POR GERSON NOGUEIRA
Que tal um campeonato de acesso à elite do futebol paraense envolvendo clubes de regiões esportivas definidas como do Baixo Amazonas, Carajás, Baixo Tocantins/Xingu e Bragantina/Paragominas/Castanhal/Belém?
O torneio substituiria a atual Segundinha e à projetada Terceirinha, dando amplitude e oportunidade a jogadores dos principais centros esportivos do Estado. A sugestão, endereçada aos dirigentes da FPF, é do desportista e engenheiro agrônomo José Américo Boução Vina.
Os representantes de cada região disputariam um quadrangular de um só turno para definir o campeão da Taça Pará. O melhor de cada região que não estivesse no Estadual teria o direito de disputar o Parazão do primeiro quadrimestre. No ano seguinte, 12 clubes disputando o título, sendo que cairiam os quatro de pior campanha.
“Para a Taça das Regiões, três clubes seriam convidados, sendo que a Segundinha, disputada entre maio e setembro nas mesmas quatro regiões já citadas, definiria o quarto clube para o torneio das Regiões. Depois, os campeões das Regiões disputariam a Taça Campeão dos Campeões do Pará”, propõe José Américo.
O principal objetivo seria promover a evolução técnica do futebol paraense, movimentando times tradicionais do interior e abrindo espaço para o surgimento de novos valores.
A intenção é ótima e a sugestão interessante. Pena que esteja condenada a ser ignorada pela FPF, cuja prioridade maior é arrebanhar votos para manter a estrutura que está no poder há mais de 30 anos.
A mesmice sufocante da Seleção de Tite
O Brasil de Tite foi monótono e chato como as entrevistas de seu comandante e de sua principal estrela. Encarou Senegal sem mostrar sinais de evolução. Empatou em 1 a 1, o terceiro resultado negativo seguido nesta temporada.
Neymar pouco apareceu. Aliás, a entrevista da véspera – onde proferiu a heresia de que já carregou a Seleção nas costas várias vezes – repercutiu mais do que sua presença em campo ontem. Coutinho teve seus lampejos e Firmino fez um golaço.

Além de sofrer com a boa movimentação do time senegalês, com Sadie Mané em destaque, o Brasil teve menos posse de bola (48% contra 52%), finalizações certas (4 contra 5) e desarmes (10 contra 19) e dribles (6 contra 8). Quase todos os itens importantes de avaliação tiveram Senegal à frente.
O lado positivo é que Tite apontou méritos no adversário, coisa rara entre técnicos brazucas. Reconheceu que o Senegal teve postura mais competitiva que o Brasil.
Quando a tentativa de explicar gera mais confusão
A entrevista que o técnico Eudes Pedro concedeu ontem pela manhã, no estádio Evandro Almeida, ao lado do presidente Fábio Bentes, acrescentou ainda mais perguntas às já existentes desde o vazamento do polêmico áudio do ultimato à diretoria do Remo. Pelo visto, o treinador seguiu a lição de Chacrinha: não veio para explicar, mas para confundir.
Foi um festival de frases desencontradas. Eudes não negou a autoria do áudio, embora alegando que a frase crítica tenha sido usada fora de contexto. Atribuiu o vazamento a alguém não identificado, aproveitando para pedir desculpas a Eduardo Ramos e Neto Baiano.
Fechou a conversa fazendo juras de amor ao clube, de quem já se diz torcedor e proferindo uma enxurrada de elogios ao presidente azulino.
Semana que vem a cúpula do futebol remista irá reunir para avaliar a situação do técnico. É natural que Eudes tente agora consertar o estrago, mas o fato é que a notícia do vazamento – e sobre seu conteúdo – já circula pelo país, o que prejudica mais a ele do que aos jogadores citados.
Afinal, está em começo de carreira e qualquer mau passo pode atrapalhar futuros projetos. Quanto à diretoria, deve estar imaginando qual será a próxima conversa vazada.
