Dia de homenagear Zeca Pagodinho, lenda do samba de qualidade e botafoguense-raiz. O intérprete de “Vai Vadiar” comemora aniversário neste 5 de fevereiro e, por conta disso, recebeu saudações especiais do Botafogo e da torcida alvinegra nas redes sociais. Merecidamente.
Em comemoração aos 115 anos de fundação do Clube do Remo, a deputada estadual Marinor Brito (PSOL) apresentará nesta quarta-feira (5) projeto de lei que institui o “Dia Estadual do Remismo”. O projeto será apresentado durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa e seguirá para apreciação nas comissões da casa.
O governo Bolsonaro corta recursos das universidades públicas para investir na construção de colégios cívico-militares – ideia que só foi repelida pelos Estados do Nordeste. Constitui um projeto claro de militarização da sociedade brasileira, com a futura criação da juventude bolsonarista, a exemplo das juventudes nazistas e fascistas da época de Hitler e Mussolini?
Escola que não trabalha o pensamento crítico e consciente não passa de curso intensivo de milícias mirins.
À Folha não basta ser regularmente canalha, como toda a mídia comercial brasileira.
Precisa mostrar-se radicalmente canalha, de vez em quando, para manter sua liderança no ranking da canalhice.
É o que faz na edição de hoje, ao fabricar uma reportagem para acusar Lula de mentir ou distorcer fatos nas entrevistas e nos discursos que fez desde que foi solto.
O truque da Folha quando precisa mostrar que acanalhou-se muito mais do que seus concorrentes é relativamente simples: chamar o inimigo de mentiroso por dizer mais ou menos o que a própria jornal já noticiou, sem considerar que, por ser quem é – um político lutando por sua liberdade e pelo poder – o alvo da Folha utiliza ênfase e retórica diferentes das adotadas no jornalismo.
Alguns exemplos?
A Folha noticiou, com chamada de primeira página, que para apressar o julgamento de Lula no caso do triplex o TRF-4 passou o seu caso na frente de 76% dos processos que estavam à espera de decisão. Lula denunciou este fato como uma injustiça, e a Folha, na matéria de hoje, o acusa de ter distorcido a verdade. Verdade que o próprio jornal revelara!
Lula criticou a Lava Jato por acusá-lo “sem provas” e “com convicções” e a Folha, hoje, diz que ele mente, mas informa, no mesmo parágrafo, logo em seguida, que, de fato, os procuradores da operação, na famosa entrevista do power point, disseram que não tinham provas cabais, mas tinham convicções.
Em retórica deliberadamente forte, Lula diz ter passado 580 dias numa solitária. A Folha diz que é mentira. Talvez considerasse verdade se Lula tivesse ficado preso numa masmorra ao lado do Conde de Monte Cristo. Mas a verdade é que Lula passou, sim, 580 dias numa cela adaptada em que não tinha contato algum com ninguém além de seus advogados e, uma vez por semana, alguns parentes. A isto se chama imposição da solidão, por sinal não prevista na sentença.
A Folha também diz que Lula mente ao acusar a Globo de ignorar as denúncias contra a Lava Jato pelo Intercept. De fato, a Globo não ignorou o assunto, mas praticamente, com raras exceções, limitou-se a noticiar apenas as acusações contra o Intercept por ter publicado informações obtidas por hackers. Até a Folha deu muito mais espaço à Vaza Jato.
Alguém esqueceu que, desmascarada por ter divulgado uma ficha falsa do Dops como se fosse de Dilma, a Folha, depois de longa resistência, afirmou que, de fato, a ficha era falsa, mas bem que poderia ter sido verdadeira?
Ou seja: “nossa notícia é mentirosa, mas poderia não ser”.
“Temos um governo super “nacionalista” que usa a página da SECOM do GOVERNo para atacar a primeira diretora Brasileira indicada ao Oscar! A verdade dói, né ?”.
Desde que assumiu o cargo, o presidente de extrema direita fez de tudo para impor sua visão de mundo a esse influente governo. Alguns membros do “Itamaraty” testemunham o que consideram a “destruição” contínua de seu ministério.
O homem abre a porta para nós e recebe um sorriso. Então ele a fecha e cai em uma cadeira, sobrecarregada. “Muitas pessoas aqui estão em depressão. No momento, aguardam sem medicação” diz, com lágrimas nos olhos, uma diplomata de alto escalão do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. “Antes, eu trabalhava todos os dias cheia de adrenalina, apaixonada. Hoje, só vou lá por obrigação. Eu até pensei em deixar tudo. É infinitamente triste … ”
Dela não revelaremos o nome ou a função. “Como a extrema direita de Jair Bolsonaro está no poder, qualquer pessoa que desenvolva pensamento crítico é punida”, afirmou. É um clima de caça às bruxas. Ainda assim, meia dúzia de outros diplomatas concordaram em testemunhar ao Le Monde, na maioria das vezes de forma anônima, sobre o que consideram a “destruição” em andamento de seu ministério. E com isso, a imagem do Brasil no mundo.
