Belém vai aplicar a 4ª dose da vacina contra covid para pessoas a partir de 40 anos

A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), começa a aplicar, a partir deste sábado, 4 de junho, a 4ª dose de reforço da vacina contra a covid-19 para pessoas a partir de 40 anos. A recomendação do Ministério da Saúde, prevista em nota técnica divulgada na última quinta-feira, 2, orientava para a aplicação da 4ª dose para pessoas com 50 anos ou mais.

Mas, após fazer levantamento em seu estoque de imunizantes, a Sesma decidiu baixar para 40 anos ou mais o público-alvo para esse reforço vacinal.

Gripe e sarampo – Além da vacina contra a covid, a Sesma seguirá reforçando neste fim de semana a vacinação contra a gripe Influenza e sarampo, que também foi prorrogada até o dia 24 de julho na capital, conforme orientação do Ministério da Saúde, para o público prioritário.

No sábado, 4, a população pode contar com o ponto de vacinação fixo na Aldeia Cabana Davi Miguel, na Pedreira, que também funciona em sistema de drive-thru, e com o ponto volante no ônibus da vacinação, que estará no Terminal Rodoviário, em São Brás. Já no domingo, 5, só haverá imunização no ônibus da vacinação que estará estacionado na Praça Dom Alberto Ramos, no bairro da Marambaia.

Esse reforço aos finais de semana faz parte do programa Belém Vacinada para facilitar, ainda mais, o acesso às vacinas, além de aumentar o número de pessoas vacinadas nas três campanhas de imunização e, consequentemente, a cobertura vacinal para o público-alvo em cada campanha.

Quem pode vacinar?

Covid- 19 – Contra covid-19 poderão se vacinar todos aqueles (crianças, jovens, adultos e idosos) que ainda não receberam a primeira ou a segunda dose, bem como as pessoas acima de 18 anos, que foram vacinadas com a segunda dose até janeiro deste ano e que ainda não receberam a terceira dose.

A dose de reforço (terceira ou a quarta dose) deve ser feita com intervalo de quatro meses da dose anterior. A quarta dose está disponível para todos os imunocomprometidos, a partir de 12 anos de idade, com apresentação de uma cópia do laudo, atestado ou outro documento que comprove alto grau de imunossupressão.

Além dos imunocomprometidos, as pessoas (com 40 anos ou mais), os trabalhadores de saúde, as gestantes e as puérperas e trabalhadores da educação do ensino básico e superior (professores, especialistas e funcionários das unidades de ensino). 

Trabalhadores  das Forças Armadas, forças de segurança e salvamento (policiais federais, civis, militares e rodoviários, bombeiros militares e civis e guardas municipais, com 18 anos ou mais) que receberam as três doses há quatro meses ou mais, também estão aptos a receber a quarta dose.

Gripe Influenza – Já contra a Influenza podem se vacinar os seguintes grupos prioritários: idosos de 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade, gestantes, puérperas, professores das redes pública e privada, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e pessoas com deficiência.

Também são grupos prioritários para vacinação contra Influenza os caminhoneiros e trabalhadores do transporte coletivo, trabalhadores portuários, forças de segurança e salvamento, Forças Armadas, funcionários do sistema penal, população privada de liberdade e ainda adolescentes e jovens em cumprimento de medida socioeducativa.

Sarampo – Contra o sarampo, a campanha está voltada para todas as crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade e trabalhadores de saúde.

Documentos – Para se vacinar é necessário apresentar RG, CPF, comprovante de residência e o cartão de vacinação de Belém. Os imunocomprometidos, pessoas com deficiência e doenças crônicas precisam apresentar laudo ou receita médica, que comprove a condição. Já os trabalhadores da saúde e demais trabalhadores que estão aptos a vacinar precisam apresentar carteira profissional, crachá ou outro documento comprobatório do exercício da atividade.

Veja onde vacinar?

Ações itinerantes – Ônibus da Vacina:
Sábado – 4/6 – 8h às 13h – Terminal Rodoviário de Belém (São Brás).
Domingo – 5/6 – 8h às 13h – Praça Dom Alberto Ramos (Marambaia).

Ações fixas com Drive-thru:
Sábado – 4/6 – Aldeia Cabana – 8h às 13h.

Farra de gastos com cartão corporativo chega a R$ 21 milhões

Uma auditoria sigilosa nas faturas dos cartões corporativos na gestão Bolsonaro mostra que já foram gastos cerca de 21 milhões de reais pelo presidente, a primeira-dama Michelle e o círculo mais próximo do clã presidencial. Desses, R$ 16,5 milhões foram em viagens com a comitiva e a família.

