POR GERSON NOGUEIRA
Muito se discutirá ainda sobre a eliminação do PSC, ontem à noite, no estádio dos Aflitos, após série de penalidades. É normal que explicações sejam buscadas sempre que um time fracassa. Surgem alegações de todo tipo, incluindo até teses conspiratórias a respeito da escalação de árbitros gaúchos nos dois confrontos. Na verdade, o Papão cometeu o pecado do desperdício e foi duramente castigado.
Abriu 2 a 0 no placar, perdeu três chances claras para ampliar e acabou deixando o Náutico empatar. O jogo foi para a série extra de penalidades e o time pernambucano levou a melhor, marcando 5 a 3.
Até mesmo as queixas em relação ao penal marcado aos 49 minutos do 2º tempo são discutíveis. Lance capital da noite, a marcação de Leandro Vuaden desperta discussões sem fim, mas fica a impressão de que as reclamações têm mais a ver com o momento em que ocorreu a polêmica falta.
O mundo do futebol costuma reagir com estranheza a penalidades assinaladas nos segundos finais do período de acréscimos, ainda mais em favor do time da casa. Apesar de a imagem não mostrar com clareza, a bola parece tocar no braço do jogador do PSC. Avaliação que deve ter sido a mesma do árbitro, que estava bem posicionado.
Como a decisão é de caráter interpretativo, o debate tende a ser eterno e inconclusivo. Prefiro me ater às razões concretas do insucesso do PSC na partida. Impossível não observar o excesso de erros nas finalizações.
O gol de Vinícius Leite caiu do céu aos 24 minutos. Um disparo forte, que desviou na zaga e entrou no canto esquerdo, fez com que o Papão tomasse as rédeas do confronto e encaminhasse a classificação.
O começo da partida havia se desenrolado de maneira satisfatória para o PSC – nem tanto por seus méritos, mas pela visível intranquilidade do Náutico. O time de Gilmar Dal Pozzo errava passes, não encaixava a pressão desejada e cercava a área sem oferecer perigos claros.
O melhor momento do Náutico foi ofertado por Mota, que tentou sair com a bola dominada e acabou entregando nos pés de Jean Carlos. O meia fez um giro e bateu rasteiro, mas Micael evitou o gol.
Tiago, Álvaro e o próprio Jean Carlos, melhores jogadores do Timbu, pareciam se esconder e deixavam-se marcar com facilidade e pouco arriscavam nas jogadas de fora da área. A tensão se acentuava a partir das cobranças da torcida e se agravou depois que o Papão abriu o placar.
Tomas Bastos, lesionado, foi substituído por Tiago Primão. O PSC não protegia-se bem e priorizava a recuperação da bola para partir em contra-ataque. Com essa estratégia, era mais agudo e objetivo.
Foi assim que Nicolas, aos 41’, recebeu de Uchoa e entrou na área. Livrou-se do goleiro e bateu com o gol escancarado. O chute saiu rasteiro e permitiu que o zagueiro Camutanga desviasse quase em cima da linha. Um desperdício que iria ser muito lamentado depois. Logo em seguida, Nicolas ainda perdeu outra chance.
No 2º tempo, como era natural, o Náutico voltou com mais ímpeto na luta para igualar o marcador, mas incorria nos erros de cobertura quando os laterais se lançavam à frente. Ocorre que logo aos 9 minutos o PSC chegou ao segundo gol. Cruzamento de Tony para um golaço de Nicolas, que bateu de letra. A bola ainda tocou no travessão antes de morrer nas redes.
O que já estava bom, ficou ótimo. O jogo ficou inteiramente controlado pelo Papão. Desesperado, o Náutico não acertava nada. Nicolas teve logo em seguida outra oportunidade preciosa após arrancada de Hygor pela direita. O meia-atacante estava livre, mas bateu mal, por cima do gol.
Álvaro diminuiu aos 19’ e reabriu as esperanças do Náutico. A torcida voltou a acreditar no impossível. O Papão se encolheu, Reis e Primão já não saíam do campo de defesa e a pressão foi crescendo. Aos 36’, Uchoa ainda perdeu outro gol, batendo em cima do goleiro Jefferson.
Aos 49’ veio o lance fatídico. Última tentativa do Náutico. Bola lançada na área por Wallace Pernambucano. Caíque desviou de cabeça e a bola toca no braço de Uchoa. Jean Carlos bateu e empatou.
O jogo se encaminhou para a série de penais e Wellington Reis errou sua cobrança. O Náutico acertou todas. Classificação pernambucana.
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Arma para o contra-ataque não foi utilizada
Hélio dos Anjos sai invicto da competição. Merecia melhor sorte pelo grande trabalho de recuperação do Papão a partir da sétima rodada. O Papão não perde há 17 jogos, mas deixou escapar o acesso após um jogo que chegou a vencer com tranquilidade até os 20 minutos da etapa final.
