Por irregularidade, Justiça Eleitoral barra plano de Sergio Moro sair candidato por São Paulo

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) rejeitou nesta terça-feira (7), por quatro votos a dois, a transferência do domicílio eleitoral do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) para São Paulo. Com isso, o ex-juiz não poderá ser candidato ao Senado ou a deputado federal, como pretendia, bem como qualquer outro cargo nas eleições deste ano pelo estado. Cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A maioria dos magistrados entendeu que Moro, que é do Paraná, não tem vínculo com São Paulo. “Não há vínculo profissional algum com o estado de São Paulo a não ser por uma consultoria que durante grande parte do tempo foi prestada de forma virtual”, afirmou o juiz Marcio Kayatt.

Já o juiz Sérgio Nascimento, que votou pela transferência do domicílio eleitoral, entendeu que “embora haja um vínculo com São Paulo, para fins eleitorais, que tem um conceito mais abrangente, é suficiente para atender o disposto [na lei]”, disse.

Para o magistrado Silmar Fernandes, “domicílio é o local da moradia”. “O recorrido aqui não é nem residente, nem tem moradia. Se nós temos lei, pra que nós precisamos divagar na resolução? Há 30 anos se decide desta maneira. Temos lei: domicílio é o local da moradia”, afirmou.

Moro afirmou que ficou surpreso. “Recebi surpreso a decisão do TRE de São Paulo na ação proposta pelo PT. Nas ruas, sinto o apoio de gente que, como eu, orgulha-se do resultado da Lava Jato e não desistiu de lutar pelo Brasil. Anunciarei em breve meus próximos passos. Mas é certo que não desistirei do Brasil”.

O ex-ministro da Justiça e sua esposa, Rosângela Moro, são acusados de supostamente praticar crime eleitoral na transferência de seus domicílios eleitorais. Filiado ao União Brasil, Moro pretendia concorrer a deputado federal e, Rosângela Moro, a deputada estadual pelo estado de SP.

No pedido, o PT sustenta que Sergio Moro indicou residir em um hotel na capital e “não possui vínculos com o estado de São Paulo tampouco com a cidade”. A solicitação ainda afirma que a transferência não possui objetivo “tão somente de exercício da cidadania, mas de se candidatar ao pleito de 2022”. (Com informações do G1)

Ameaças a repórteres do Congresso em Foco podem ser incluídas no inquérito das fake news

O deputado Nereu Crispim (PSD-RS) encaminhou, nesta terça-feira (7), ao Supremo Tribunal Federal os registros de ocorrência e mensagens de ameaça anônima contra os jornalistas Lucas Neiva e Vanessa Lippelt, do Congresso em Foco. O documento foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, para ser juntado ao inquérito das fake news.

O procedimento investiga figuras que se destacaram na promoção do bolsonarismo por meio da desinformação nas redes sociais, como o blogueiro Allan dos Santos, a ativista Sara Winter e o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).

Lucas e Vanessa foram ameaçados de morte e estupro por email e em um fórum anônimo chamado 1500chan após a publicação de reportagem sobre comercialização de fake news em favor do presidente Jair Bolsonaro na plataforma.

Crispim considera necessário que o STF prossiga com a investigação sobre as fake news. “Esse fenômeno de propagação de notícias falsas acontece em todo o mundo, mas aqui no Brasil essas ações têm se voltado com mais ênfase contra o Supremo, que é o órgão da cúpula da Justiça brasileira, e contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável pela organização das eleições no Brasil, e contra políticos com potencial concorrencial no pleito deste ano de 2022”, alertou.

Na leitura do deputado, as redes sociais são uma ferramenta com elevado potencial de promoção do progresso social, elas “deram voz a muitas pessoas insipientes, e, naturalmente, começaram os problemas, inundando o Judiciário de todo o país com questões advindas dos conflitos gerados no mundo virtual, pois, estas pessoas, ficaram ‘corajosas’ atrás de um computador”, ressaltou.

As mensagens dessas “pessoas insipientes” ganham alcance com facilidade, dando visibilidade para as fake news por elas produzidas. “Os provedores de internet e plataformas sociais, vêm sendo utilizadas como ‘armas com a numeração raspada’ nas mãos de criminosos virtuais que, diariamente, se sentem mais confortáveis para praticarem crimes, tendo em vista a sensação de que ‘tudo é possível’ e da ‘impunidade’ no mundo virtual”, apontou.

