“Nós éramos ruins com sorte. Os outros eram bons com azar (risos). Aquela seleção tinha uma cobrança de 40 anos sem ganhar uma Copa América (time de 1989), 24 anos sem ganhar a Copa do Mundo. Tudo que fazia era de ruim. Até acho que sou afrodescendente, de tanto que apanhei. Os caras olham e batem. Mesmo quando ganha, não vai satisfazer a todos. Mas é uma alegria, um orgulho defender o nosso país”.
A frase acima, proferida por Dunga durante entrevista coletiva na sexta-feira, em Concepción, gerou um incidente que obrigou a CBF a pedir publicamente desculpas aos afrodescendentes em nota divulgada neste sábado.
Particularmente não gosto do Dunga, mas para mim, a frase dita por ele, até onde minha inteligência alcança, em nenhum momento depreciou os negros ou afrodescendentes, pelo contrário, apenas confirma que o que todos sabem, que os afrodescentes sofrem ou sofreram mais que os brancos, caso contrário, por exemplo, não se legitimaria as acoes afirmativas em favor dos negros.
Pensa num cara que tem nojo de racismo? Eu!!!
Mas tem certas coisas que já é muita frescurite.
Quem não viu e está revendo a novela Pedra sobre pedra no Viva, deve pensar como a dona Gioconda não foi presa ainda.
Frase muito infeliz. Mas, num país que precisou de uma princesa Izabel, precisa de uma lei que puna o preconceito de cor, e uma lei de cotas, parece que o que ele disse não está muito longe da realidade. Ou será que afrodescendente não apanhou e não apanha ainda muito no Brasil?
A frase em si nada diz e está longe de evidenciar preconceito ou qualquer ato de ofensa.
Mas a vigilância do politicamente correto (os grupos engessados em discursos) não permite absolutamente mais nada… Infelizmente copiamos de estadunidense e europeus o pior de cada um (colônia?)
Agora, a fala de Dunga é muito infeliz em termos de futebol. Se ele apanha é por que o brasileiro espera mais da amarelinha do que apenas chutões.
Macaé 3 x 0 Botafogo
Estou vendo o Grêmio, mas, diante da notícia, vou voltar a ver a Rede TV. Valeu, Celira. Quanto à frase, às vezes o politicamente correto enche o saco.
Gerais impressionante a ruindade dessa selecinha., Pois apanhar do Paraguai e jogando nada, é brincadeira…Também esperar o que de uma seleção que tem…Eduardo Silva., Fernandinho, Everton não sei das quantas no meio de campo…Esperar o que?
Parece que o fato de jogar em times europeus de segundo escalão virou salvo conduto para ser escalado…Vide todas essas ruindade do Shaktar que fazem o meio de campo do Brasil…
Uma pena e triste,mas a situação é essa…E não vejo solução a vista…
Gerson É impressionante a ruindade dessa selecinha., Pois apanhar do Paraguai e jogando nada, é brincadeira…Também esperar o que de uma seleção que tem…Eduardo Silva., Fernandinho, Everton não sei das quantas no meio de campo…Esperar o que?
Parece que o fato de jogar em times europeus de segundo escalão virou salvo conduto para ser escalado…Vide todas essas ruindade do Shaktar que fazem o meio de campo do Brasil…
Uma pena e triste,mas a situação é essa…E não vejo solução a vista…
Há. ..e esse Firmino deve ter um bom empresário,pois consegui empurrar essa ruindade por cento e vinte milhões! !! Putz
Próxima passo da seleção comandada por Dunga: não se classificar à Copa do Mundo, na Rússia.
Existe cada comentário. O brasileiro é pródigo em se manifestar diante das desastrosas situações em nosso País ou de nossos patrícios. Vejam essa que recebi de um colega de grupo no whatsapp:
“Dunga é um visionário. Nos livrou de um 7X1 argentino.Obrigado Dunga!”. Mesmo que possa ser ironia, vale a criatividade
E houve quem dissesse:
“7X1 para Alemanha foi barato porque eles respeitaram o nome. Mas, a Argentina meteria 10X1”.
