Tribuna do torcedor

DJeTnEPWAAAsq-7

POR JOSÉ MARCOS DE LIMA ARAÚJO – marcaoctb@hotmail.com

Não creio que algum torcedor do Paysandu, qualquer um, esteja se esforçando para ver o Clube cair. Como não acredito que algum diretor, nenhum mesmo, também estejam fazendo isso.

O afastamento da torcida dos estádio e as críticas desferidas tem outras causas. 

O torcedor sai de casa, em um transporte coletivo de condições sofríveis, lotado, sem conforto, paga seu ingresso e, às vezes, de um acompanhe, filho ou namorada ou quem seja, entra em um estádio onde não consegue o mínimo conforto, tem de assistir o jogo em pé, para presenciar um jogo onde vê seu Clube, sua paixão, sem qualidade técnica, sem demonstrar vontade de ganhar. 

E, pra completar, ainda temos de ver o Paysandu se sujeitar ao horário insano para o futebol, determinado pela Emissora que detém os direitos de transmissão, iniciando as 21:30 e encerrando às 23:30, o que leva a que o torcedor chegue em casa após a meia noite, com toda a insegurança pública em nossa cidade.

Um rosário de sofrimentos e situações inconvenientes, que vem se repetindo na competição nacional nos últimos 3 a 4 anos.

O torcedor está chateado, sofrido, mas não quer dizer que ele passe a torcer pela queda do seu Paysandu. Mas, se afasta para evitar ficar ainda mais irritado e triste. 

Assim como não existe um dirigente , qualquer um, incluindo ex-dirigentes do Paysandu, que estejam torcendo para isso. 

O que existe é a prevalência de uma direção do Clube que age, ou vem agindo, com extremo amadorismo na gestão do futebol e com esmero profissional na gestão administrativa do Papão.

É inegável os avanços do Clube no aspecto administrativo, a valorização de nossa marca, a estabilidade das contas. 

Mas, no futebol é um “Deus nos acuda”.

Por exemplo, afastam um dos melhores atacantes da equipe porque o “Cara” não é lá essas coisas de ajuizado. 

O Leandro Carvalho era um de nossos melhores jogadores, mas não era muito “obediente”, preferia um barzinho em vez de ir às missas ou ao culto nas horas vagas. Ora bolas, se fosse esse o critério nunca jogariam no Papão o Serginho Chulapa, o Afonsinho, o Paulo Cezar Caju e até o Garrincha, só pra citar alguns.

O amadorismo se traduz na teimosia de não aceitar as críticas da torcida que, nos últimos anos vem pedindo (implorando) por um bom meia armador (camisa 10), de um efetivo matador goleador. A torcida pede também que o Clube estanque a saída dos jogadores que “dão certo”. 

Mas, se vê, só a chegada de atacantes “cones” e profusão de volantes (sem qualidade), aliado a saída de Tiago Martins, Thiago Luiz, Charles (cabelo de fogo), Fernando Gabriel entre outros. Para contratarmos o que precisamos é uma dificuldade mas, para nossos “valores” que “cresceram” ou apareceram para o futebol, jogando no Paysandu, é a maior facilidade.

A mesma diretoria que gera o crescimento do Paysandu administrativamente, deixa a desejar no futebol ao não contratar as peças necessárias à melhora do Clube. 

Não consegue repetir a velha fórmula da construção de equipes vitoriosas: manutenção das boas peças, completar com jogadores da base e jogadores que se destacaram em equipes locais e ir contratando poucos, mas comprovados jogadores de qualidade como reforços. Devagar, ano a ano, se monta uma equipe vencedora. Mas, uma atitude amadorística, leva a seguir empresários que querem empurrar seus bondes, seus cones, com o único objetivo de lucro. 

O resultado disso é, ano a ano, é o sofrimento da torcida; a chegada e saída de dúzias e dúzias de jogadores. No meio desses até vem e vão alguns bons jogadores, que no meio de tantos perebas e “preferidos” de empresários, assessores, acabam não conseguindo mostrar seu futebol. 

E a torcida vai desistindo de acompanhar o time no estádio, vai indo para à televisão, para o tadinho. 

Aí mora o perigo, do torcedor se desacostumar de ir na Curuzu ou Mangueirão, de vibrar com suas cores, aí não adianta administração correta e contas pagas, o resultado tende a ser desastroso.

Um forte abraço,

Marcão 

2 comentários em “Tribuna do torcedor

  1. Fazendo uma síntese do que escreveu este torcedor, a gente percebe pelas palavras dele e de muitos outros o gigantesco valor que se dá aos resultados dentro de campo imediatistas num time de futebol. Isto pode interferir a de forma muito negativa num projeto futuro de tornar o Paysandu numa grande força nacional e até internacional. Aliais que falando em força li uma entrevista que a marca Lobo criada e posta em prática de forma inédita pelo Paysandu está se expandindo muito e já está, segundo a reportagem, entre as 100 no mundo, mesmo com essa campanha sofrida atualmente. Agora imaginem o crescimento se o time estivesse lutando lado a lado com os times de ponta com chances de acesso desde quando a marca foi fundada em 2016? Isto, se muita gente se der conta, é um crescimento estupendo do clube em termos de marketing nacional e inter , e a descoberta de uma mina de ouro pela diretoria. Mas como toda mina de ouro só trará riqueza se bem explorada, a descoberta da marca Paysandu como força nacional e inter só terá continuidade pelo menos em ritmo acelerado se for explorada. E uma ferramenta de exploração forte é o futebol do clube ir muito bem obrigado nas competições que disputa. Não era para ser assim, mas por aqui se dão valor excessivo a resultados imediatos no futebol e se não ocorrer a “”” organização e administração correta adianta nada ou não presta “””” como escreveu o torcedor no último parágrafo. Eu não vejo assim. Ficarei muito chateado se o Papão cair, mas não acho que deveria ser obstáculo para atrapalhar projeto grandioso que já começou. Por isso falei que esses caras tem de se vestir de macho e tirar o quanto antes o clube desse perigo de queda. Pois num caso de descenso poderia prejudicar e desestabilizar a marca, a administração e muita coisa que o clube está conseguindo conquistar como muita dedicação de alguns dirigentes.

    Curtir

  2. O Grande problema dos clubes do Pará são as suas gestões amadoras que permeiam o nosso futebol, se não vejamos no Paysandu a diretoria preferiu dispensar o meia atacante Thiago Luis pois o mesmo pediu um valor de salario segundo a mesma,incompatível com a realidade de clubes do norte do pais valor este que segundo a imprensa local que também achou um exagero chegava próximo a R$ 120.000,00 por mês, pois bem não foi renovado o contrato do mesmo, e os grandes gestores trouxeram para substitui-lo não me lembro ao todo quantos se esquecer algum me desculpe: Daniel Sobralento, Fabio Matos, Rodrigo,Juninho,só para citar alguns, agora a grande pergunta sera que o valor pago a estes pseudos meia atacantes é inferior a o valor que o Thiago luis pediu, sera que todos eles juntos recebem menos de 120.000,00, por saber o custo beneficio é que remo e paysandu estão nesta penumbra futebolistica.

    Curtir

Deixe uma resposta