
Por Antonio Carlos Salles (*)
O Remo é o novo campeão paraense graças ao placar largo de 3 a 0 conquistado na primeira partida das finais contra o Paysandu no domingo passado.
Ontem (quarta-feira, 6) o Paysandu reagiu e chegou ao placar (3 a 0) que precisava para incendiar a decisão paraense, mas o Remo diminuiu para 3 a 1 e conquistou o 47º título estadual.
O Papão fez um primeiro tempo alucinante, jogando em alta velocidade e marcando os 3 gols que precisava para levar a decisão aos pênaltis, um deles, o segundo, como se fosse um típico golpe de karatê, com o meia José Aldo.
Tudo indicava que o time faria uma conquista épica, no melhor estilo Real Madrid contra o PSG recentemente. Dessas viradas que ficam na memória e que se tornam lendas entre os torcedores. Mas o gás acabou, o Remo voltou melhor organizado para o segundo tempo, neutralizou a rápida saída de bola do time bicolor e chegou ao gol único que precisava para fechar o placar agregado em 4 a 3.

Foi no sufoco, com drama e com lama, no empapado gramado do estádio da Curuzu, em jogo com torcida única, assim como na partida anterior.
O foco das duas equipes agora é a Série C, com jogos já no próximo final de semana.
O Remo enfrentará o Vitória em Belém e o Paysandu o Atlético Cearense.
No momento em que o Remo sagrava-se campeão estadual, o canal Sportv reprisava um especial com o artilheiro Robgol, de passagem memorável pelo bicolor paraense.
A coincidência serviu para lembrar que os dois times já foram protagonistas da 1ª Divisão do futebol nacional e que na última década se alternam entre as Séries B e C, e em alguns casos com riscos de ir à D.
A conquista estadual do Clube do Remo é importante e evitou que o Paysandu chegasse ao tricampeonato.
Mas o futebol pede ambição, conquistas e novos desafios.
A disputa da C pode ser o projeto dos dois rivais para compensar seus apaixonados torcedores com o retorno à B e depois chegar à A.
E por que não?
*Antonio Carlos Salles é jornalista.
Nota do blog: no momento em que o Remo recebia a taça as luzes do estádio do Paysandu foram apagadas, num flagrante desrespeito aos campeões, aos torcedores e a todos os esportistas decentes.