Vitória para lavar a alma

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POR GERSON NOGUEIRA

Em jogo de superação, o Papão conseguiu se reabilitar do insucesso em casa na rodada passada e arrancou uma vitória importante dentro da Arena Pernambuco. Fez isso jogando bem e de maneira determinada. Depois de sofrer um gol em penalidade discutível, o Papão conseguiu se equilibrar e terminou por virar o placar, comemorando sua sexta vitória na Série B e afastando-se da zona de rebaixamento.

O primeiro tempo foi parelho, com o Papão tendo até mais desenvoltura que o Santa Cruz, que abusava de erros nos passes e criava poucas situações perigosas no ataque. Com Bergson mais dinâmico do que nos últimos jogos, o time saía bem de seu campo e ameaçava sempre que as jogadas eram bem organizadas no meio.

Apesar de jogar em casa, o Santa Cruz mostrava-se pouco à vontade, talvez pelo último resultado (chinelada de 4 a 0 frente ao Paraná Clube) ou pelos problemas extracampo, principalmente o atraso de salários.

Com jogadores excessivamente lentos pelos lados, o time treinado por Givanildo Oliveira custou a sair do marasmo para tentar agredir o Papão. Quando resolveu se mexer, buscou o caminho mais previsível: cruzamentos sobre a área, sem causar maiores danos.

Do lado alviceleste, o time organizava bem a transição e os pequenos erros se concentravam no individualismo de Magno e nas dificuldades para encaixar jogadas de profundidade que conseguissem envolver a defensiva pernambucana. Apesar disso, o time demonstrou uma doação acima da média. Determinado, não se deteve nem mesmo quando o Santa Cruz ameaçava partir para sufocar.

A produção continuou em alta até quando o árbitro assinalou penal em bola que resvalou no braço de Peri. Os critérios da arbitragem têm levado a uma confusão na análise de lances de bola na mão, avaliados como movimento de intencional por parte do defensor. Não foi o caso, mas a penalidade foi marcada e o Santa Cruz – sem merecer – abriu o placar.

Logo no começo da etapa final, Ayrton teve participação destacada no processo de construção da vitória. Primeiro, na cobrança perfeita de falta que garantiu o empate ao Papão. Depois, ao lançar Magno e provocar a expulsão do goleiro Júlio César, que atingiu violentamente o atacante. Duas tacadas que deixaram o Santa Cruz grogue e sem rumo na partida.

Bergson teve bom rendimento no 1º tempo, sempre superior a Anselmo, seu companheiro de ofensiva. Felizmente, para o Papão, a estrela do centroavante só foi brilhar no final, por ocasião do caprichado lance que levou ao triunfo. Anselmo foi à linha de fundo, levantou a cabeça e teve tranquilidade para fazer uma assistência perfeita, encontrando Bergson chegando livre para a finalização certeira.

Cabe registrar que Bergson abriu e finalizou a manobra, desnorteando a marcação adversária com duas fintas rápidas e uma bola enfiada na medida para a progressão de Anselmo. Em seguida, já dentro da área, postou-se em condições de receber a devolução e bater para as redes. Uma pintura de jogada, que lustra ainda mais a importante vitória de virada e carimba uma das melhores apresentações do Papão no campeonato.

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Leão traz ponto precioso e mostra evolução

O empate obtido pelo Remo na Arena Pantanal, segunda-feira à noite, foi duplamente importante: garantiu permanência no G4 e mostrou progressos da equipe tanto no aspecto tático quanto no técnico. Apesar da repetição de problemas pontuais, principalmente na lateral-esquerda, a apresentação remista foi a melhor sob o comando de Léo Goiano.

Pimentinha, sempre lançado por Eduardo Ramos, perdeu três boas chances e sofreu um penal aos 4 minutos do segundo tempo, ignorado pelo árbitro paulista Rodrigo Guarizo. Antes, ainda na fase inicial, França cruzou uma bola da direita que quase enganou o goleiro Henal.

