
A Fifa anunciou nesta sexta-feira (1) uma providência que deve aprimorar a análise de impedimentos, um dos grandes desafios da arbitragem, mesmo em tempos de VAR. A entidade informou que vai utilizar uma nova tecnologia para auxiliar árbitros de campo e responsáveis pelo VAR na Copa do Mundo do Qatar, em novembro. O impedimento semiautomático tem como propósito diminuir o tempo de análise em lances ajustados e promover decisões mais rápidas por parte da arbitragem.
Para que isso aconteça, as bolas usadas na Copa contarão com um sensor no centro da sua estrutura que mandará um sinal cerca de 500 vezes por segundo, permitindo saber o exato momento do contato do pé do atleta em um passe ou chute. Além disso, os estádios contarão com 12 câmeras que rastrearão cada jogador e irão enviar um sinal para o mesmo sistema 50 vezes por segundo, mostrando 29 possíveis pontos de contato do corpo com a bola.
Quando um jogador estiver em posição de impedimento no momento do passe e tocar na bola, um alerta será ligado na sala do VAR. Os responsáveis pela operação vão avaliar o lance e validar o apontamento. Após o lance, ao invés de gerar uma imagem com as linhas de impedimento traçadas, será gerada uma imagem em 3D do lance, que será exibida imediatamente no estádio e na pausa seguinte das transmissões televisivas. Isso porque, até a geração da ilustração, o jogo muito provavelmente já terá sido reiniciado.
A nova tecnologia servirá apenas para lances onde um atleta receba um passe ou complete um chute vindo de um companheiro. Lances de interpretação como, por exemplo, o posicionamento em um rebote eventual do goleiro seguirão sendo avaliados pelo árbitro de campo e pelo VAR manualmente. Para validar a nova ferramenta, a Fifa testou sua utilização na Copa Árabe de 2021 e no Mundial de Clubes realizado neste ano. Além disso, testes em laboratórios foram feitos nos Estados Unidos, Austrália e Suíça.