O movimento que unifica Pedro Bial, o tuíte da Secom e demais vozes alinhadas no ataque ao documentário “Democracia em Vertigem”, traduz uma realidade escancarada — o bolsonarismo trava uma luta desesperada contra uma eventual derrota na entrega do Oscar, na segunda-feira, 9 de fevereiro, perante uma platéia de 1 bilhão de pessoas.
A imensa repercussão já conseguida pelo filme de Petra Costa junto à mídia norte-americana, onde foi chamada a dar respeitosas entrevistas para veículos de primeira linha, colocou o Planalto de sobreaviso e é fácil entender a razão.
Para um governo habituado a comprar apoio junto ao baixo nível da mídia brasileira, qeu atua sob medida para transformar o Brasil numa Ilha da Fantasia, a simples possibilidade de uma vitória de “Democracia em Vertigem” no Oscar representa uma derrota sem preço, pois atinge o imaginário mundial da segunda década do século XXI.
Formando uma audiência só comparável — numericamente — às Copas do Mundo e às Olimpíadas, mas com um significado social e político inteiramente diverso, o Oscar ajuda a criar comportamentos, lançar modas e influir nas ideias em curso ao longo de cada época.
Também produz ideologias. Sob influencia direta do Departamento de Estado, ao longo da década de 1950 Hollywood refilmou a história da II Guerra Mundial em dezenas de produções milionárias, escondendo o papel essencial das tropas da União Soviética na vitória sobre o nazismo para dar um destaque desmedido as Forças Aliadas sob comando dos Estados Unidos. Claro que um filme brasileiro que concorre na categoria de Melhor Documentário — que infelizmente constitui sinônimo de chatice para muitas pessoas — jamais terá o charme nem o poder de atração das grandes produções de Hollywood.
Mas é certo que uma vitória no Oscar terá um impacto inegável. Irá contribuir para fixar a noção de que Dilma Rousseff foi derrubada por um golpe de Estado, que abriu caminho para as barbaridades políticas que vieram a seguir, até o governo Bolsonaro, um inimigo declarado do cinema brasileiro. A disputa aqui é essa — e o suspense irá acompanhar a noite do Oscar até o anuncio do vencedor.
“Ontem a Secom virou comentarista de Oscar. Hoje foi revelado seu chefe omitiu ser empresário de comunicação e negou conflito de interesses. Sua empresa intermediou R$70 milhões em contratos com o governo. Ele assinava o cheque e ele recebia, zero conflito de interesses, TÁ OK?“.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou nesta terça-feira (4), na sua conta do Twitter, que o piso de R$ 6.358,00 para professores com jornada de 40 horas semanais “tem um efeito positivo no conjunto da nossa economia. Ajudamos o setor de comércio e serviços a gerar empregos”.
Dino disse ainda que o Maranhão teve saldo positivo de empregos por três anos consecutivos. “Estamos trabalhando para 2020 ser melhor”, concluiu.
“A decisão de fixar o piso professores 40h em R$ 6.358 tem um efeito positivo no conjunto da nossa economia. Ajudamos o setor de comércio e serviços a gerar empregos. Maranhão teve saldo positivo de empregos por três anos consecutivos. Estamos trabalhando para 2020 ser melhor.”
A dupla Re-Pa contratou, até o momento, duas dezenas de supostos reforços para o começo da temporada. Um número ainda modesto em relação à vertiginosa quantidade de atletas importados no ano passado – cerca de 70. Ir às compras ao fim de cada ano virou rotina para os grandes da capital, incapazes de formar seus próprios jogadores.
Por enquanto, de 12 contratados, o Remo já utilizou oito (Xaves, Charles, Douglas Packer, Jackson, Giovane Gomez, Robinho, Gustavo Ermel, Lukinha) nos três jogos realizados pelo Parazão. Alguns foram escalados em todas as rodadas – Ermel, Jackson, Xaves, Lukinha e Robinho – e outros tiveram chances menores, casos de Giovane, Packer e Charles.
Dos que jogaram mais vezes, o rendimento menos satisfatório tem sido do volante Xaves, titular da meia-cancha, posicionado à frente da linha de zagueiros. Talvez por falta de adaptação às condições climática da competição, com gramados sempre encharcados, o volante não repetiu até agora as boas atuações que teve pelo Imperatriz na Série C 2019. Tem mostrado pouca combatividade e falhas na saída de bola.
