POR GERSON NOGUEIRA
O Papão passa por um processo de reoxigenação de seu grupo de jogadores. A expressão não é minha, foi dita ontem pelo próprio técnico Dado Cavalcanti. Segundo ele, a chegada de reforços significa um saudável elemento renovador, agregando qualidade e estabelecendo desafios positivos para os atletas que já estavam no elenco por ocasião das duas conquistas do semestre – Campeonato Paraense e Copa Verde.
Dado, articulado como sempre, deixou claro que irá estabelecer um amplo rodízio de peças até achar a formação ideal. Falhas verificadas nos três jogos recentes (derrotas para o Gama-DF e Operário-PR e empate com o Ceará) devem ser imediatamente combatidas e as substituições indicam isso.
A zaga, por exemplo, setor muito criticado ao longo desse curto jejum, terá hoje a dupla Gualberto e Pablo. O zagueiro paraense ainda contabiliza os frutos da excelente participação na reta final da Série B do ano passado.
As mudanças tendem a ser mais frequentes no meio-campo e ataque. A cobertura da zaga segue sob a responsabilidade direta de Ricardo Capanema e Augusto Recife. A criação tem em Rafael Costa sua cabeça pensante. O armador, com o bom desempenho na estreia diante do Ceará, carimbou a titularidade.
Para receber o Oeste-SP, Dado arma o time com a presença de Celsinho ao lado de Costa. A dupla deve dar fluidez ofensiva ao time, com a possibilidade de revezamento dos dois meias em relação às jogadas de ataque. Celsinho, destaque do time no Parazão, representa também um importante (e decisivo) trunfo nas bolas paradas.
Alexandro e Leandro Cearense serão os homens de frente, atuando juntos pela primeira vez e com a responsabilidade de vencer a resistência do esquema defensivo montado por Fernando Diniz, técnico vice-campeão paulista com o Audax que mudou de armas e bagagens para o Oeste, levando com ele um grupo de atletas de seu antigo clube.
Em relação a esse Oeste com jeito de Audax, o técnico do Papão não economizou palavras de cautela, principalmente pela presença do surpreendente Diniz, que encantou a todos com a campanha do Audax no Paulistão. Mesmo sem ter tido muito tempo para montar o Oeste, merece respeito pelo currículo recente.
De toda sorte, perante sua apaixonada torcida, ainda em festa pelas conquistas recentes, o Papão tem condições de fazer uma estreia de verdade na competição, impondo-se ao visitante, por mais audacioso que este venha a ser.
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Leão tenta afastar o fantasma do Pantanal
Ao anunciar Edno como reforço, a diretoria do Remo cumpre a promessa feita ao técnico Marcelo Veiga e à torcida de reforçar o ataque para a Série C. A vinda do atacante é de longe a notícia de maior impacto entre as aquisições azulinas para a competição nacional, mesmo que venha carregada por um certo grau de desconfiança em virtude de experiências desastrosas no passado recente – Leandrão, Zé Soares e Flávio Caça-Rato.
Edno não joga na estreia remista na Série C, mas o anúncio de sua chegada já empolgou a torcida e deve acrescentar motivação ao grupo de jogadores que encara o Cuiabá hoje à noite.
No time escalado para o jogo, várias alterações em relação ao que o Remo apresentou no Parazão e Copa Verde. Estreiam Brinner, Schmoller, Allan Dias e Fernandinho. A maneira de atuar deve seguir a filosofia de Veiga, um técnico adepto da marcação forte e da compactação entre setores. Allan Dias deve ser um falso atacante, mas Eduardo Ramos também pode exercer esse papel.
O adversário ainda carece de maior entrosamento, mas é dirigido por Flávio Araújo, treinador de currículo respeitável que só não triunfou no Remo.
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Federação nega pendências com o INSS
O vice-presidente da Federação Paraense de Futebol, Maurício Bororó, informa que não há fundamento nas especulações sobre recolhimento de INSS sobre jogos oficiais realizados no Estado. Em 2014, a entidade recolheu cerca de R$ 93 mil correspondentes a jogos válidos pelo certame estadual e demais torneios, estando inteiramente regular perante o Estatuto do Torcedor e a legislação vigente.
Quanto ao ano passado, seguro Bororó, os recolhimentos referentes ao Parazão estão em ordem, restando a pendência quanto aos jogos de competições nacionais. Nesta temporada, o recolhimento vem sendo feito normalmente, de acordo com o término das competições.
(Coluna publicada no Bola deste sábado, 21)
Com uma semana à frente do Oeste/Audax, e apenas três remanescentes do desmontado elenco do vice campeão paulista, desconfio que fica muito difícil, às 4 da tarde em Belém, Fernando Diniz botar pra funcionar o tic tac tão reverenciado ultimamente
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“Edno não joga na estreia remista na Série B”, uma pequena correção, a série é a série C.
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Quanto ao Paysandú um jogo complicado, mas onde o time tem que fazer valer o fator casa e se impor desde o começo.
Agora um pedido ao time do Dado: ” pelo amor dos meus filhinhos, se o Paysandú fizer 1 x 0, não fiquem apenas tocando a bola para os lados do campo sem objetividade nenhuma que é muito irritante para a torcida e demais torcedores, joguem o tempo todo com respeito ao adversário e ampliem o placar, procurem jogar para vencer e não se acomodar com 1 x 0 achando que a fatura está liquidada.
Será que ainda não aprenderam a lição. Os dois jogos que o Paysandú perdeu tanto contra o Gama como contra o Operário foi tudo fruto de uma equipe descompromissada com a partida por se achar o “Barcelona” do Norte, o Paysandú tem que ser competitivo e justificar isto dentro de campo com vitórias convincentes sem expor o coração do torcedor ao sacrifício.
Mais um vez: “Pelo amor de Deus, joguem com afinco e determinação até o trilar do apito da arbitragem encerrando a partida. Parem de tocar bolas à toa e colocando em risco a defesa, pois toques demasiados sem objetividade se transformam em bolas perdidas e oportunidades claras de gol a favor do adversário!”
Está dado para o Dado o meu recado, e acredito ser o mesmo de muitos torcedores do Paysandú.
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Quanto ao rival desejo sorte na sua estreia na série C.
Como falei antes a nossa rivalidade é dentro do estado, por enquanto.
Será uma competição como sabemos em que o time tem 20 partidas para decidir o seu destino, ou 18 se não passar para o mata-mata.
Boa sorte ao Filho da Glória e do Triunfo!
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Enquanto for permitido essas permutas entre clubes, de modo especial em Sampa, o futebol brasileiro permanecerá no limbo do futebol mundial.
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