Clima de Re-Pa contagia a cidade

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POR GERSON NOGUEIRA

A semana decisiva os dois litigantes em situação ligeiramente diferente. O Papão faz campanha impecável no Campeonato Estadual, com três vitórias em três jogos. Mais que isso: mostra evolução a cada jogo, conseguindo bons desempenhos dos reforços trazidos para a temporada. O Leão sofre com a instabilidade crônica do time. Ganhou o primeiro jogo, sucumbiu ao Galo Elétrico no segundo e passou – não sem dificuldades – pelo Águia na terceira rodada.

Tudo o que é dito às vésperas do grande clássico costuma ser desmentido em campo pelos velhos rivais. As ruas de Belém fervilham de curiosidade e expectativa. As torcidas se mobilizam, mas apontar favoritismo é sempre temerário, visto que, na prática, as forças acabam se equiparando na hora do confronto. Ao contrário de outros jogos, o Re-Pa envolve aspectos que não se restringem ao desempenho técnico de cada lado.

A emoção conta muito, assim como a capacidade de agigantamento dos times, mesmo quando um dos rivais é claramente superior. Não chega a haver um abismo técnico entre as equipes atuais, até porque tiveram pouco tempo para conseguir entrosamento, mas é inegável a qualidade técnica individual dos jogadores do Papão.

Marquinhos Santos se dá ao luxo de fazer substituições ao longo da partida dando a seus jogadores a chance de ganhar ritmo, fiel à curiosa tese de que o PSC segue em pré-temporada.

Tem sido assim, por exemplo, com Pedro Carmona, meia-armador que chegou para ser titular, mas que vem entrando aos poucos, a fim de adquirir melhor condicionamento. Ainda assim, sempre que foi lançado, Carmona mostrou serviço e acabou fazendo gols importantes.

Cassiano tem jogado como titular, mas não fica até o final. Isso não o impediu de também marcar gols e ganhar crédito junto à torcida. Moisés é outro que vem evoluindo a cada nova participação. Cáceres precisa ser menos tímido no meio, até para não ser atropelado por Danilo Pires, que exibiu um estilo mais compatível com as características gerais do time.

A situação anda tão tranquila e farta quanto a material humano que até Rodrigo Andrade (foto), que está de malas prontas para defender o Vitória (BA), voltou a ser relacionado no jogo contra o São Raimundo, anteontem. É peça tecnicamente importante no quadrado de meio-campo, podendo até ser relacionado para o Re-Pa.

Nas hostes azulinas, o retrospecto mais atribulado deixou o torcedor de orelha em pé, mas os primeiros minutos da partida contra o Águia reabriram esperanças. O problema é que, na mesma noite, o time voltou a ser indolente e desarrumado, quase pondo a perder a boa atuação inicial.

Sem tantas opções disponíveis, Ney da Matta tem mais motivos para cercar de mistérios a definição do time para o clássico. É provável, porém, que insista com o losango experimentado diante do Águia, com Fernandes sendo o homem encarregado de trafegar com liberdade entre meio e ataque, auxiliando o meia Adenilson.

O ataque não deve fugir às escalações recentes, com Isac e Felipe Marques. Como é próprio da história do Re-Pa, surpresas podem vir a ocorrer do lado azulino, onde Da Matta precisará de muita criatividade e ousadia para fazer com que o time jogue no mesmo nível nos dois tempos.

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Clássico terá árbitro marcado por pênalti polêmico

A lembrança que se tem de Marcelo de Lima Henrique, o árbitro escolhido para dirigir o clássico de domingo, não é das mais recomendáveis. Dado a conversas prolongadas com os jogadores e pouco preciso nas interpretações de jogadas, o mediador carioca entrou para a história como o único que teve a pachorra de marcar um pênalti por agarra-agarra dentro da área. Ele despontou para o mundo por enxergar o lance faltoso, beneficiando os rubro-negros, no célebre clássico de 2008 entre Botafogo x Flamengo, válido pelo Campeonato Carioca.

Apesar de outros erros graves durante o jogo, a atuação de Lima Henrique ficou marcada pela controvertida decisão, apontando a marca da cal em marcação que acabou decidindo o título carioca daquele ano.  Curiosamente, ele não marcou mais nenhum agarrão dentro da grande área dos dois times após a polêmica penalidade.

Do mesmo modo, nunca mais marcou outro pênalti com base nesse singular critério, embora o tradicional empurra-empurra continue a acontecer livremente pelos campos do país.