Outro que ainda não conseguiu se encaixar foi Robinho, utilizado às vezes como ponta e outras como meia-armador. Não foi bem em nenhuma. Lukinha também apareceu em todos os jogos, mas não conseguiu o destaque exibido pelo Bragantino no ano passado. Circula pelo meio, avança pelo lado direito do ataque, mas produz pouco.
Ermel e Jackson têm sido exceções. Jackson, que entrou no final da partida com o Tapajós, assumiu a camisa 9 contra Carajás e Independente marcando um gol em cada jogo, com boa movimentação e desempenho elogiado por todos. Ermel atuou pelos dois lados, com melhor rendimento pelo lado direito, mas chamou atenção pela facilidade para o drible e chutes de fora da área.
Do outro lado da Almirante Barroso, o número de reforços é menor. Proporcionalmente, os jogadores tiveram menos chances de atuar nos três jogos porque a formação titular se baseia no time da última temporada.
O meia Alex Maranhão teve chance como titular em todas as partidas. Foi razoavelmente bem na estreia contra o Itupiranga, marcando um gol, mas caiu bastante de produção nos jogos seguintes.
O volante Serginho também teve três oportunidades e até agora não disse a que veio, com atuações discretas ou mesmo fracas, como a de domingo diante do Castanhal. Marca razoavelmente, mas não tem qualidade de passe para liderar a transição do meio para o ataque.
Deivid Souza entrou nas três partidas e não apareceu, talvez por desentrosamento ou condicionamento abaixo do nível geral. Contra o Castanhal, foi escalado de cara e não contribuiu para o funcionamento ofensivo. Fez a torcida sentir saudade de Elielton, que estava no banco.
Uilliam entrou em duas partidas e acabou se sobressaindo mais. Domingo, participou com a assistência no gol de Caíque e estava na área brigando pela bola no lance do segundo gol (de Nicolas).
Outro importado, Wesley Matos, teve atuação muito criticada, falhando seguidamente diante do rápido ataque castanhalense. Lento, não mostrou conexão com o restante da zaga, principalmente com o central Micael, tão perdido e alheio ao jogo quanto ele.
Dos novatos bicolores, a honrosa exceção tem sido o goleiro Gabriel Leite, que teve atuações seguras e convincentes contra Itupiranga e Bragantino, sem ter qualquer influência na derrota de domingo.
É importante ressalvar sempre que a competição está no começo e alguns dos jogadores avaliados agora têm condições de reagir nas próximas rodadas, levando em conta que o clássico Re-Pa cria uma oportunidade extra de afirmação perante as torcidas.
Há, ainda, um aspecto relevante a ser considerado: a adaptação aos esquemas adotados, notadamente no Remo, que sofreu muitas mudanças no time, com meio-campo e ataque inteiramente renovados. O PSC manteve a base de 2019, o que deve facilitar o encaixe dos novos atletas.
Áudio vazado cria ruídos, mas PSC foca no campo
O vazamento do áudio de uma conversa entre o diretor de Futebol do PSC, Felipe Albuquerque, e um interlocutor desconhecido causou mais alarido do que turbulência interna no clube. Focada nos compromissos de campo – Copa do Brasil na quinta-feira (6) e Re-Pa no domingo –, o ambiente não foi contaminado pelo episódio. Habilidosamente, a presidência tratou de atenuar o lado mais inflamável do áudio.
A coincidência de um vazamento após revés no campeonato e no começo de uma semana repleta de compromissos difíceis remete de imediato às escaramuças pré-eleitorais no clube. Soltar áudio de uma conversa de trabalho não é atitude de quem defende a pacificação interna.
Obviamente, parte do conteúdo da gravação pode vir a comprometer o trabalho do executivo de futebol, principalmente quanto ao bom funcionamento da gestão, visto que a crítica direta a um colega – ponto mais agudo da conversa grampeada – pode ter efeitos imprevisíveis.
CBF festeja sucesso do VAR com números suspeitos
Na cerimônia de entrega de 30 escudos da Fifa para árbitros e árbitras, o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, apresentou o relatório do primeiro ano de uso do VAR (árbitro de vídeo) no futebol brasileiro e manteve a costumeira empolgação com os números.
Segundo o relatório, houve 98,4% de acerto nos lances auxiliados pelo VAR. Sem o uso do monitoramento de vídeo, o número de acertos era de 91%, garantiu Gaciba. “Seguimos na busca pela perfeição, mesmo sabendo que é impossível. Esse é o nosso trabalho”.
O problema é que são muitas as evidências de mau uso dos recursos do VAR, principalmente quanto à interpretação dos árbitros de vídeo. Além do mais, a estatística pré-VAR (91% de marcações corretas) é comprometida pelos fatos. O número de erros e presepadas está longe de coincidir com o balanço da Comissão de Arbitragem.
(Coluna publicada na edição do Bola desta terça-feira, 04)