Em uma rápida cerimônia no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na tarde desta segunda-feira (10), o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e seu vice, general Hamilton Mourão (PRTB), foram diplomados para os respectivos cargos e oficialmente declarados aptos a exercê-los. Em seu discurso (veja a íntegra em texto e vídeo abaixo), ele pregou a ruptura com práticas que, “historicamente, retardaram o nosso progresso”.
“Não mais a corrupção. Não mais a violência. Não mais as mentiras. Não mais a manipulação ideológica. Não mais submissão do nosso destino a interesses alheios. Não mais mediocridade, complacente em detrimento ao nosso desenvolvimento”, discursou o deputado do PSL.
Em outro trecho da fala, Bolsonaro declarou que o poder popular não mais precisa de intermediários. “As novas tecnologias permitiram uma relação direta entre o eleitor e seus representantes. Nesse novo ambiente, a crença na liberdade é a melhor garantia de respeito aos altos ideais que balizam nossa Constituição”, declarou.
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, falou sobre direitos humanos durante a cerimônia de diplomação de Jair Bolsonaro (PSL) e Hamilton Mourão (PRTB) como nomes aptos a assumir a presidência da República.
Em discurso de cerca de 20 minutos, Weber ressaltou a importância de proteger direitos básicos a todos os cidadãos. “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos, sem distinção de raça, língua, crença, origem nacional, orientação sexual, identidade de gênero, ou qualquer outra condição”, afirmou.
A ministra afirmou ainda que as minorias não devem ter suas posições “abafadas” pelas maiorias. “Em especial aquelas estigmatizadas e em situação de vulnerabilidade”, finalizou.
O discurso, porém, incomodou deputados federais eleitos pelo partido de Bolsonaro. Nas redes sociais, eles criticaram a atitude de Weber. A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), recordista de votos da Câmara, disparou: “Fora de tom e de propósito. Desnecessário”.