A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) liberou um aporte financeiro de R$ 8 milhões para os clubes da Série C do Brasileiro. A ajuda foi anunciada nesta quarta-feira, no dia em que a entidade completa 108 anos de existência. Cada clube participante da competição vai receber R$ 400 mil, para que todos possam cumprir suas obrigações. Esse é o segundo repasse que a CBF faz. No início da Terceirona, cada um havia recebido R$ 250 mil para arcar com as despesas da disputa do torneio.
A Série C está chegando na 10ª rodada da primeira fase. O Mirassol é líder com 20 pontos, seguido do Paysandu com 18, ABC e Botafogo-PB com 17, Remo e Figueirense com 16 e Volta Redonda e São José com 13, fechando a zona de classificação para a próxima fase. Os oito melhores colocados vão seguir para a segunda fase e serão divididos em dois grupos, para definir o acesso à Série B, enquanto os quatro piores colocados serão rebaixados para a Série D.
A liderança do PSB na Câmara dos Deputados enviou ao procurador-geral da república Augusto Aras uma representação solicitando que o órgão investigue o filho do ministro da saúde Marcelo Queiroga, Antônio Cristovão Neto. Conhecido como “Queiroguinha”, Antônio é pré-candidato a deputado federal pelo PL, e foi denunciado em matéria do jornal O Globo por tentar se promover a partir da influência de seu pai.
Além de tentar aparecer em compromissos oficiais do ministro para conseguir a imagem de autoridade, Antônio é suspeito de intermediar com municípios os repasses do ministério, dando preferência a “certos agentes políticos”. “Não se pode duvidar que eventual aporte irregular de verbas tenham uma parte devolvida em caixa dois”, ressaltou a bancada.
Além de solicitar a investigação contra Antônio Cristovão, o partido também protocolou um requerimento para que Queiroga preste esclarecimentos diante da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara. “Os fatos ora narrados revelam o patrimonialismo ainda presente nas práticas administrativas do Governo Federal, e que não se coadunam com os princípios inscritos no art. 37 da Constituição Federal”, justificou.
O autor do requerimento, deputado Bira do Pindaré (PSB-MA), ainda aponta para a similaridade da denúncia envolvendo Queiroga e seu filho com o modus operandi do suposto escândalo em investigação no Ministério da Educação, onde o ex-ministro Milton Ribeiro é suspeito de cobrar propina em ouro de prefeitos para fazer o repasse de verbas aos municípios.
Parabéns, Bolsonaro, você conseguiu. Depois de três anos dedicado a entregar a Amazônia aos barões do desmatamento, garimpo, caça e pesca ilegais; aos invasores de terras, envenenadores de rios, algozes dos indígenas e abusadores de suas mulheres, pistoleiros profissionais e traficantes de ouro, madeira, animais e, agora, cocaína; a desmantelar a fiscalização que impedia a destruição da floresta; e a prostituir os ramos locais do Ibama, da Funai, da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Exército, sua obra atingiu um novo clímax: o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips.
Que, à espera só da confirmação, já podem estar mortos desde domingo. Tudo leva a essa conclusão: seus celulares não conseguem ser rastreados; o barco também desapareceu; e o sumiço se deu numa área limitada e familiar. Some a isso o histórico de ameaças a Pereira e a patada desfechada por você no próprio Phillips, numa entrevista em 2019, lembra-se? “A Amazônia é do Brasil, não é de vocês!”. Mas a Amazônia não é mais do Brasil — Bruno, por exemplo, é brasileiro.
Os assassinos de Bruno e Dom, se já estavam certos da impunidade, viram-se ainda mais seguros diante do corpo mole das autoridades e do seu desprezo presidencial pelo caso, ao culpar os dois pela “aventura” e emitir um diagnóstico que nos envergonha como nação: “Eles podem ter sido executados”, disse você, com notável tranquilidade.
O apagamento de brasileiros como Bruno Pereira é regra nessa Amazônia sem lei. Mas Dom Phillips é um cidadão britânico, credenciado por organizações internacionais de proteção ao meio ambiente e jornalista ligado a dois veículos poderosos: o inglês The Guardian e o americano The New York Times. Eles não deixarão barato e, de repente, você periga ter de engolir mais do que poderá mastigar.