TJD absolve árbitro acusado pelo jogo do lamaçal
Por unanimidade, a terceira Comissão Disciplinar do TJD julgou e absolveu ontem o árbitro Djonaltan Costa Araújo. Ele era réu no caso do jogo Independente x Paissandu, válido pela semifinal do Campeonato Paraense deste ano, no estádio Navegantão, em Tucuruí.
A partida aconteceu na noite de 4 de abril sob forte chuva, que alagou boa parte do gramado. O Galo Elétrico venceu por 3 a 1 e, com isso, encaminhou classificação à final do campeonato. No jogo em Belém, o Papão não conseguiu reverter, vencendo por 1 a 0.
À época, Djonaltan recebeu críticas da diretoria do PSC por ter permitido a realização do jogo, apesar do gramado enlameado. Até hoje, boa parte da torcida atribui a perda do campeonato à decisão do árbitro, esquecendo que a zaga bicolor teve atuação tenebrosa naquela noite.
(Coluna publicada no Bola desta sexta-feira, 11)
Toda boa sugestão é bem vinda pra tirar o futebol paraense dessa mesmice. E acabar com a importação desenfreada desses bondes caros e improdutivos de outras regiões do país. Com certeza bons jogadores regionais se sentiriam honrados em vestir a camisa de Remo e Paysandu, mesmo que isso, e por isso mesmo, fosse trampolim para voos mais altos desses atletas.
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Quanto à notícia da absolvição do árbitro no jogo em Tucuruí, o gramado, naquela ocasião, estava em ótimas condições para receber uma partida de futvôlei, menos de futebol.
Ninguém esqueceu a atuação tenebrosa da zaga bicolor que residiu ao fato dos zagueiros não terem sido capazes de anular a jogada área para o Zagueiro Gigante Dedé nos gols que garantiram a vitória para o Galo Elétrico, já que a partida se resumiu a esse tipo de jogada.
Impossível naquelas condições do gramado a prática do jogo de futebol como conhecemos, já que o esporte bretão não se resume a jogadas aéreas.
É certo que a zaga falhou nos gols de cabeça do Dedé, mas também é certo que, quando se tem a bola levantada na aérea do adversário como único tipo de jogada como opção para a disputa de uma partida de futebol, a partida nem deveria ter sido realizada por desfigurar o tipo de modalidade esportiva definido como futebol.
Quanto à manjada assertiva de que o “gramado” era bom para ambas as equipes, vale lembrar que, nessas circunstâncias, a equipe de nível técnico superior, que utiliza o toque de bola como arma, fica prejudicada por não poder utilizar tal recurso.
Por outro lado, a equipe adversária que já conhece o campo de futebol e tem como arma a única jogada que é possível ser feita em um gramado totalmente alagado que é a jogada área para área adversária, sempre leva vantagem.
Ora, se por muito menos a CBF transferiu a partida do Bragantino contra o Vila Nova, de seu estádio para o Mangueirão, na Copa do Brasil, não se deveria aceitar um jogo sem qualquer condição para a prática de futebol e que a único tipo de jogada possível de ser executado por ambas as equipes é a bola alçada na área adversária.
Acrescente-se que o risco de lesão grave aos atletas de ambas as equipes com o gramado coberto por água da chuva não deve ser descartado.
Aliás, comparativamente destacando, em jogos de vôlei qualquer molhado na quadra é suficiente para paralisar a partida, justamente porque a integridade física dos jogadores deve ser preservada.
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Ninguém esqueceu a atuação tenebrosa da zaga bicolor no jogo em Tucuruí que residiu no fato dos zagueiros não terem sido capazes de anular a jogada área para o Zagueiro Gigante Dedé nos gols que garantiram a vitória para o Galo Elétrico, já que a partida se resumiu a esse tipo de jogada.
Impossível naquelas condições do gramado a prática do jogo de futebol como conhecemos, já que o esporte bretão não se resume a jogadas aéreas.