O objetivo não foi alcançado por um detalhe apenas, mas o PSC podia ter sido mais efetivo, ameaçando a zaga do Náutico. Quando estabeleceu a vantagem de 2 a 0, Hélio poderia ter optado por Elielton para explorar os contra-ataques. Havia espaço de sobra a explorar.
Cauteloso, Hélio preferiu seguir com Hygor, visivelmente extenuado a partir dos 30 minutos. Nas substituições da reta final de partida, tirou Primão e Vinícius para botar Caíque e Diego Rosa. A intenção era povoar a zaga e aumentar altura para resistir aos cruzamentos do Náutico. Com isso, abriu mão de dar consistência e velocidade ao ataque.
Há sempre muito a lamentar quando o acesso esteve ali ao alcance da mão, mas os méritos de Hélio não podem ser esquecidos ou diminuídos. Além da Copa Verde, as virtudes mostradas na campanha da Série C devem ser o ponto de partida para o projeto de 2020.
(Coluna publicada no Bola desta segunda-feira, 09)
Não vejo toda essa polêmica. Bola bate no braço de forma clara. Na minha opinião, foi pênalti sim!
Agora vamos reconhecer, PSC era e foi muito mais time que o náutico. Merecia ter subido. Fez um jogo muito superior.
A sorte que costuma acompanhar o PSC o abandonou nos últimos minutos…
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Depois de um texto desses… Fica mais que claro que a nossa sociedade está doente. Puts, se prendem um cidadão em um processo fraudado retiram todos os seus direitos aliado a destituição de uma presidência sem mácula , imagina o nosso malfadado futebol paraense norte do país, não é complexo de vira lata não , graças à deus não tenho esse problema , ai vem o um pênalti onde todos os analistas da grande mídia fechada falando que não foi nem suspeito! Leio um texto onde vejo as palavras falando em “desperdício fatal” com todo o meu respeito mais vou rir , realmente estamos na era das trevas.
Ps . É apenas um jogo de futebol, mas acabou um planejamento de um clube e o sonho de uma torcida.
Abs.
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O desperdício fatal de gols, no jogo de ontem, foi recorrente em toda a competição, a comprovar uma única verdade: o time não teve, e não tem atacantes. Nicolas, apesar de voluntarioso e comprometido, não é atacante de ofício. Por sua vez, Hélio dos Anjos, apesar de invicto – por excesso de empates (12), padece da prática covarde da retranca da maioria dos técnicos brasileiros, quando em vantagem no placar, ao ignorarem que a melhor defesa seja o ataque. O ponto de partida para 2020 deve começar por dispensar jogadores de baixo rendimento, que não disseram a que vieram, encabeçando a lista com Diego Rosa, Jheymi, Leandro Lima, Hygor Silva, Wesley Pacheco, que juntados aos que já foram, como Paulo Rangel e Paulo Henrique, devemos creditar a pífia performance de apenas 6 vitórias em 20 jogos, com média de 0,9 gols/jogo.
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As más finalizações durante a competição foram um dos fatores contribuintes para o insucesso.
O pênalti marcado pelo momento da partida é polêmico sim, mas existiu.
O Paysandu passou a aceitar a pressão desordenada do Timbu.
Invés de controlar a bola, gastar o tempo, vi um bate volta que mais cedo ou mais tarde iria cobrar seu preço.
Nas cobranças de pênalti o erro do jogador bicolor foi a pá de cal em todo um trabalho de superação desde a vitória sobre o maior rival e a invencibilidade de 17 jogos, o que não foi suficiente para levar o time paraense de volta a série B.
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Na contabilidade final ao avaliar o acesso, fico muito triste em ver que estados menos tradicionais estão em séries superiores ao nosso Pará.
Alagoas, ainda na A, tendendo a voltar para B.
O Maranhão com o Sampaio Correia e quiçá o Imperatriz na B.
E para surpresa de todos, Sergipe com o seu Confiança que veio comendo pelas beiradas dispensando primeiro o favorito Ferroviário, para o qual chegou a estar perdendo por 2 x 0, e agora desbancando o Ypiranga que se classificou após aquele “arrumadinho” no apagar das luzes.
Justiça seja feita, nossos representantes ainda precisam melhorar muito.
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Raime quando é a favor de vc não falar nada mais quando é contra faz um escândalo a bola de fato resvala no braço do Anderson Uchôa ser o Náutico não tivesse sido apático tinha conseguido a classificação no tempo normal
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“Braço recolhido sem aumentar a área de atuação “
É essa a dúvida?
