Abre o olho, Benazzi!

Por Gerson Nogueira

O Paissandu segue na balada de sempre. Ou seja, devagar quase parando. Ainda sem a influência prática do novo comandante, no sábado à noite os pouco mais de 4 mil espectadores pagaram para ver na Curuzu um arremedo de time. Nada que surpreendesse, pois tem sido esse o prato servido à torcida ao longo desta Série B.

Contra um adversário pouco mais que esforçado e visivelmente armado para buscar o empate, o Papão desperdiçou outra vez a oportunidade de se safar da zona do rebaixamento e iniciar uma sequência vitoriosa. O jogo era previsivelmente para ser decidido pela força dos ataques. Quem tivesse mais poderio ofensivo, levaria a melhor.

GERSON_23-09-2013Nenhum dos lados pareceu a fim de demonstrar isso, por acomodação ou impotência, embora no primeiro tempo o Atlético tenha obrigado Paulo Rafael a três importantes intervenções.

Do lado alviceleste, Marcelo Nicácio até que tentou correr um pouco mais do que habitualmente faz, porém em ritmo e intensidade insuficientes para superar a barreira defensiva goiana. Aleilson, saudado por mim e tanta gente como esperança de redenção para o ataque bicolor, está cada vez mais se afundando na mesmice, contaminado por este vírus que assola o elenco bicolor: a apatia. Deu um chute a gol num lance rápido na etapa final.

Some-se a isso o crônico problema de condicionamento físico. A equipe só tem gás para 30 minutos, e olhe lá. Aguenta bem os primeiros movimentos, até dá a falsa impressão de que vai imprimir um ritmo vertiginoso, mas aos poucos se impõe a dura realidade e o time simplesmente freia, estanca.

Nem escanteios ou faltas às proximidades da área são explorados com o mínimo de apuro que só treinos intensos permitem adquirir. Como Eduardo Ramos não estava em campo, a ligação entre meio e ataque ficou prejudicada. Pior ainda: a equipe ficou sem o seu único jogador que arrisca chutes de média e longa distância.

Concentrei minhas observações na inoperância do ataque, mas é preciso observar também que a defesa não prima pela excelência. Pablo, que tinha jogado muito bem diante do Ceará, reapareceu na zaga e mostrou o futebol que o relegou ao banco de reservas durante tanto tempo. Falhou em vários momentos e deu sustos seguidos no torcedor.

Apesar de todas as limitações individuais e da desarrumação coletiva do time, os deuses do futebol ainda tentaram ajudar. Com Djalma e Héliton em campo, no segundo tempo, o Paissandu foi mais ousado e chegou a sufocar o adversário. Iarley e Djalma ainda perderam boas chances

Benazzi, que botou a mão na massa e orientou alguns jogadores à beira do campo, deve ter sentido o drama. Técnico rodado, conhecedor dos macetes do mundo da bola, deve ter percebido que a tarefa será indigesta, talvez uma das mais espinhosas de sua carreira.

A rigor, o Paissandu de hoje não consegue ser um time, age mais como bando. Alguns jogadores tentam arrumar as coisas, mas a distância entre os setores e o cansaço comprometem o desenvolvimento da equipe.

Como aconteceu com Givanildo e Arturzinho, a questão crucial do grupo é a parte física e atlética. É fundamental que Benazzi invista seriamente nisso, sob pena de ser mais um a fracassar neste complicado ano bicolor.

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De tropeço em tropeço…

Há coisas que normalmente só acontecem ao Botafogo, mas o time alvinegro não precisava exagerar. O que ocorreu ontem diante do Bahia é bem mais do que um acidente futebolístico. Foi o reflexo do preciosismo absurdo de um ataque. No primeiro tempo, foram desperdiçadas – por baixo – cinco chances claríssimas de gol, duas delas com o garoto Hyuri.

Times que se habilitam ao título de uma competição tão difícil quanto o Brasileiro não podem se dar ao luxo de tropeçar tanto. A derrota de ontem vem se juntar a vacilos como os empates com São Paulo, Internacional e Goiás. O revés dificulta tremendamente o sonho do título e atrapalha também o projeto de classificação à Libertadores.