O mundo já quer saber, Bolsonaro: onde estão Bruno e Dom?
O Dia Nacional da Imunização, celebrado neste 9 de junho, busca incentivar a vacinação no país. Mas dados recentes mostram queda nas taxas de cobertura vacinal no Brasil. A campanha contra o sarampo este ano atingiu apenas 35% das crianças de 6 meses a 5 anos incompletos e 22% dos profissionais de saúde, segundo o LocalizaSus.
Já o número de casos de sarampo aumentou em 79% em todo o mundo, nos dois primeiros meses de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado. O alerta foi feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de erradicação do sarampo da OMS, mas, em 2018, voltou a registrar a circulação do vírus no território nacional. Só até a 12ª semana epidemiológica de 2022, o Ministério da Saúde confirmou 8.448 casos.
Apesar do aumento das notificações, Outra preocupação das autoridades de saúde é a poliomielite, ou paralisia infantil. A doença foi erradicada do país em 1994, mas, desde 2015, o Brasil não atinge a meta de 95% do público-alvo vacinado. A infectologista Lessandra Michelin alerta sobre a baixa cobertura vacinal no país.
“O motivo do retorno de tantas enfermidades é a baixa cobertura vacinal. Nós precisamos de uma cobertura vacinal de 95% em média para conseguirmos controlar as doenças. Então, nós estamos vendo várias doenças como sarampo, poliomielite, caxumba, rubéola, varicela, febre amarela, diversas doenças que são imunopreveníveis, até mesmo doenças bacterianas como pneumonias pneumocócicas e doenças meningocócicas invasivas, estamos vendo essas doenças voltarem, porque as coberturas estão muito baixas.”
Na página da Sociedade Brasileira de Imunizações, é possível conferir a orientação vacinal para cada faixa etária, inclusive com todas as doses disponibilizadas gratuitamente na rede pública de saúde. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destaca as vacinas disponíveis gratuitamente em todos os 50 mil postos de vacinação espalhados pelo Brasil.
“As vacinas estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde e nas salas de vacinação. Seja as vacinas contra a gripe, seja a vacina tríplice viral, que [protege contra] sarampo, caxumba, rubéola, e a vacina da pólio. Então, há um pacote de vacinas que são disponibilizadas à população brasileira, como uma política pública. Há aquela fase em que nós fazemos uma campanha, que é para fazer um chamamento à população para que busque essas vacinas, que são importantes. No caso da gripe, para diminuir síndromes respiratórias agudas.”
Motivos para a baixa vacinação
Uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde aponta o receio e a desinformação como causas para a queda da cobertura vacinal: 18% das famílias entrevistadas afirmam ter medo de reações ao imunizante e 14% dizem que vacinas para doenças que não existem mais são desnecessárias.
“Podemos pensar que o próprio sucesso das políticas de vacinação no Brasil, considerado um modelo no passado, seja paradoxalmente responsável pela redução do estado de alerta das pessoas em relação a algumas doenças. Como convencer pessoas a se vacinarem contra uma doença de que nunca ouviram falar?”, ressalta o médico e gestor em uma operadora de saúde Gustavo Landsberg.
Gustavo Landsberg afirma que a queda da cobertura vacinal no Brasil se agravou durante a pandemia, mas é um fenômeno observado desde 2015.
“Fomos de 95%, em 2015, para 59%, em 2021. Temos atualmente, taxas semelhantes àquelas observadas na década de 80. É um retrocesso evidente que traz o risco real de observarmos o ressurgimento de diversas doenças graves, que já haviam sido declaradas eliminadas ou controladas no país.”
Segundo a infectologista Lessandra Michelin, a pandemia da Covid-19 acendeu o alerta da população sobre a importância das vacinas. “Mas como nós não vemos tantas doenças imunopreveníveis com frequência, muitas vezes não nos lembramos da importância da prevenção. Então, é muito importante que nós tenhamos a carteira de vacinação em dia”, ressalta.
Nota do editor: a falta de adesão às vacinas decorre também das declarações estapafúrdias do próprio presidente da República em meio ao genocídio da covid-19, quando se declarou contrário à vacina.