Coisas para levar a pensar!
Eu disse há poucos dias. Com Neymar, a seleção brasileira é no máximo uma Colômbia. Sem Neymar, no máximo um Paraguai. Deu no que deu. Mais uma apresentação sem inspiração. Mais um vexame para a coleção da decadente história recente dessa seleção que há muito já não nos encanta.
O que esperar?
Minha memória não é das melhores. Mas a última seleção brasileira que me encantou, de verdade, sem forçar a barra, foi a de 1982, com direção de Telê Santana. Nem para aquela outra com Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo, nem a de Felipão com Romário e Bebeto, ambas vitoriosas em Mundiais, eu tiraria meu chapéu. Venceram sim. Mas, na minha opinião, sem nenhum brilho. Vão me dizer: “A seleção de Telê não ganhou nada!” Mentira. Ganhou nosso respeito. E pelo menos o meu coração.
A melhor Seleção Brasileira que vi jogar foi a de 1970. Nunca mais teremos outro Pelé. Nunca mais outro Gérson (não defendendo a seleção!), nunca mais um Tostão e sua genialidade. E, sabem por que? Simples. O futebol brasileiro tenta, técnica e taticamente, desesperadamente copiar outras escolas. Agora precisamos do futebol operário, de força física e velocidade. “Tique-taca”, “toco e me voy”, “futebol solidário”, jogador poli-funcional e sei lá mais que diabos que inventam todos os dias. Aqui, nunca vai dar certo.
Nós perdemos a nossa essência. Perdemos a jinga de Garrincha, a malícia de Pelé, a elegência de Gérson, a verticalização de Jair.
Ontem vi os jogadores do Paraguai com sangue nos olhos, comendo a grama, disputando cada palmo do campo, com ares de final de campeonato mundial. E os jogadores brasileiros desfilando em campo como se pudessem decidir a partida a qualquer momento. Uma lástima. Fiquei envergonhado. Não pelo resultado, que já não é novidade. Mas pela postura. Acabado os 90 minutos, juro, torci para que o Paraguai passasse!
Na verdade, nunca tivemos uma seleção com a gana latina. Uma pena. Mesmo a seleção de 1970, ou a de 1982. Eram grandes times, com craques acima do normal, marcianos em campo, gente de outro planeta. Mas nunca houve a garra latina. Até porque, sempre fomos superiores tecnicamente, e eram os adversários latinos que precisavam equilibrar a balança com muita gana. Somente a Argentina e eventualmente o Uruguai, ambos campeões mundiais, impunham um certo respeito diante da camisa canarinho. Agora somos fregueses de Colômbia, Paraguai. Nos arrepiamos contra a Venezuela! Isso para não citar a Alemanha…
Pois bem. Encaremos a realidade.
Temos um futebol medíocre dentro do Brasil. Os jogos são chatos e o Campeonato Brasileiro não empolga em nenhum momento. Continuamos trocando técnicos nos clubes como quem troca de sapatos. Compramos um novo e de repente nos damos conta que gostamos daquele velhinho escondido no fundo da sapateira. Somos uma piada. De mal gosto.
Qual a solução?
Para vencer um campeonato importante, eu não faço ideia. Estamos longe demais desse sonho.
Mas sei o que não dá certo.
Dunga nunca dará certo. CBF é uma afronta moral, ética, organizacional e institucional. Os grandes clubes são antros de negociatas escusas. Nossos dirigentes, de maneira geral, são – salvo raras exceções (e precisamos escarafunchar muito para encontrá-las!) – amadores, na melhor das hipóteses. E mal intencionados, para se dizer o mínimo. As torcidas organizadas, de maneira geral, tornaram-se esconderijo de bandidos financiados pelos próprios clubes. Nós, jornalistas, somos, muitas das vezes, deveras coniventes com toda essa situação malcheirosa. Como pode alguma coisa dar certo diante desse deprimente panorama?
