A Portuguesa decidiu jogar às 19h30 desta sexta-feira, contra o Joinville, na primeira rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, apesar de liminar que recolocou o time na primeira divisão, mas a Justiça obrigou que a equipe paulista saísse de campo e encerrou a partida em Santa Catarina aos 15 minutos de jogo. Um oficial de Justiça entregou documentos do Tribunal de São Paulo ao delegado da partida enquanto a bola rolava. Lidos os papéis, decidiu-se que era necessário interromper o duelo.
“Não foi cassada a liminar. A Portuguesa quer que pare o jogo. O filho do presidente da Portuguesa trouxe aqui – os documentos – e disse que tem que parar o jogo”, disse o delegado do jogo, Laudir Zermiani. mediatamente, o técnico Argel ordenou que seus atletas partissem para o vestiário, enquanto o time do Joinville continuou no gramado. Incrédulos, os torcedores também não deixaram as arquibancadas.
Minutos depois, Zermiani tentou fazer com que a Lusa voltasse ao confronto. “Foi comunicado para a Portuguesa voltar pro jogo. O presidente da CBF – Marco Polo Del Nero – disse que não acata a liminar.” Como o delegado não teve sucesso em seu pedido, o jogo foi encerrado.
À ESPN Brasil, Orlando Cordeiro, responsável por coordenar as ações judiciais da Lusa até então, declarou que deixou o cargo de vice-presidente jurídico do clube e afirmou: “Quanto à interrupção da partida não posso dizer nada porque não sei quem foi cumprir essa liminar lá. O que eu recomendei à diretoria e ao presidente – da Lusa, Ilídio Lico – é que com a liminar e com vigor e eficácia a Portuguesa não entrasse em campo e não jogasse, cumprisse a determinação judicial.”
Uma liminar movida por ação popular na 3ª Vara Cível da Penha, São Paulo, em 10 de abril, recolocou a Portuguesa na Série A do Campeonato Brasileira e reabriu a guerra judicial entre o clube e a CBF. A Lusa pediu nessa quinta que a CBF reagendasse o confronto, mas não obteve resposta. Em sua decisão liminar, a juíza Adaisa Bernardi Isaac Halpern apontou que a CBF violou os artigos 35, parágrafo 2º, e 36 do Estatuto do Torcedor, ao não divulgar em meio eletrônico a punição de dois jogos de suspensão ao meia Héverton do time paulista, decidida pela Justiça Desportiva.
A Portuguesa foi rebaixada à segunda divisão ao perder quatro pontos por ter escalado Héverton de forma irregular na última rodada da Série A de 2013, em 8 de dezembro, contra o Grêmio, no Canindé. O meia, a princípio, só havia pegado gancho de um jogo. A Lusa alega não ter sido notificada sobre o resultado do julgamento. Com a mudança, o Fluminense acabou sendo mantido na primeira divisão. (Com informações da ESPN e Gazeta Esportiva)