Como consolo, o time tem a grande oportunidade de se redimir já nesta semana, quando começa o confronto com o Flamengo, valendo pela Copa do Brasil.

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Entre a cruz e a espada

O Águia está a quatro passos do paraíso e a três do inferno. Posicionado em oitavo lugar depois da derrota frente ao Brasiliense, distanciou-se do G4 e ficou nas cercanias do Z3. Faltou agressividade ao time em Brasília e sobrou indecisão na zaga, que falhou nos dois gols do Jacaré.

As duas partidas em casa, contra Baraúnas e Luverdense, adquirem caráter decisivo para as pretensões do Águia na Série C. Vencer ambas é missão obrigatória para pelo menos evitar a queda.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 23)

30 comentários em “Abre o olho, Benazzi!

  1. De todas as partidas que acompanhei nesta série B, pensei que a pior teria sido o clássico potiguar, mas este embate entre o Paysandú e o Atlético-GO superou negativamente o pior confronto já visto por mim em 2014!
    Além do calo nos olhos e outros efeitos nefastos advindos da triste constatação de que o Pará tem o pior time da segunda divisão, e não vai tardar a herdar a lanterna do ABC.
    O problema não é treinador mas sim o time que não é limitado, em verdade, não pode ser nem considerado como um time pois o que vi no último sábado foi um bando de gente correndo atrás da bola, outros querendo se livrar dela, dois times conformados com a situação que vivem no campeonato sem a menor perspectiva de melhoras.
    Acho que em 2014 irei assistir aqui no Almeidão, em João Pessoa-PB, Botafogo-PB x Paysandú-PA, para minha tristeza pelo rebaixamento do time bicolor.
    É uma pena! Tanta luta para subir e em apenas poucos meses segue a saga para cair!
    Não acredito em milagres! O time é, de longe, o mais fraco desta temporada da segundona!
    Elenco caríssimo para um futebol desqualificado, descompromissado apresentado na maioria das partidas.
    Comparando com o Icasa é de se envergonhar porque a folha do time cearense não é a terça parte da bicolor, mas com uma imensa diferença: o ICASA é o quinto colocado!
    Chupa Wandique! Este parece que não aprendeu nada no mundo da bola pois medalhões só servem para ficar do departamento médico e ganhar fortuna sem fazer o menor esforço.

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  2. Quanto ao Glorioso …. mas a queda de rendimento do Seerdof coincide com a queda do time no brasileirão!
    Podemos culpar a falta de sorte em algumas jogadas, mas…
    Espero que, ao menos, a vaga da libertadores sejaconquistada!
    A situação apertou pois os concorrentes estão em ascenção e o futebol botafoguense em queda livre!
    Creio que a Raposa Mineira já seja a dona do Caneco de 2014!, resta aos súditos, apenas brigar pela libertadores!
    Vamos Botafogo!!!!

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  3. Enquanto isso Sr. Miguel, no remo os atacantes Valbarrreto e Branco com todo o gás necessário para se disputar uma competição como a série b. Poderia dar certo no Paysandu? Nunca saberemos se sim ou não.

    A certeza mesmo é como você escreveu; no próximo ano estará de novo na série c, e ainda cheio de dívidas por conta da dispensa de um monte pseudo jogadores.

    Infelizmente!