Nereu Crispim ressalta que sites como o 1500chan rapidamente se tornam mecanismos de violação da legislação brasileira sobre o meio digital, como a Lei Geral de Proteção de Dados e o Marco Civil da Internet. (Com informações do Congresso em Foco)

Jornalista e indigenista teriam sido vítimas de uma emboscada, denuncia testemunha

Por Elaíze Farias e Eduardo Nunomura, da Amazônia Real

Manaus (AM) – Uma fonte ouvida pela Amazônia Real afirma que o jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Araújo Pereira foram vítimas de uma emboscada. Desde sexta-feira (3), essa testemunha faz parte de uma equipe de 13 vigilantes indígenas que circulavam com o jornalista e o indigenista pela região do Vale do Javari, em Atalaia do Norte, no Estado do Amazonas, na fronteira com o Peru. Logo após a notícia do desaparecimento dos dois, no domingo (5), o grupo iniciou as buscas, mas sem sucesso. Os indígenas, segundo a fonte, alertaram sobre os riscos de Bruno e Dom seguirem sozinhos pelo rio Itacoaí.

Dom Phillips, colaborador do jornal inglês The Guardian, e o indigenista Bruno Pereira, que é servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), foram visitar com a equipe de Vigilância da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) a localidade Lago do Jaburu, que fica a 15 minutos da comunidade de São Rafael. O lago também está nas proximidades da Base de Vigilância da Funai no rio Ituí, uma das quatro existentes na Terra Indígena Vale do Javari, que tem 8,5 milhões de hectares.

Pelo relato, por volta das 4 horas do domingo (5), o indigenista e o jornalista avisaram que iriam conversar com o ribeirinho “Churrasco”, presidente da comunidade São Rafael. Dias antes, eles já haviam cruzado com um outro grupo em uma embarcação de 60HP, considerada incomum para navegar em cursos d’água (furos e igarapés) mais estreitos. Este grupo que cruzou com os indígenas fez questão de mostrar que estava armado e fez intimidações. Alertados e preocupados com a situação, os indígenas chegaram a pedir que Bruno, que já foi chefe da Coordenação Regional Vale do Javari e coordenador geral de Índios Isolados e de Recente Contato da Funai, não prosseguisse sem segurança. “Aí ele disse: ‘Não, eu vou baixar só, vou baixar cedo, vou pegar eles de surpresa’.”

Segundo o indígena, Bruno e Dom foram recebidos apenas pela mulher de “Churrasco”, que ofereceu a eles “um gole de café e um pão”. Depois, seguiram viagem em um barco da Funai com motor de 40 HP. Nessa comunidade, haveria uma embarcação de 60 HP, fornecida por narcotraficantes para os ribeirinhos. Com um motor dessa potência, seria muito fácil alcançar o barco do jornalista e do indigenista pelo rio. A suspeita, segundo essa fonte, é que “um traficante mandou o 60 (HP do motor) para lá exatamente esperando a vinda do Bruno, porque com certeza existe informante na cidade (de Atalaia do Norte) e tinha a informação de que o Bruno ia chegar na região”.

A partir daí, o grupo que acompanhava Bruno e Dom iniciaram as buscas partindo desde a última aldeia visitada por eles, “batendo todas as beiras, à procura de tudo o que se possa imaginar de pista” até alcancarem as proximidades do porto de Atalaia. “Tínhamos esperança de encontrar eles, da (localidade) Cachoeira para baixo, amarrados, que tivesse alguma pista, algum ‘pisado’ na beira do rio, para a gente ir rastejando. Mas não achamos nada”, afirma a fonte, que acredita que os dois não tenham sobrevivido. “Se foi aquele pessoal, aqueles pescadores daquela região, não é a primeira vez que fizeram isso.”

Nessas buscas, o grupo avistou um possível local onde pode ter ocorrido a emboscada. É que foi encontrada uma área em que foram retirados volumes de barro de uma parte do igapó, como é costume dos ribeirinhos, para “fazer âncora” no meio do rio. Trata-se de um local estreito, perto da localidade Cachoeira.

