CPI do MEC: a manobra no Senado para blindar Bolsonaro

O jornalista Bernardo Mello Franco afirma, em sua coluna no jornal O Globo, que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),  “mudou de tática para blindar o Planalto de investigações comprometedoras” e” costurou um acordo para que a maioria governista o ajude a barrar a CPI do MEC”. Segundo ele, no ano passado, Pacheco tentou barrar a CPI da Covid e o caso foi parar no Supremo Tribunal Federal, que determinou a instauração do colegiado. 

“Desta vez, o presidente do Senado convocou o bloco governista para socorrê-lo. Ontem ele anunciou que vai abrir a nova comissão, mas só depois das eleições. Atribuiu a decisão aos líderes partidários, que teriam decidido evitar a ‘contaminação das investigações pelo processo eleitoral’. Na verdade, o objetivo é driblar o Supremo e evitar que a CPI atrapalhe a campanha de Jair Bolsonaro”, afirma Mello Franco. 

“Impedir a investigação vai contaminar mais o processo eleitoral do que abri-la. A razão é simples: o eleitor tem o direito de saber se o presidente interferiu na Polícia Federal para proteger o aliado Milton Ribeiro e esconder a bandalheira no MEC.Bolsonaro atua abertamente para neutralizar os órgãos de controle. Além de manter a PF sob pressão, conseguiu domesticar a Procuradoria-Geral da República e a Controladoria-Geral da União”, ressalta.

Saiu barato: TJD condena PSC a pagar R$ 15 mil pelo apagão na final do Parazão

O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) condenou o PSC a pagar R$ 15 mil pelo apagão no dia da final do Parazão. Marcão, zagueiro do Papão, ficou suspenso por duas partidas. Apesar disso, o time foi absolvido pelo arremesso de sapatos e outros objetos em campo.

Vale ressaltar que no primeiro julgamento o clube teria que pagar R$ 30 mil pelo apagão que ocorreu no final do campeonato estadual. Além disso, o Papão tinha perdido mando de campo e teria que pagar R$ 10 mil pelo arremesso de sapatos e outros objetos em campo.

O apagão ocorreu no último jogo do Parazão 2022. A final foi disputada em duas partidas, o segundo jogo foi realizado na Curuzu. O Remo venceu pelo placar agregado (3 a 0 e 1 a 3) e ficou com o título. No momento em que os jogadores do Leão iriam levantar a taça do torneio, os refletores do estádio bicolor foram apagados.

As decisões do TJD

“Por unanimidade, fica o Recurso do Remo rejeitado. Por unanimidade, aplica-se a pena de suspensão de 02 partidas, com automática, ao atleta da equipe do Paysandu, Marcos Wilson da Silva. Por maioria, fica a equipe do Paysandu absolvido da pena pelos arremessos de objetos. Por maioria, mantém-se a Decisão da 3° Comissão, com redução no valor da pena pecuniária para R$ 15 mil, quanto ao apagão.”