O passado é uma parada

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Fotos raras do antigo Grande Hotel, imponente monumento da arquitetura do começo do século passado erguido no centro de Belém, defronte da Praça da República e vizinho ao icônico Theatro da Paz. Fazia esplendorosa parelha com o túnel de mangueiras verdejantes da principal rua da cidade.

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Era ponto de encontro da alta sociedade local durante as eras douradas do período da borracha, atraindo artistas e intelectuais para o seu amplo corredor de mesas e cadeiras sobre a calçada da avenida que hoje se chama Presidente Vargas. Era um perfeito símbolo da Belém de estilo europeizado de então, com ruas bem delineadas e bondes elétricos percorrendo os bairros mais urbanizados.

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Demolido nos anos 70, em meio à especulação imobiliária que tomou conta da área mais nobre de Belém à época, deu lugar ao prédio atual, que já foi Hilton Belém e hoje atende pelo nome meio esquisitão de Princesa Louçã, sem ter nem um pingo do charme e da grandiosidade do hotel original.

4 comentários em “O passado é uma parada

  1. A MORTE DA INTELIGÊNCIA
    Conheci e entrei por alguns minutos no hall do imponente prédio. Impressionava pela suntuosidade, objeto para o qual fora construído. A maldade não está exatamente em que tenha sido demolido, nem que e seu lugar haja brotado um pé de JOIO e sim, em que o motivo disso tenha sido apenas a fogueira das vaidades farisaicas.
    Destrói-se o belo, apenas porque ele incomoda. E, para justificar a excrecência, faz-se erguer em seu lugar (para leiloar) um monstro sem identidade histórico-cultural.

  2. Não vi essa obra-prima da arquitetura. Quando cheguei à Belém, em 1978, ele já tinha sido demolido. Esse é e será o destino de muitos outros prédios históricos de Belém, vítimas da incúria, da ignorância e da ganância.

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