Segundo esse indígena ouvido pela Amazônia Real, que falou sob a condição de anonimato por temer por sua vida, já que ele próprio também vem recebendo ameaças, há ribeirinhos que trabalham para os criminosos que atuam nessa conflituosa região no entorno da Terra Indígena Vale do Javari, o segundo maior território demarcado do País. “São 4 cabeças, se não me engano, e todos trabalham com narcotraficantes. Eles pescam para alimentar o narcotráfico. São muito perigosos. Eles foram apreendidos com muito tracajá, pirarucu, que tiraram da área indígena.” Na região, atuam também narcotraficantes peruanos e colombianos.

De acordo com o coordenador da Univaja, Paulo Marubo, a Equipe de Vigilância foi criada para denunciar invasores da TI Vale do Javari, principalmente da região dos indígenas isolados. A ideia dessa equipe era poder atuar em parceria com a Funai, órgão que no governo de Jair Bolsonaro foi sucateado, para denunciar os crimes ambientais dentro da TI. “Só que a Funai se recusou a receber essa doação. O que nós pensamos: já que a Funai não quer receber, vamos montar a nossa Equipe de Vigilância não para fazer apreensão, mas fazer marcação dos invasores dentro da TI”, explica Paulo Marubo.

A Equipe de Vigilância era o grupo que acompanhava Dom e Bruno. Tanto a equipe quanto o indigenista e o próprio jornalista registraram em imagens, e com marcações pelo GPS, a geolocalização das áreas invadidas. O acerto era que Bruno levasse esse material para denunciar ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal (PF), na cidade de Tabatinga, na região do Alto Solimões, próximo de Atalaia do Norte. Durante a permanência no Vale do Javari, o grupo se revezava nas madrugadas para garantir a proteção de todos, sempre com pelo menos dois indígenas armados.

O colaborador do jornal The Guardian aproveitou a visita para entrevistar os indígenas da TI Vale do Javari, provavelmente para escrever uma reportagem. A fonte ouviu do jornalista perguntas sobre como os indígenas vivem, o que sentem, por que protegem seus terriitórios. “Era uma coisa muito boa o que ele estava fazendo, mas infelizmente ele caiu numa emboscada. Foi uma fatalidade”, relatou a fonte.

No domingo de madrugada, já com todos de pé, Bruno anunciou que iria seguir sozinho com o jornalista até a comunidade São Rafael, que ele já conhecia, membros da Equipe de Vigilância sugeriram que o grupo fosse dividido, uma vez que seria mais improvável um ataque nessas circunstâncias. Mas novamente foram demovidos pelo indigenista: “Acho que eles não vão nos atacar”.

Como adiantou a Amazônia Real, dois homens identificados como “Churrasco”, presidente da Associação da Comunidade São Rafael, e mais um outro chamado de “Janeo”, foram detidos para prestar depoimentos pela Polícia Civil, que os liberou ainda na noite de segunda-feira (6). Até o momento não é confirmado que o motor de 60 HP tenha sido apreendido, conforme relatado pela fonte ouvida pela reportagem. Segundo a Polícia Federal, os dois homens, que são pescadores e ligados a crimes ambientais, foram ouvidos porque tiveram contato com Bruno Pereira e Dom Phillips antes do desaparecimento da dupla. Outras três pessoas identificadas como “Pelado”, “Nei” e “Caboclo” também estariam sendo procuradas para relatar o que sabem.

Na segunda-feira (6), quando o governo de Jair Bolsonaro (PL) relutava em iniciar as buscas pelos desaparecidos, só começando a atuar após a pressão da Embaixada da Inglaterra e forte mobilização pelas redes sociais, a esposa de Dom Phillips, a brasileira Alessandra Sampaio escreveu: “Na floresta, cada segundo conta, cada segundo pode ser vida ou morte. Sabemos que, depois que anoitece, se torna muito difícil se mover, quase impossível encontrar pessoas desaparecidas. Uma manhã perdida é um dia perdido, um dia perdido é uma noite perdida”.

A irmã do jornalista, Sian Phillips, gravou um vídeo emocionado em que lembra que Dom era apaixonado pelo Brasil e preocupado com o futuro da Amazônia. “Ele é um talentoso jornalista e estava pesquisando para um livro, quando ele desapareceu ontem (5). Estamos muito preocupados com ele e pedimos urgência às autoridades. Tempo é crucial”, afirmou.

