o clube europeu que mais gastou na janela, torrando 329,5 milhões de euros (R$ 1,8 bilhão), fechando cinco das 10 maiores transações.
A mais cintilante contratação foi a do meia argentino Enzo Fernández, grande revelação da Copa do Mundo do Qatar, que foi comprado ao Benfica por 121 milhões de euros (R$ 667, milhões).
Fora do top 10 de transações, as transferências de jogadores brasileiros que mais se destacaram na janela são os seguintes: 1 – Danilo (Nottingham Forest-ING): 20 milhões de euros; 2 – João Gomes (Wolverhampton-ING): 18,7 milhões de euros; 3 – Gerson (Flamengo): 15 milhões de euros; 4 – Andrey Santos (Chelsea-ING): 12,5 milhões de euros; e 5 – Jeffinho (do Botafogo para o Lyon-FRA): 10 milhões de euros.
A janela de transferências no Brasil é mais ativa no começo do ano e permanece aberta até 3 de abril para reforços vindos de outras partes do mundo. Transações entre clubes nacionais não têm prazo ou restrição de datas.
Guardiola e a pressão irresistível dos 4 segundos
No Bayern de Munique, na temporada de 2013, Pep Guardiola assombrava os alemães com algumas ideias que norteavam seu processo de treinamento do time. Não queria ver os atacantes Ribéry ou Robben se esfalfando em corridas de 80 metros para perseguir zagueiros adversários. Preferia que a pressão fosse eficiente e durasse não mais que quatro segundos.
“Basta voltar até o meio de campo. O que precisamos conseguir é fazer pressão todos juntos durante esses poucos segundos e recuperar rápido a bola, lá na frente”, explicava a fórmula simples, sempre em alemão perfeito, na preleção aos jogadores.
Essa passagem consta de “Guardiola Confidencial”, livro do jornalista espanhol Martí Perarnau, obrigatório para quem ama o futebol e suas táticas.
(Coluna publicada na edição do Bola desta quinta-feira, 02)