Os gastos com alimentação nas residências de Bolsonaro e do vice, Hamilton Mourão (Republicanos), chegaram a R$ 2,6 milhões, uma média de R$ 96,3 mil por mês. Já os combustíveis foram responsáveis por R$ 420.500,00 na despesa, 170% a mais do que foi gasto pelo antecessor. O presidente também usou o avião presidencial para ir pescar com o secretário de Pesca, ou mesmo para ir ver jogo do Flamengo, além de usar o cartão para pagar reparo no jet-ski da Marinha.

Os dados foram revelados nesta sexta-feira pela revista Veja e fazem parte de um documento sigiloso do Tribunal de Contas da União (TCU). Nas redes, a tag JAIR GASTA O BRASIL PAGA sobe nos trends apontando a incoerência do presidente que diz ter vida simples mas está, na verdade, fazendo a farra dos cartões corporativos.

Tem vagabundo que vira presidente, mas não vamos generalizar

Por Mariliz Pereira Jorge (*)

Jair Bolsonaro ficou fulo da vida quando questionado sobre a ação da PRF no episódio de tortura e assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, em Sergipe. Deu chilique básico de gente autoritária, disse que será feita justiça “sem exageros”. Não faço ideia do que seja “justiça sem exageros”, mas pelo visto é mandar os diretores dispensados da corporação para uma temporada nos EUA.

Genivaldo foi asfixiado em uma viatura. Tudo filmado por uma enorme plateia, mas as perguntas que incomodam Bolsonaro são culpa da mídia que “sempre tem um lado, o da bandidagem”. “Não podemos generalizar”, disse. Sobre a ação criminosa da polícia, só silêncio. A passada de pano habitual de quem defende que a ditadura deveria ter matado 30 mil.

Senhor Jair, não posso falar por todos, mas há fartos indícios de que a “mídia” queira ver marginal na cadeia. Prova disso, o senhor não sai do noticiário. Então é o senhor que não pode generalizar. Eu, por exemplo, tenho horror a bandidagem, mas não acredito que bandido bom seja bandido morto. Muito menos quem é inocente

Bandido bom é bandido processado, julgado e condenado. Espero que seja esse o seu destino, de seus filhos e da penca de políticos canalhas que o cercam. Tudo “dentro das quatro linhas da Constituição”. Sem exageros, sem tortura, sem sprayzinho de pimenta ou cano de escapamento na cara, mas em cana.

Bandido para o senhor é qualquer pobre, preto, considerado vagabundo pela polícia. O que não falta é bandido de terno, imunidade parlamentar e Deus da boca pra fora. O senhor ficaria horrorizado em saber que tem vagabundo que usa dinheiro público para comer gente, desvia pagamento de funcionário para o próprio bolso, interfere na PF, prevarica, difama o sistema eleitoral, vaza informações sigilosas para atacar o TSE. Veja só, tem vagabundo que se elege presidente e não trabalha.

É bandido da pior espécie, mas não vamos generalizar.

(*) Jornalista e roteirista de TV.

A biografia do covarde

Por Ruy Castro

Há dias, neste espaço (12/5), comparei Jair Bolsonaro àquele menino covarde que chuta um coleguinha pelas costas e, quando este reage, ele corre e vai pedir socorro ao irmão mais velho, chorando e dizendo-se agredido. Um garoto desses, se renitente na prática, será uma ameaça em adulto. No futuro, deem-lhe poder e um irmão mais velho — as Forças Armadas — e você terá Jair Bolsonaro.

Tenho alguma experiência na produção de biografias e me pergunto se e quando farão uma biografia à altura (ou à baixeza) de Bolsonaro. Primeiro será preciso encontrar um autor capaz de superar a revolta e repugnância que o personagem inspira, a fim de conferir ao trabalho a objetividade que a biografia exige. Depois, vencer a resistência das fontes de informações — muita gente sabe de horrores sobre ele, mas quantos se atreverão a contar? Bolsonaro é vingativo, sua índole é a do cão hidrófobo e, mesmo enjaulado e de focinheira, ainda terá força nos próximos anos para ir à forra contra quem o desagradar. Ou alguém duvida de que, mesmo sem ele, agentes avulsos de sua hidrofobia continuarão ativos?

Sempre acreditei que apenas a pessoa morta deveria ser biografada, e por um motivo óbvio: o de que só então sua história estará completa. Mas, no caso de Bolsonaro, é urgente a exceção. É preciso expô-lo o mais depressa possível, antes que a escalada de seu banditismo não torne irrelevantes vilanias precoces. Tudo deve ser apurado, desde sua infância de menino covarde no interior de São Paulo até seu arrebatamento em desfilar de moto com 500 homens às suas costas, um deles atracado-lhe à garupa.

Informo desde já que não farei essa biografia. Ela exige um profissional mais jovem, com disponibilidade total e heroica determinação para chafurdar na merda.

Mas coloco-me à disposição para orientar, dar palpites e aconselhar a que se trabalhe de máscara, com o nariz tapado.

FSP 01.06.2022