O PSC não teve problemas em atropelar o Galvez (AC) pela primeira rodada da Copa Verde, nesta quinta-feira à tarde, no Mangueirão. Em apenas 45 minutos, o time marcou quatro gols e definiu a partida. Foi a última partida de vários jogadores da equipe atual. Micael, Uilliam Barros e Mateus Anderson são apontados como possíveis dispensados.
Os gols foram marcados por Mateus Anderson, Uilliam Barros, Alan Calbergue e Marlon. Com jogadas rápidas e boa pontaria, o ataque bicolor encontrou facilidades na confusa marcação acreana e aproveitou todas as chances criadas.
No segundo tempo, mesmo com queda de intensidade, o quinto gol poderia ter saído pelos pés de Nicolas e Mateus Anderson, que erraram nas finalizações. Logo depois, em cochilo da defesa alviceleste, Adriano Narcizo recebeu livre na área e descontou: 4 a 1.
As equipes fizeram várias trocas e o Galvez teve mais duas grandes chances de diminuir a diferença do placar, mas falhou no arremate final.
Como estreia na estreia da Copa Verde, deu pro gasto. Por outro lado, o sufoco pelo qual o Remo passou ontem à tarde no gramado do Mangueirão deixou a impressão de um time duplamente castigado. De um lado, as consequências da covid-19 no elenco. Do outro, a maratona e o esforço final pelo acesso no Brasileiro da Série C.
Os dois fatores estão cobrando seu preço. E isso vem na forma de desgaste evidente. A defesa está sobrecarregada porque o meio-campo ficou pouco combativo, principalmente sem Lucas Siqueira e Charles. As laterais não têm o fôlego e a segurança de antes.
Um exemplo é a baixa participação ofensiva de Ricardo Luz, destaque da campanha azulina na Série C. Nos três últimos jogos, ele esteve muito abaixo do que pode render. Isso tem relação direta com a ausência de Hélio Borges, com quem forma afiada dupla tanto nos avanços quanto na reposição.
Na lateral esquerda, sem Marlon, o esforço agora é apenas defensivo. Keven entrou na posição e até foi bem, jogando com afinco e disposição. Sua aplicação destoou do rendimento de boa parte dos jogadores.
Talvez a utilidade maior do confronto diante do limitado Gama foi expor a vulnerabilidade do time azulino, acentuada desde a noite em que conquistou o acesso. A partir das comemorações na Doca, e dos problemas de covid no elenco, o Remo entrou em parafuso.
O condicionamento físico ficou seriamente prejudicado, tanto pelas ausências como pela necessidade de improvisações. Na tarde de ontem, a correria do Gama expôs o desgaste geral do time, mesmo com as substituições promovidas pelo auxiliar Netão.
Salatiel, Tcharlles e Carlos Alberto começaram se movimentando bem. O gol saiu logo aos 22 minutos. O árbitro goiano deixou de dar um pênalti claro sobre o centroavante, mas no meio-campo havia um buraco. Pingo e Gelson corriam e tentavam preencher espaços, mas o jogo não fluía.
Na etapa final, passando alguns sustos em bolas aéreas, o Remo passou a ter Felipe Gedoz, Eduardo Ramos e Wallace. Podia ter goleado, caso o ataque tivesse pontaria e tranquilidade. Ramos botou Tcharlles, Wallace e Gedoz na cara do gol, mas os três tomaram decisões erradas na hora H.
Tcharlles ainda botou uma bola na trave depois de ter passado pelo goleiro e se atrapalhado na primeira tentativa. Em situação normal, o Remo finalista da Série C teria imprensado o Gama, marcando gols com mais facilidades ante a assustada defesa adversária.
No fim das contas, apesar da magreza do escore, o Remo superou o primeiro obstáculo na Copa Verde e vai enfrentar o Independente nas quartas de final.
Apesar do resultado positivo, muitas dúvidas permanecem quanto ao confronto de sábado contra o Vila Nova, encerrando a Série C. O objetivo declarado é garantir uma despedida digna da competição, mas há quem alimente o sonho de um milagre: reverter a diferença de quatro gols.
Pelo que se viu diante do Gama, o sonho é praticamente impossível. Falta fôlego para uma missão tão complicada. Em certa medida, também é possível notar uma ausência de entusiasmo a essa altura do campeonato.