É este árbitro que terá a missão de levar a cabo o Re-Pa de domingo, no Mangueirão. Vale dizer que Lima Henrique já apitou outros clássicos regionais, sem maiores problemas. Dirigiu o jogo de 2010, vencido pelos remistas por 2 a 1. Depois, em 2014, foi o árbitro do choque-rei que registrou vitória alviceleste por 2 a 1.

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A vida como ela é…

Pode ter sido um desses fenômenos típicos da internet ou algum truque desconhecido, o certo é que a venda de meias-entradas do Papão para o clássico se esgotaram em poucos minutos na internet, ontem, no começo da noite.

Mais de três mil pessoas acessaram o site oficial do clube ao mesmo tempo.

Hum hum…

(Coluna publicada no Bola desta sexta-feira)

17 comentários em “Clima de Re-Pa contagia a cidade

  1. O Remo precisa mais da vitória que o Paysandu. Os bicolores, sem dúvida, têm um time mais arrumado pro RE-PA. Mas sei que na hora certa o jogo de domingo vai pegar fogo e o Leão vai equilibrar as ações. Meu palpite é Leão 2×1 PaySudam.

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  2. Não há nada de “engraçado” um torcedor consciente, como é a maioria da torcida azulina, reconhecer a superioridade do adversário.

    De fato, a equipe do PSC está mais arrumada, como atesta a totalidade da mídia esportiva paraense.
    Ganhou o primeiro jogo em casa contra a equipe do Parauapebas com o placar mínimo, em que pese o adversário ter perdido um homem que fora excluído de jogo em jogada polêmica;
    Foi a Castanhal e aplicou uma goleada no time local, só levando dois quando as coisas já estavam acomodadas e a vitória garantida;
    No terceiro, jogando novamente em casa, fez dois a zero, apesar de um gol do adversário anulado. Esse gol, creio, não chegaria a ameaçar a equipe bicolor.

    Quanto ao Clube do Remo, no jogo de estreia contou com a boa sorte na primeira etapa, quando o Bragantino quase abre o placar. Na segunda etapa, contou com o cansaço e a limitação numérica do adversário;
    No segundo jogo, fez uma partida horrível e mereceu ser goleado pelo Independente por 2 a 0;
    Na terceira partida, em casa, fez um grande primeiro tempo, porém não conseguiu converter em gol tal superioridade técnica. Cansou o segundo tempo e permitiu ao Águia ameaçar o gol azulino, porém, apesar de um homem a menos com a irresponsável exclusão de Iuri, Jayme salvou a pátria azulina marcando um golaço, o segundo pois o primeiro foi uma pintura.

    De fato, o PSC está mais arrumado. Mas clássico é clássico e vice-versa.

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  3. “Nanico que se acha um gigante” ! Vocês torcedores do lião são engraçados… torcem por um clube à beira da falência, sem estádio pra jogar, dívidas trabalhistas a rodo, mas em uma discussão posam como se fossem torcedores do Bayern de Munique. O Paysandu, não é um gigante, ainda, mas caminha a passos largos para isso. E por falar em Sudam… onde anda um antigo presidente do lião, condenado pela Justiça Federal, por desvio de dinheiro público dos cofres da antiga ETFPA ?

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  4. Quando se trata de um RExPA, a eventual superioridade é meramente hipotética. Acredito que o Remo seja o “favorito”, por jogar em “seu” estádio, e estar mais acostumado a campos mix de várzea e areia….

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  5. Como alguém pode dizer que a torcida azulina nao é iludida? Foram 7 anos permutando entre serie d e sem divisão, poucos protestos nesta época, as vezes lotavam estádio para ver times medíocres, se isso não é ilusão não sei o que seria então… Isso sem falar que chamavam o Eduardo Ramos de mito.

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  6. Vai acontecer o mesmo para o quase falido antes do RE x PA !
    A Diretoria vai iludir os jogadores com adiantamento de salários, bicho, etc.. Para os patetas comerem grama no próximo Domingo..
    Porém, depois do jogo, nada !
    Mesmo se acontecer a zebra.. Eles ficarão novamente nas promessas ! Te dizer..

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  7. No próximo Domingo, a situação do Papão será como brigar com bêbedo..
    Se vencer, não fez mais que a obrigação de um time de série b, com um quase falido e de uma série inferior..
    Se perder, será vergonha..
    Te dizer..

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  8. Só vim lembrar os mucuréticos q a mucura sem vergonha contínua nosso eterno freguês e nossa eterna piada, se não gostou, fala 33 q passa kkkkkkkkkkkk

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