Claro que não foi pênalti.
O remo teve queixas justas de erros de arbitragem que o prejudicaram na série C assim como o Papão foi, de fato, prejudicado no jogo de ontem. E ainda mais com acréscimo de cinco minutos.
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Comemoraram o pênalti do Ypiranga, te fode mucura!
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Nada disso seria cogitado se o time tivesse cumprido com o seu dever em campo.
Desperdiçou muitas oportunidades.
Fato.
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O empate sem gols em Belém teve influencia sim. Os gols não feitos após os 2 a zero tambem tiveram reflexo, se acontecido o terceiro gol mataria o jogo. Nas Séries A, B e C, o chamado camisa 9, referencia na grande área adversaria, tiveram o auge de negatividade, com poucos ou nenhum gol. Exceções, Gabigol na A, afora outros menos famosos na B e C. No Payssandú, ultimamente, surgiram dois, que por falta de dinheiro para cobrir proposta de outros clubes, foram embora. Bergson, e o outro mais recente, que não lembro o nome, fizeram muita falta. Há que se contratar bons jogadores, e, esses são caros. Se não tem dinheiro fica chupando o dedo na Séries C e D.09.06.19, Mba.-PA.
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O fato do time bicolor ter desperdiçado chances de gol não é justificativa para considerar normal uma penalidade inexistente.
Basta ver todos os analistas da TV como Sandro Meira Ricci e a comentarista da ESPN Brasil que classificou como bizarra a marcação do pênalti, parando o lance pra analisar cada detalhe inclusive o fato de que os braços do jogador estavam bem recolhidos sem aumentar a área de atuação.
Vale a pena ver esse vídeo do programa da ESPN Brasil.
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Amigo Peixoto eu não sei se você é bicolor assim como eu.
Mas estava presente e também acompanhando pelo DAZN, por sinal péssimo serviço, mas graças ao delay de 90 segundos
aguardei o lance para ver ao celular o que havia ocorrido.
De fato, in loco, é muito difícil ver a infração, eu, como ex-árbitro, também não marcaria.
Aprendi isso com meu professor Nery Filho, na dúvida, deixe o lance correr. É menos danoso deixar de marcar um pênalti duvidoso que assinalar um pênalti inexistente!
Pelas imagens o toque no braço do atleta bicolor foi totalmente involuntário, mas o árbitro interpretou ao seu jeito.
Um VAR por mais caro que custasse aos clubes envolvidos certamente ainda seria muito mais barato que o prejuízo que o Paysandu teve nos seus dois confrontos contra o Timbú.
Em Belém o pênalti escandaloso que não foi assinalado pelo apitador, e este no confronto da volta, muito duvidoso, marcado pelo mediador da partida, que não selou cem por cento o destino da agremiação paraense, os tiros livres desperdiçados da marca da cal estes sim que celaram a eliminação da equipe paraense.
Não sei o que a CBF alegou aos clubes envolvidos para não usar o VAR numa fase altamente decisiva, a fase que coloca em xeque todo um planejamento, todo um trabalho.
E diga-se de passagem, o Náutico foi beijado pela sorte não somente nos dois confrontos contra o Paysandu, mas já vinha sendo ajudado pela sorte durante a fase de grupos.
Agora é tentar o “conforto” na Copa Verde, já que neste ano ainda não conquistou nada!
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Aproveitando o espaço para analisar o que o Paysandu tem sofrido nesta temporada.
Inicio pelo Parazão, uma única derrota num campo sem a menor condição de jogo tira do Paysandu a oportunidade de chegar na final do campeonato paraense. Tudo bem que no jogo da volta poderia ter tirado a vantagem, mas o futebol pune os incompetentes.
Agora na série C, de time desacreditado pelo péssimo início, chegou com amplas possibilidades de subir, mas o destino, (arbitragem?), não quis.
Resta a famigerada mas rentável Copa Verde, a grana garantida nas oitavas de final da Copa do Brasil, já é um ótimo prêmio.
Vou aguardar o que o destino prepara para a equipe Bicolor.
Vida que segue!
E segue o jogo!
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Buááááááááááááááá
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Realmente, o maior pecado do time foi não converter em gols suas Sanches, só assim poderíamos ter chego a classificação e com oportunidade de ser campeão. trazendo mais dinheiro para os cofres do clube.
agora é só lamentar.
vc definiu corretamente como foi o jogo, talvez se o Hélio dos anjos , colocasse um atacante pelo lado do campo, para explorar os contra ataques, o náutico não fosse tanto pelo lado esquerdo do campo, origem dos dois gols do náutico.
o time deu a lateral do campo, para poder tirar os lançamentos na área, estratégia que chamou o náutico e não conseguiu o objetivo.
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