O fato é que um indisfarçável clima de fim de festa paira no ar. Que isso não traga consequências ainda mais vexatórias no difícil compromisso de sábado. (Sílvio Garrido/Ascom Remo)
Cruyff ensina sobre distâncias e inteligência no futebol
Um vídeo curtinho que está no YouTube mostra um bate-papo precioso entre Johan Cruyff com Xavi num restaurante de Barcelona. O mestre holandês, às e maestro da Laranja Mecânica de 1974, que comandou o grande Barça de Romário e Pep Guardiola, fala com desenvoltura e simplicidade sobre táticas de jogo.
Resumindo: ao falar sobre como executar bloqueio defensivo na linha de meio-campo, Cruyff brilha ao dizer que o futebol é um jogo de distâncias e, acima de tudo, inteligência. “É muito mais fácil defender pequenas zonas do campo”. E cita o jovem Guardiola como exemplo de alguém com perfeita noção disso. Sem dúvida, um mestre que enxergava longe.
Papão encara o primeiro desafio pós-Brasileiro
Para a estreia na Copa Verde 2021 contra o Galvez (Acre), hoje à tarde, no Mangueirão, o PSC se escora em nomes já conhecidos, como Perema, Nicolas, Tony, PH e Collaço. Jogadores que estão em ação desde 2019 com a camisa do clube, capazes de responder bem às responsabilidades de um embate eliminatório.
É o primeiro desafio da equipe depois do Brasileiro. A frustração pela não conquista do acesso ainda está na ordem do dia, mas uma boa atuação hoje pode desanuviar as coisas. Há muito a fazer a partir de agora. O elenco deverá ser bastante reformulado, a partir de fevereiro.
O auxiliar Ailton Costa comanda a equipe e tudo o que se espera é que o entrosamento entre jogadores que se conhecem contribua para que o PSC passe pelo primeiro adversário na luta pelo tricampeonato da competição.
Do meio para a frente, a provável formação deve ter Alan Calbergue, PH e Luiz Felipe na meia-cancha. O ataque pode ser o que vinha sendo usado por Brigatti até a penúltima partida da Série C, com Vítor Feijão, Nicolas e Marlon.
Pelas informações dadas pelo executivo Ítalo Rodrigues, o novo técnico deve acompanhar o jogo no Mangueirão. Roberto Fonseca, Ramon Menezes, Alexandre Gallo e Gilmar Dal Pozzo estão entre os cotados.
(Coluna publicada na edição do Bola desta quinta-feira, 28)
A cúpula da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), formada pelo presidente Toroca, pelo vice-presidente e CEO Radamés Lattari, e pelo técnico da seleção masculina, Renan Dal Zotto, saiu em apoio à candidatura de Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara dos Deputados. Lira é o candidato do grupo próximo ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ganhou uma camisa da seleção.
Uma imagem com Radamés e Renan segurando uma camisa da seleção brasileira com o nome de “Arthur Lira” e o número 11, utilizado pelo PP nas urnas, foi compartilhada no Instagram pelo ex-vereador Wilson Cesar Lira (PSD). “Torcida forte para Câmara ter voz: Os ídolos Renan Dal Zotto e Radamés Lattari. (Quero) agradecer ao amigo Gustavo Toroca e ao grande mestre Toroca pela torcida”.
Toroca, no caso, é como é conhecido Walter Pitombo Laranjeiras, 83 anos, presidente reeleito da CBV. Ele é influente em Maceió, terra de Arthur Lira, tendo sido 11 vezes presidente do CRB, tradicional clube da cidade. Na gestão dele, a confederação fez duros ataques à jogadora de vôlei Carol Solberg por se posicionar politicamente contra o presidente Jair Bolsonaro após uma partida. Ela foi inocentada pelo STJD do vôlei.
Em nota, a CBV negou que apoie Lira. “A CBV é uma entidade que não tem preferências políticas ou partidárias e não se posicionou a respeito da disputa eleitoral na Câmara dos Deputados. A foto em questão não configura, em nenhum momento, apoio institucional da CBV ao deputado Arthur Lira. Não houve nenhum evento formal da entidade, e as manifestações de apreço foram feitas em ambientes estritamente pessoais, não representando a posição institucional da CBV. A camisa com o nome do congressista foi somente um presente a um deputado federal que sempre esteve ao lado de nossa modalidade.”