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  4. Na verdade Miguel Medalhões em muitos casos dão certo ou ajudam os times. O exemplo é esse America de natal que em 2011 subiu para a B graças a um medalhão Aluizio atacante. quase quarentão e muitos titulos nacionais e internacionais pelo são paulo. Aluizio fez até o gol do acesso do america. Porém para um medalhão dar certo num time existem vários fatores: O restante do time ou companheiros de equipe tem de aceita-lo até porque vai ganhar mais. Não deve haver ciuminhos ou bairrismos ou picuinhas de torcedores ou da imprensa local , nem dos compenheiros de equipe, principalmente jogadores da casa, pelo cara ser de fora , ganhar mais e ser mais idoso ou em fim de carreira; E o principal é que o proprio jogador tem de saber desses problemas, superar o problema mostrando trabalho e dedicação ao clube e não se importando para o que os outros falam. O proprio Yarlei em 2011 foi o medalhão responsável pelo acesso do Goáis a serie A , jogando grande futebol o que credenciou a vir para o papão em 2012. Mas no Paysandu não disse o que veio fazer, porque qui costuma-se pegar muito no pe de medalhões, costuma-se envenenar contra esses medalhões os jovens valores do time, principalmente os da casa, os quais pegam corda da imprensa e de torcedores, não se esforçam dentro de campo porque ganham pouco enquanto o medalhão ganha 5 vezes mais que eles. E medalhão ou medalhões por sua vez aceita essas picuinhas não reage mostrando serviço, se acomoda até porque tem salário garantido. Esses são exemplos dos medalhões do Paysandu como sandro que não deu certo e yarlei que ainda tem chance de mostrar serviço mas acho difícil mesmo porque medalhões precisam também de compenheiros qualificados e bem preparados fisicamente no time para poderem render bem. Não é o caso do Paysandu, que tem um time limitado tecnica e fisicamente e a aí não tem medalhão, estrela ou salvador da patria que dê jeito.

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  5. Na verdade Miguel Medalhões em muitos casos dão certo ou ajudam os times. O exemplo é esse America de natal que em 2011 subiu para a B graças a um medalhão Aluizio atacante. quase quarentão e muitos titulos nacionais e internacionais pelo são paulo. Aluizio fez até o gol do acesso do america. Porém para um medalhão dar certo num time existem vários fatores: O restante do time ou companheiros de equipe tem de aceita-lo até porque vai ganhar mais. Não deve haver ciuminhos ou bairrismos ou picuinhas de torcedores ou da imprensa local , nem dos compenheiros de equipe, principalmente jogadores da casa, pelo cara ser de fora , ganhar mais e ser mais idoso ou em fim de carreira; E o principal é que o proprio jogador tem de saber desses problemas, superar o problema mostrando trabalho e dedicação ao clube e não se importando para o que os outros falam. O proprio Yarlei em 2011 foi o medalhão responsável pelo acesso do Goáis a serie A , jogando grande futebol o que credenciou a vir para o papão em 2012. Mas no Paysandu não disse o que veio fazer, porque qui costuma-se pegar muito no pe de medalhões, costuma-se envenenar contra esses medalhões os jovens valores do time, principalmente os da casa, os quais pegam corda da imprensa e de torcedores, não se esforçam dentro de campo porque ganham pouco enquanto o medalhão ganha 5 vezes mais que eles. E medalhão ou medalhões por sua vez aceita essas picuinhas não reage mostrando serviço, se acomoda até porque tem salário garantido. Esses são exemplos dos medalhões do Paysandu como sandro que não deu certo e yarlei que ainda tem chance de mostrar serviço mas acho difícil mesmo porque medalhões precisam também de compenheiros qualificados e bem preparados fisicamente no time para poderem render bem. Não é o caso do Paysandu, que tem um time limitado tecnica e fisicamente e a aí não tem medalhão, estrela ou salvador da patria que dê jeito.

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  6. Comparando as partidas que assisti na Série C e na Série B, cheguei a conclusão de que a primeira é muito melhor, pois se nela falta técnica, sobra entrega. Além do que, os times do grupo A levam mais público do que os da Série B. Penso que uma Série C com 32 times (16 em cada grupo) daria de goleada nessa desenxabida Série B de pontos corridos.

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  7. Uma pergunta: Se o problema era causado pela falta de bom relacionamento do Arturzinho (pelo menos é o que a imprensa e alguns jogadores falam), porque o Paysandu não venceu o time do Atlético-GO? ou pelo menos porque não fez uma partida decente?

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  8. Pois é, Alan, eu comentei, aqui no blog, algo nesse sentido, antes do jogo… A minha última esperança é que o Benazzi conisga motivar esse elenco que não tem condicionamento físico e muito menos motivação para lutar contra o rebaixamento. Para eles, o PSC ser rebaixado não muda em nada as carreiras deles.