É certo que a zaga falhou nos gols de cabeça do Dedé, mas também é certo que, quando se tem a bola levantada na aérea do adversário como único tipo de jogada como opção para a disputa de uma partida de futebol, a partida nem deveria ter sido realizada por desfigurar o tipo de modalidade esportiva definido como futebol o reduzindo a um jogo de futvolêi.
Quanto à manjada assertiva de que o “gramado” era bom para ambas as equipes, vale lembrar que, nessas circunstâncias, a equipe de nível técnico superior, que utiliza o toque de bola como arma, fica prejudicada por não poder utilizar tal recurso.
Por outro lado, a equipe adversária que já conhece o campo de futebol e tem como arma a única jogada que é possível ser feita em um gramado totalmente alagado que é a jogada área para área adversária, sempre leva vantagem.
Ora, se por muito menos a CBF transferiu a partida do Bragantino contra o Vila Nova, de seu estádio para o Mangueirão, na Copa do Brasil, não se deveria aceitar um jogo sem qualquer condição para a prática de futebol e que a único tipo de jogada possível de ser executado por ambas as equipes é a bola alçada na área adversária.
Acrescente-se que o risco de lesão grave aos atletas de ambas as equipes com o gramado coberto por água da chuva não deve ser descartado.
Aliás, comparativamente destacando, em jogos de vôlei qualquer molhado na quadra é suficiente para paralisar a partida, justamente porque a integridade física dos jogadores deve ser preservada.
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Atribuir à zaga o insucesso daquele jogo é triste.
Qualquer um pôde ver que não havia a menor condição de jogo.
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Mais imoral que a absolvição desse soprador de apito é a inércia dos “eméritos” membros dessa comissão “disciplinar”, que precisaram de 6 meses para julgar e chegar à unanimidade. Só perdem para o Prefeito Zenada, que em dezembro próximo completará 7 anos sem nada fazer.
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Não atribuí o insucesso exclusivamente à defesa, amigo Acácio, muito menos diminuí o papel do árbitro que deu o jogo no lamaçal. Agora, tomar 3 gols pelo alto, sendo um deles com 4 defensores marcando o jogador do Galo, é de uma triste incompetência.
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O problema é que as boas ideias nunca são aceitas pelos poderosos de plantão, amigo Miguel.
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O fato é que o jogo não deveria ter sido realizado caro Gerson! Esse é o ponto! Concordo que a defesa falhou nos gols de cabeça marcados pelo Gigante Dedé no único tipo de jogada que aquele “polo aquático” proporcionou que era a jogada alçada na área para o cabeceio.
E justamente por propiciar só esse tipo de jogada é que a partida não deveria ter sido realizada até considerando a integridade física dos jogadores.
Lembro perfeitamente que os jogadores de defesa como o Micael estavam totalmente estourados fisicamente depois do desgaste muscular a que foram submetidos pelas condições do campo prejudicando o posicionamento dos mesmos dentro do alagado o que contribuiu para a falha nos gols marcados pelo time de Tucuruí, onde visivelmente se observou a falta de impulsão dos zagueiros dentro do aguaceiro.
Recordo que não se conseguia dar um passe sequer que a bola parava na água tendo que ser levantada na base da embaixadinha ao melhor estilo futvôlei. Isso é futebol?
“É brincadeira!” como diria o seu xará Gerson o canhotinha de ouro da seleção de 70!
Isso contribuiu decisivamente para o Papão não ter chegado à final do Parazão.
Em consequência, o remo ganhou o referido campeonato tendo perdido para o maior rival de goleada. Ou seja, teve a faixa carimbada!
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Respeito sua opinião, Peixoto. Ao torcedor tudo deve ser permitido – nos limites da civilidade, claro. Só noto alguns exagero, como este do suposto estouro muscular do Micael em função da chuva. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, meu caro. Quanto às condições do Navegantão, de fato o campo estava impraticável.
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