
Gerson Gusmão, apresentado como novo comandante técnico do Remo nesta quinta-feira, 23, não foi registrado a tempo junto à CBF e será substituído no jogo de segunda-feira, 27, contra o Figueirense, pelo auxiliar Diego Albrecht. A estreia foi adiada porque a liberação dos documentos pelo Botafogo-PB, seu ex-clube, não foi encaminhada para o devido registro.
Para adquirir condições de comandar o time da beira do gramado, seu nome teria que ser divulgado até sexta-feira (24) no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF. Como era feriado no Estado da Paraíba, o Botafogo só deverá enviar a documentação na segunda-feira, 27. De qualquer forma, Gerson Gusmão viajou com a delegação azulina e irá comandar dois treinos em Florianópolis (SC).
Na primeira entrevista como técnico azulino, Gusmão deixou claro que considera um privilégio trabalhar num clube da grandeza do Remo. “Eu coloquei isso para o presidente (do Botafogo), que se existia alguma equipe que me faria sair do projeto essa equipe seria o Remo. Muito feliz, ciente do que eu espero aqui, de como é trabalhar e viver o Remo intensamente, mas com uma vontade de trabalhar enorme. É uma honra”, afirmou.
Gusmão era treinador do Botafogo-PB, time que também disputa a Série C. Sua saída desencadeou um princípio de polêmica. O presidente do clube paraibano não aceitou bem o pedido de demissão, levando em conta que o técnico iria reforçar um concorrente na competição.
“O Remo se reestruturou, se organizou. Isso atrai profissionais que gostam da linha de trabalho. Tem uma torcida que dispensa comentários, tive o prazer de conhecer em outras oportunidades”, diz Gusmão, justificando ter aceitado a proposta azulina.
Além da parte de gestão e da torcida, Gusmão diz que o elenco foi fundamental para ele trocar de clube: “Analisei detalhadamente aquilo que eu encontraria aqui. Já falei isso para os atletas. É um plantel muito qualificado. Foram esses os atrativos que me fizeram sair de um clube que eu já tinha um trabalho mais longo. Estava planejando o que seria feito nos treinos. Tenho a característica de viver muito intensamente o que eu faço. Não tinha como chegar em uma grande agremiação e não saber o nome dos atletas. É o mínimo de conhecimento que eu teria que fazer”.
A respeito de mudanças na equipe, o técnico disse que vai se amparar nas observações de quem já conhece o clube. “Vou procurar soluções. Me cabe analisar e ouvir pessoas que tiveram uma interação maior dentro do clube. Me passaram alguns dados daqueles atletas, como eles estão nos últimos dias. Vamos fazer a nossa escolha, é muito injusto chegar hoje e falar que a equipe titular é diferente”.
Gusmão disse como gosta de armar seus times. “Gosto que a minha equipe fique muito com a bola, que procure ter uma marcação agressiva, pressione a saída de bola do adversário. Que a gente passe a maior parte do tempo no campo do adversário. Existe uma diferença entre gostar disso e conseguir que o grupo faça isso. Às vezes demora um certo tempo para assimilação dos atletas. Estamos colocando isso para o grupo”.