A defesa teve comportamento exemplar, com destaque para Bruno Costa e alguns milagres operados por Vinícius, principalmente no último grande lance da partida. Defendeu em cima da linha um chute cruzado de Bruno Sávio. Antes, já havia sido preciso em cabeceio do atacante Elias.

Com um pouco mais de velocidade e apuro nos contragolpes, o Remo poderia ter superado o Cuiabá, cuja zaga exagerava nas faltas violentas e se posicionava sempre em linha.

Quando fez as mexidas no time, a 15 minutos do fim, Léo Goiano não foi feliz. Lançou Flamel para aumentar o poder de fogo na aproximação entre meio e ataque, mas o resultado foi frustrante. Na única boa participação no jogo, Flamel recebeu um rebote à entrada da área, porém o chute saiu torto.

Na outra aposta, a frustração foi ainda maior. Edgar substituiu a Luiz Eduardo, mas se isolou no lado esquerdo e mal tocou na bola. Mostrou a mesma displicência exibida na partida contra o Fortaleza, aparentemente insatisfeito com a reserva.

O aspecto mais positivo da atuação do Remo foi a redução da distância entre defesa, meio-campo e ataque. Ainda não se viu a compactação plena, resultante de treinos e maior entrosamento, mas o time já não exibiu tantos espaços vazios.

(Coluna publicada no Bola desta quarta-feira, 02)

14 comentários em “Vitória para lavar a alma

  1. Amigos,

    O PSC está com 23 pontos, mas poderia estar com mais de não fosse a excessiva irregularidade do time no primeiro turno.

    Parece-me fato que resultados de empate contra o Luverdense, quando o time ganhava até os 45 do segundo tempo, e derrotas para o Londrina e Ceará, que poderiam muito bem ter sido empates, geram efeitos na tabela.

    Caso tivesse ganhado Luverdense e empatado com Ceará e Londrina, o PSC estaria hoje com 27 pontos e na oitava posição da tabela, mas não esta e não há o que reclamar…

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  2. Espero que o Marquinho Santos reveja esse famigerado esquema (4-3-3) e monte a onzena bicolor com 4 jogadores no meio campo. Pela falta de um armador de qualidade, seria mais prudente jogar com dois volantes marcadores, Carandina e Renato Augusto, Rodrigo Andrade marcando e com liberdade para chegar ao ataque e Rodrigo na armação. Imagino que com essa formação no meio campo, teríamos um time jogando mais compacto e os atacantes não ficariam tão isolados lá na frente.

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  3. Pela regra o penal não existiu. O comentarista da emissora foi feliz em sua análise e retratou bem o lance, pela regra do futebol quando você está subindo no ar e de costas você não consegue evitar os braços em movimento, ou seja não está vendo a trajetória da bola. O árbitro foi caseiro , e depois teve um penal claro no garoto Fábio quase no fim de jogo, que ele não marcou, quase que ele complica o jogo no final.

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  4. O Edson do Leão se ferrou kkkkk
    Falou na segunda q o Papão ia entrar na zona de rebaixamento e no início da transmissão de ontem até perguntou pelos comentaristas do Papão tirando a maior onda e depois ainda comemorou o gol do Santa. Mas o castigo do secador veio a cavalo kkkkk Se ferrou kkkkk

    Edson continue assistindo o Papão você virou o talismã para vitórias bicolores kkkkk

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  5. Pra um time totalmente mudado durante a competição, inclusive no comando técnico, até que não tá tão ruim o rendimento. Tem que treinar um jeito de abrir retrancas.

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  6. É por isso, amigo Peixoto.. Que deixei de frequentar esse espaço ! Que maneira chula, que o torcedor do nosso rival se expressa.. E por vários vezes, meus comentários coerentes foram bloqueados ! Fica o registro para o administrador..

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  7. Sempre frequento o blog, leio praticamente todos os post’s. Mas deixei de comentar. De cada 100 comentarios q eu fazia 1 era postado. Nunca entendi o pq.

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