Some-se a isso uma geração sem craques. Neymar é a única joia rara, e nem sempre confiável, como todo craque. E eu continuo apostando em Ganso, o mais próximo que podemos chegar de Gerson, mas que jamais terá lugar nesse chato futebol solidário.
Minha previsão é:
Dunca cai antes das eliminatórias. Mas isso não muda absolutamente nada. Podem colocar quem quiser no comando. Nosso futebol corre o real risco de ficar fora do próximo Mundial. E isso seria o que de melhor poderia acontecer neste momento. Pelo menos deixaríamos de arrotar o resto de arrogância que – por incrível que possa parecer – ainda existe aqui e ali.
A que ponto chegamos! Mas, não nos enganemos. Ainda pode piorar muito.
Tirado da Internet…Excelente comentários.
Quem é o autor do comentário, amigo Juca? Dê crédito ao cidadão, pois fez uma radiografia quase perfeita da situação.
Nelson Ribeiro comentarista,direto de campinas…Para o futebol do interior…
Esse cara aí Gerson, perfeita análise da situação toda.
De fato, observações precisas e certeiras. Muito bom.
Concordo em 90% com as análises do comentarista Nelson Ribeiro. Não concordo quando ele diz que nos limitamos a copiar o estilo de jogo de outras escolas de futebol e que Ganso não tem espaço na Canarinho por não se enquadrar nas exigências do escrete nacional. Vamos por partes. Se apenas copiássemos o que se faz nos grandes centros (excetuando Itália e Portugal), jogaríamos um futebol altamente competitivo e minimamente vistoso é bem jogado. Copiamos o que a Europa faz? Sim, no entanto não o que ela faz, mas o que ela fazia há pelo menos 30 anos: futebol força e de contra-ataques, chuveirinhos na área, sistema defensivo com três zagueiros/líbero, laterais ocupando o espaço dos pontas e sistemas defensivos intransponíveis na melhor tradição do catenaccio (que espraiou-se como um vírus pelo velho mundo após o sucesso italiano em 82 e que por aqui já cultivava defensores ardorosos como Lazaroni e os técnicos da escola gaúcha, estes quase sempre refratários ao futebol ofensivo e bem jogado). Como treinar prata defender é menos trabalhoso do que ensinar a atacar e dava os resultados tão esperados (2 Copas Mundiais e um vice em 98, inúmeras Copas Américas e Copas das Confederações além de classificações sem sustos nas eliminatórias), deitou-se em berço esplêndido amparado ainda no esteio no qual se tornaram os craques e grandes jogadores formados a cada geração (Romário, Bebeto, Rivaldo, Ronaldo, Ronaldinho, Alex, Juninho Paulista, Juninho Pernambucano, Müller etc). Mesmo com jogadores fora-de-série, de 90 em diante o esquema da Seleção sempre foi o mesmo no cômputo geral (defesa, contra-ataque e bola para “os caras” resolverem a parada). Por isso quase perdemos em 94 e levamos sova em 98: bastava marcar ferozmente “os caras”. Não havia plano alternativo para furar defesas. Havíamos copiado o que de pior existia no futebol mundial. E continuamos nessa, renegando nossas raízes, jogando com um pouco mais de velocidade e apostando tudo no “man of the match”. Os europeus seguiram caminho contrário: ainda praticam um futebol físico mas perceberam que a fórmula bate-estaca pura e simples não dava mais resultado. Aliás, o resultado é consequência, não o princípio de tudo. O intercâmbio com latinos e africanos, até então mais técnicos e oriundos de escolas mais afeitas à busca pelo gol tornou emergente a apreciação de novos conceitos aliados a outros não tão novos assim (como o futebol total holandês e a velha e refinada escola ofensiva brasileira negligenciada pelos próprios brasileiros). Quanto ao segundo ponto de minha discordância, se Ganso é esperança… valha-nos quem?
Cientistas isolaram a virose que afetou a preguiçosa seleção brasileira: “DUNGOSE”…!!!