É recorde: desaprovação do governo Bolsonaro chega a 62%, diz pesquisa

Pesquisa PoderData divulgada nesta quarta-feira (21) mostra que a rejeição ao presidente Jair Bolsonaro e seu governo bateu novo recorde. Segundo o levantamento, 56% da população considera o trabalho do titular do Planalto ruim ou péssimo – oscilação de um ponto para cima com relação ao último estudo da plataforma, feita há duas semanas, quando o índice era de 55%, já representando um recorde.

26% dos entrevistados avaliam o trabalho de Bolsonaro como ótimo ou bom, enquanto 15% consideram regular. 3% não sabem ou não responderam. A avaliação do governo traz números ainda piores para o chefe do Executivo. Segundo o PoderData, 62% dos brasileiros reprovam a atual gestão, oscilação de 1 ponto para cima com relação à última pesquisa. O número também é recorde.

Romércio comemora sequência positiva do Remo na Série B

O Remo segue se recuperando no campeonato brasileiro da Série B. Na noite de última terça-feira (20), a equipe superou o Cruzeiro por 1×0, conquistando sua terceira vitória consecutiva na competição e chegando aos dezesseis pontos na tabela de classificação. “Fizemos mais um grande jogo. Nos últimos três jogos conseguimos três vitórias importantes que nos deram uma confiança a mais para a sequência do campeonato. O grupo está de parabéns pelo comprometimento e pelo pode de reação após um o início não tão bom na competição”, destacou o zagueiro Romércio.

Um dos destaques do Leão, Romércio espera que esse bom momento se mantenha e que o clube encoste ainda mais no G4. “Vamos tentar manter esse nível de apresentação até o final do campeonato. Ainda temos muita coisa pela frente e as equipes vão oscilar, assim como a nossa. Temos que aproveitar e somar o maior número de pontos possíveis para ficar cada vez mais próximo dos quatro primeiros”, finalizou o defensor.

O próximo compromisso do Remo será nesta sexta-feira (23), às 16h, contra o Londrina, no Paraná.

Ex-ministro Ricardo Salles e madeireiros do Pará serão processados na Justiça Federal de Altamira

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu enviar nesta terça-feira (20) para a Justiça Federal do Pará o inquérito que apura um suposto esquema de facilitação de contrabando de madeira. Um dos alvos da investigação é o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e empresas madeireiras com sede no estado do Pará. Moraes aponta que os elementos de prova indicam que os crimes apurados teriam ocorrido primordialmente em Altamira (PA), e por isso a Justiça Federal do Pará seria competente para conduzir as investigações.

Assim, os autos deverão ser remetidos à Justiça Federal de Altamira, para regular prosseguimento da investigação“, escreveu o ministro. Eis a íntegra da decisão do ministro. Moraes atendeu a um pedido da Polícia Federal após Salles ter perdido o foro privilegiado quando deixou de ser ministro do governo Bolsonaro. A investigação desencadeou a operação Akuanduba – batizada em referência a uma divindade do povo indígena Araras, do Pará -, que desde janeiro apura supostas exportações ilegais de madeira para a Europa e para os Estados Unidos.

Essa investigação, agora remetida para Vara Federal de Altamira, é destinada a apurar crimes contra a administração pública (corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e, especialmente, facilitação de contrabando) praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro. As investigações foram iniciadas em janeiro deste ano a partir de informações obtidas junto a autoridades estrangeiras noticiando possível desvio de conduta de servidores públicos brasileiros no processo de exportação de madeira.

Em maio deste ano, a Polícia Federal fez buscas em endereços residenciais do ministro Ricardo Salles em São Paulo, no endereço funcional em Brasília e também no gabinete que o ministro tinha montado no Pará. Além da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará (AIMEX), mais três entidades madeireiras sofreram busca e apreensão da Policia Federal. Os mandados foram cumpridos em Belém, Joinvile (SC) e em madeireira que tem sede na capital, com filiais em Oriximiná e Terra Santa, e outra cuja sede está situada em Miritituba, distrito de Itaituba, na região sudoeste do Pará. (Com informações do G1, Estadão e OEstadonet)

A vitória da maturidade

POR GERSON NOGUEIRA

Bruno José; Remo x Cruzeiro

Não basta vencer, é preciso jogar bem e mostrar competência na administração da vantagem. O Remo cumpriu bem esse papel ontem à noite diante do Cruzeiro, no Baenão. Venceu por 1 a 0, gol marcado logo aos 22 minutos por Victor Andrade com requintes de categoria. Depois da obra de arte que foi o gol o confronto não teve mais nenhuma jogada à altura.

Era previsível que o Cruzeiro viria desesperado para enfrentar o Remo. O que podia ser uma vantagem ou uma ameaça para o clube paraense. As coisas começaram a sorrir para o Leão a partir da presença firme desde os primeiros movimentos e do gol construído em trama bem organizada.

O voleio de Victor Andrade coroou uma triangulação iniciada por Felipe Gedoz na intermediária do Cruzeiro. Ele deu um passe preciso para Tiago Ennes avançar e cruzar para o meio da área. Andrade recebeu a bola no ar, livre de marcação, e mandou um tiro forte e indefensável no ângulo superior esquerdo trave de Fábio.