Na manhã desta terça-feira (7), Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a família do indigenista Bruno Pereira enviou uma nota à imprensa que fala da angústia da espera de mais de 48 horas, sem notícias. “Apelamos às autoridades locais, estaduais e nacionais que dêem prioridade e urgência na busca pelos desaparecidos”, afirmaram Beatriz de Almeida Matos, companheira dele, e os irmãos Max e Felipe. “É fundamental que buscas especializadas sejam realizadas, por via aérea, fluvial e por terra com todos os recursos humanos e materiais que a situação exige. A segurança dos indígenas e equipes de busca também precisa ser garantida.”

O sertanista Sydney Possuelo (foto acima) disse à Amazônia Real que, para ele, “a circunstância toda, para mim, eles foram mortos”. “Eu estou me preparando para a pior notícia, eu não desejo isso, mas as informações, a situação e a vivência que eu tive, tudo me leva a deduzir que a notícia, lamentavelmente, é a pior possível. É resultado da política dos Bolsonaros, favorecendo essas coisas, mais violências, mais violências”, afirmou.

O governo federal não disponibilizou na segunda-feira nenhum helicóptero para poder ajudar no trabalho de buscas. O aparelho só começou a sobrevoar a área nesta terça-feira, segundo a PF. Em nota, o órgão informou que desde o dia 6, com apoio da Marinha, realizou “incursões na calha do rio Itacoaí” em embarcação, no trecho entre a frente de proteção Ituí-Itacoaí e o município de Atalaia do Norte. 

Diante da repercussão internacional do caso, a Marinha do Brasil informou na segunda-feira que sete militares, “com auxílio de uma lancha, atuam nas atividades de busca”, e que o helicóptero do 1º Esquadrão de Emprego Geral do Noroeste entraria em operação nesta terça-feira, junto de “duas embarcações uma moto aquática”. Em nota, o Comando Militar da Amazônia, do Exército, afirmou que estava em condições de cumprir “missão humanitária de busca e salvamento”, mas que “as ações serão iniciadas mediante acionamento por parte do Escalão Superior”. O presidente Bolsonaro participará, nos próximos dias, da Cúpula das Américas, e o caso pode acabar se tornando pauta no encontro com o presidente norte-americano, o democrata Joe Biden.

A mobilização prossegue, incluindo a imprensa mundial e também entidades ambientalistas. O Greenpeace lembrou que esse desaparecimento do indigenista e do jornalista britânico “se deu em meio ao aprofundamento da política anti-indigenista promovida pelo atual governo” e que o afrouxamento de normas, a retaliação a servidores de agências ambientais, a paralisação dos processos de multas e o estrangulamento orçamentário de órgãos como a Funai e o ICMBio, contribuem para esse estado beligerante na região Norte. “Sem o menor constrangimento, o Brasil de Bolsonaro dá licença política e moral para que atividades predatórias se reproduzam à luz do dia, especialmente na Amazônia”, acrescentou.

 Amazônia Real

A agência de jornalismo independente e investigativo Amazônia Real é uma organização sem fins lucrativos, criada por jornalistas mulheres em 20 de outubro de 2013, em Manaus, no Amazonas, Norte do Brasil. Sua missão é fazer jornalismo ético e investigativo, pautado nas questões da Amazônia e de seu povo. A linha editorial é voltada à defesa da democratização da informação, da liberdade de expressão, da liberdade de imprensa e dos direitos humanos. (redacao@amazoniareal.com.br)

Mais longevo técnico da Série B, Mazola Jr. completa um ano de sucesso no Ituano

Dois títulos, um acesso e uma personalidade inconfundível com fala firme e direta. Mazola Júnior completa um ano no comando do Ituano com muitas transformações passadas em 365 dias. Esse período faz dele o único técnico há um ano no comando, contando os 20 clubes da Série B. Além do Galo de Itu, apenas quatro clubes da divisão estão com o mesmo treinador que começaram o ano: CSA, Bahia, Criciúma e Cruzeiro.

Em 6 de junho de 2021, o retorno de Mazola foi anunciado, quando o Galo de Itu era o lanterna da Série C com duas derrotas em dois jogos (sendo a última, uma goleada por 4 a 1 contra o Novorizontino). Ele substituiu Vinicius Bergantin, que estava no clube há quatro anos e era o mais longevo do país, na época, considerando as quatro primeiras divisões.

