Leão perde chances de gol, empata em Floripa e segue fora do G8

Com muitos erros de passe ao longo do primeiro tempo, o Remo melhorou de rendimento na etapa final e teve chances de chegar ao gol, mas acabou se conformando com um empate em 0 a 0 com o Figueirense, na noite desta segunda-feira, em Florianópolis. Com o resultado, o Leão subiu duas posições e fechou a 12ª rodada em 10º lugar.

O Figueirense foi superior no primeiro tempo, atacando mais e levando perigo em jogadas aéreas. Andrew se destacou com jogadas de aproximação e cruzando bolas para tentativas de finalização, mas a zaga remista se saiu bem, evitando o gol. Em entrada dura sobre o goleiro Vinícius, o atacante Serginho se contundiu e foi substituído.

O segundo período mostrou um Remo modificado na postura ofensiva. Rodrigo Pimpão substituiu Netto e foi muito acionado, criando as melhores manobras junto à área catarinense. Outro que apareceu bem foi Jean Patrick, que foi autor de dois bons passes para Pimpão. No lance mais forte, o atacante foi tocado na área e reclamou pênalti.

Jean Patrick acertou também um chute colocado, que o goleiro Wilson defendeu bem. Em dois lances agudos, o Figueirense obrigou Vinícius a defesas arrojadas. Nos instantes finais, o Remo foi mais presente no ataque, com Pimpão e Fernandinho.

Na 13ª rodada, o Figueirense vai enfrentar o Vitória no Barradão, sábado, dia 2, às 19h. Já o Leão vai jogar o clássico Re-Pa. A partida será no próximo domingo, 3, no Baenão, às 17h, com torcida única (do Remo).

(Foto: Samara Miranda/Ascom Remo)

Que pavulagem é essa?

Por Alberto Silva Neto (postado no Facebook)

Muito estranho – pra dizer o mínimo – esse boato (alguém confirma?) de que o Arraial do Pavulagem não aceitou colocar no palco um protesto pelos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips.

Se a justificativa for a de não fazer “política”, como li em algum lugar por aqui, pior ainda. Primeiro porque antes de qualquer conotação partidária, há o discurso crítico à Amazônia como terra sem lei.

Depois, a se considerar a dimensão partidária da manifestação mesmo, a mancha recairia sobre a extrema direita – mais especificamente sobre o bolsonarismo. Ou seja, faria sentido interpretar a atitude proibitiva do Arraial como uma passada de pano na ala política que está destruindo o Brasil.

Ainda mais essa pavulagem agora…

Localizei uma das fontes. 

Naraguassu Pureza da Costa informa em post aqui que o Junior Soares não teria aceitado colocar um cartaz de Bruno e Dom no palco do Arraial do Pavulagem. Diante da gravidade dos acontecimentos, toda e qualquer censura à forma que seja de posicionamento crítico em relação aos assassinatos deles numa manifestação cultural dessa envergadura é, na minha opinião, injustificável. Ao contrário, um grupo artístico cuja poética se propõe tão enraizada na cultura amazônica deveria ser o primeiro a escancarar sua posição em favor da justiça por todos e todas que perderam a vida lutando pra tirar nossa floresta da chancela de terra sem lei. Será que alguém do Arraial gostaria de se pronunciar a respeito?

Nota do editor: A posição reacionária do grupo não chega a surpreender. Em 2018, durante apresentações, um dos líderes do grupo costumava discutir com manifestantes de esquerda em defesa do então candidato Jair Bolsonaro.