A empolgação gerada pelo golaço deixou o Remo ainda mais à vontade e ciente de sua força. Passou a tocar a bola com mais consciência, dosando a correria e fazendo o Cruzeiro se desgastar. A melhor chegada do visitante aconteceu aos 31 minutos, em boa finalização de Matheus Barbosa, que passou levando perigo.

Os minutos finais do primeiro tempo fizeram o jogo decair tecnicamente. Faltas seguidas e erros de passe travaram a partida, mas o Remo terminou com maior presença no campo ofensivo.

Tentativas rápidas do Cruzeiro com Rafael Sóbis, Marcinho e Felipe Augusto, mas o time tinha dificuldades de acertar chutes a gol. Aos 6 minutos, porém, o lateral Rômulo cruzou da direita e a bola bateu no travessão assustando o goleiro Vinícius.

Sem pressa, o Remo tramava bem pela ala direita. Foi por ali que, aos 7 minutos, Erick Flores foi à linha de fundo e tocou para Felipe Gedoz na entrada da área. O camisa 10 bateu rasteiro à direita do gol.

Houve um lance confuso com Bruno José e Igor Fernandes, que os cruzeirenses reclamaram pênalti, mas o árbitro mandou seguir. Logo depois, aos 22’, Matheus Barbosa levou um chapéu de Gedoz e fez falta dura. Tomou o segundo amarelo e saiu do jogo.

A perda de um jogador deixou o Cruzeiro ainda mais hesitante, lançando-se pouco ao ataque. Bruno José foi substituído por Wellington Nem, mas o ataque que mais incomodava era o remista. Com Wallace no lugar de Dioguinho e Wellington Silva na vaga de Victor Andrade, o time avançava sempre com quatro ou cinco jogadores.

Aos 39′, Wellington deu um passe perfeito para Gedoz. O chute forte tinha endereço certo, mas o goleiro Fábio defendeu bem. O Remo controlou as ações e garantiu a vitória sem correr riscos.

Com 16 pontos após a terceira vitória consecutiva, o Leão subiu para a 11ª posição. A atuação de ontem, embora menos intensa que a de sábado em Campinas, revela um estágio técnico impensável até a oitava rodada, quando parecia um time desprovido de ataque e agressividade

Melhores do Remo no jogo: Tiago Ennes, Flores, Gedoz e Andrade.

Dois gigantes em apuros na Série B

O Botafogo capenga em sua terceira participação na Série B. Clube tradicional, entrou como um dos candidatos ao acesso, junto com Vasco, Cruzeiro, Coritiba e Guarani. O desenrolar da competição revela um cenário inteiramente diferente do previsto. Por enquanto, apenas Bugre e Coxa confirmam as projeções,

Junto com o Cruzeiro (17º), o Botafogo tornou-se um time facilmente batido até dentro de casa, como ontem pelo Goiás, e sem confiança para sustentar vitórias encaminhadas no primeiro tempo. Foi assim contra CRB e Brusque. Está na 11ª posição, sem exibir forças para uma recuperação.

Por coincidência, tanto Cruzeiro quanto Botafogo já trocaram de técnicos. Marcelo Chamusca caiu há duas rodadas e será substituído por Enderson Moreira, anunciado ontem. Na Raposa, Mozart entrou no lugar de Felipe Conceição, mas deve ser dispensado ainda nesta semana. Fala-se em Vanderlei Luxemburgo para assumir o cargo.

O problema maior não está à beira do gramado, vai muito além disso. O problema desses gigantes adormecidos é mais complexo, começa nas gestões estropiadas e escolhas infelizes. Investimentos que se revelaram desastrosos contribuindo para o caos financeiro.

Nos dois casos, o rendimento em campo reflete fielmente a balbúrdia da gestão. Mais do que a busca por técnicos milagreiros e torcida pela reação dos times, é preciso cuidar da saúde administrativa. O tombo técnico talvez não leve ao rebaixamento, mas o acesso a essa altura é improvável.

Papão mira em nomes de peso para a criação

Depois de sonhar com o ex-vascaíno Bruno César, que não aceitou a proposta feita, o PSC segue tentando trazer alguém que resolva de fato a carência de qualidade no meio-campo. O primeiro a ser cogitado é o argentino Emanuel Biancucchi (32 anos), que é primo do craque Lionel Messi e fez boas participações no Vila Nova até o ano passado. Está livre no mercado.

Outro jogador experiente visado é o meio-campista Cícero, de passagens por Fluminense, Grêmio e Botafogo. A diferença para Biancucchi é que Cícero não é um meia-armador de ofício. Joga como segundo ou terceiro volante, mas não é um especialista no setor de criação.

Demonstração clara de que os novos responsáveis pelo setor de futebol do clube estão conscientes da necessidade premente de dar ao time mais qualidade no meio. Sem isso, será difícil sustentar o sonho do acesso. 

(Coluna publicada na edição do Bola desta terça-feira, 21)