Atualmente, o Ituano enfrenta o primeiro momento de dificuldade, desde que o treinador assumiu o clube. Pela primeira vez, a equipe chegou a uma série de cinco jogos sem ganhar. Antes da atual sequência, o time havia ficado, no máximo, três jogos sem vitória.

A Série C do Brasileiro do ano passado, que começou sem público nos estádios por conta da pandemia, terminou com 6.173 torcedores assistindo o Ituano ser campeão com uma campanha impecável. 70% de aproveitamento e uma competição sem sustos. A tranquilidade predominou nos três momentos chave: a classificação na primeira fase, o acesso no quadrangular e o título com uma vitória por 3 a 0 contra o Tombense. A taça, inclusive, foi a primeira a ser levantada no Novelli em mais de 30 anos. O time de Itu conquistou vários títulos no período, mas todos haviam sido em outras cidades.

“Muito importante essa data. É muito difícil um treinador ficar mais de um ano em um clube no Brasil. No Ituano, nem tanto, pois é uma característica do clube. Para mim, é um motivo de gratidão e de satisfação. Nunca vou esquecer que o Ituano deu a oportunidade de me relançar na carreira em um momento que eu vinha de uma sequência ruim de trabalhos. O Ituano apostou em mim e é uma parceria que está funcionando muito bem. Espero dar sequência nesse trabalho por mais anos ainda”.

O Paulistão de 2022 manteve o padrão de bons resultados do clube que só foi parado pelo Palmeiras, nas quartas de final. Na disputa do Troféu do Interior, mais uma taça para a coleção do Galo e do Mazola. De novo, uma vitória por 3 a 0 na final, desta vez contra o Botafogo-SP, em Ribeirão Preto.

Na Série B deste ano, o começo foi alucinante com o Ituano alcançando a vice-liderança nas primeiras rodadas, com vitórias sobre Bahia e Vila Nova. Empates com boas atuações contra Chapecoense e Grêmio ainda mantinham o Ituano na parte de cima da tabela. É aí que entra a sequência atual de cinco jogos sem vencer, com três derrotas e dois empates. As duas últimas derrotas foram de virada, sendo uma delas quando o time vencia o Operário por 2 a 0 até os 35 minutos do segundo tempo.

A história de Ituano e Mazola Júnior, aliás, não se resume ao último ano. O Galo foi o primeiro clube da carreira do treinador em 2009. A passagem durou menos de 9 meses e foi encerrada no ano seguinte. Depois, Mazola passou por diversos clubes do país como Sport, Vitória, Bragantino, Vila Nova, Criciúma, Ponte Preta, Paysandu e CRB.

Números da segunda passagem de Mazola pelo Ituano*:

  • Total: 56% de aproveitamento em 49 jogos (22 vitórias, 17 empates e 10 derrotas), com 70 gols marcados e 44 gols sofridos. São 26 gols de saldo.
  • Série C 2021: 70% de aproveitamento em 24 jogos (14 vitórias, 8 empates e 2 derrotas)
  • Paulistão 2022: 51% de aproveitamento em 15 jogos (6 vitórias, 5 empates e 4 derrotas)
  • Série B 2022*: 33% de aproveitamento em 10 jogos (2 vitórias, 4 empates e 4 derrotas)

* Até 06/06/2022

Longevidade dos técnicos brasileiros das duas primeiras divisões:

Série A

Somente três clubes tem técnicos há mais tempo que Mazola: Fortaleza, com Juan Pablo Vojvoda desde maio de 2021, além dos paulistas Palmeiras e Bragantino, com Abel Ferreira e Maurício Barbieri desde 2020 nos clubes.

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Série B

Técnicos desde 2021: Mazola Jr (desde junho no Ituano), Mozart (desde agosto no CSA), Guto Ferreira (desde outubro no Bahia) e Claudio Tencati (desde outubro no Criciúma).

Clubes com técnicos que assumiram em 2022: desde janeiro (Cruzeiro), desde fevereiro (Novorizontino, Grêmio e Ponte Preta), desde março (Londrina, Sport, Operário e Sampaio Correa), desde abril (Chapecoense e Náutico), desde maio (Tombense, CRB, Brusque, Vila Nova e Guarani). O Vasco está sem técnico.

(Transcrito do GE)