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  9. Existe cada tipo de torcedor que vou te contar: “Cabeça oca “. Estava ouvindo a Linha de Passes.da poderosa,quando Geo leu a mensagem de um fanático pelo remo,cobrando dos membros da linha, que dessem maior espaço ao Caxiado.na referida,alegando que o azulino merecia ser mais divulgado,pois o Papão iria cair ,isso com enorme convicção.Gostei das intervenções do Geo e do Jõao,que do mesmo jeito que pensei,perguntaram-lhe o que o remo estava disputando em relação ao Paysandu ? Mais ou menos assim. Eu até comento que as rádios de Belém,se preocupam tanto em falar do remo que está ocioso há muito tempo,tentando equipara-lo, ao campeão,principalmente pela torcida que tem.. Aí o cara chega e ainda quer a maior fatia. Será que é a participação do Sub 20,que está subindo tanto pra cabeça ! Parabéns a dupla de radialistas que fez tudo certinho de acordo com o que o iludido merecia ! Te contar !

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  10. Gostaria de dizer a você meu caro Joseney Reis, que eu como apaixonado torcedor do Clube do Remo, jamais postaria uma mensagem aqui ou em qualquer outro lugar, sem deixar de me identificar. e mais , pouco me importa o tempo que a Rádio Clube oferece ao Paulo Caxiado ou ao repórter do freguês Dinho Menezes. Portanto eu jamais ligaria para a Rádio, para me queixar de qualquer coisa. Eu não costumo me lamentar nem me abalar e nem me entristecer com nada nesta vida. Se você ouvir minha voz na rádio falando do mais querido, saiba que da minha boca sairá apenas coisas boas a respeito do meu apaixonante clube. Nunca lamentações ou reclamações, sou de alto astral, sou positivista, para mim o futebol é motivo de riso de felicidade, perdendo ou ganhando eu vou ao estádio, tomo minha cerveja, retorno para minha casa, sem rancor, sem ódio no coração. Para mim o que menos importa é saber com quem o mais querido joga ou que campeonato ele joga . Eu quero apenas que ele jogue, tanto faz se é amistoso ou jogo oficial. Nasci remista, e me orgulho de nunca ter vaiado uma única vez sequer o meu amado clube. Sei vencer , empatar ou perder . E o mais importante amigo Joseney, e na derrota que eu me torno mais remista ainda.

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  11. O Paysandú tem que ser aquele time que antigamente entrava em campo e acoava o adversário em seu campo até fazer o gol e garantir a vitória. O que tem ocorrido é que depois de 30 minutos ou até menos, o time recua e deixa o visitante tomar as iniciativas.
    Quem está jogando em casa é o Papão e tem que mostrar que quem manda na Curuzú é o Paysandú!

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  12. Gerson e amigos, no jogo contra o Atlético, teve uma cena que passou no outro dia, no Camisa 13, onde o Benazzi conversa com os jogadores, na beira do campo, e o Jailton dando mais atenção ao massagista do Paysandu, e não ao técnico. Iria falar, pela manhã isso, quando vi a cena e pelo Benazzi, no jogo ter sacado esse jogador no intervalo, no que, nos comentários, achei que ele não deveria sair… Agora,o Dinho disse que talvez o Djalma entre no lugar do Jailton… Sei não se esse jogador não se queimou com o técnico… Pode ser que eu esteja enganado…

    – Técnico, hoje, não será mais o problema do Paysandu… Cabe aos jogadores darem tudo de si e dar a volta por cima…

    É a minha opinião.

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  13. não é bonito não meu caro luiz fernando, é mazoquismo puro e isto existe. Ou seja, a nação bicolor é uma torcida que se sente extasiada e motivada palas glorias e conquistas enquanto a torcida azulina a exemplo do rocildo ´se sente motivada pelo fracasso como ele afirmou e está provado agora. Daí a explicação para o atual momento do futebol paraense, onde diante da falta de grandes conquistas do papão que faz muita falta à nação bicolor, esta não tem comparecido em grande numero aos estádios. Porém do outro lado da rua, os azulinos cada vez mais lotando os estádios em qualquer joguinho porque o time deles remorto está correspondendo plenamente a todas as espectativas que eles mais adoram e se sentem motivados os quais são os fracassos e decepções a cada ano que passa. Então se o remorto está proporcionando todos os fracassos que a torcida remorta deseja, porque que ela vai abandonar esse time???? Tu queres ver esse pessoal desaparecer dos estádios? é so o remorto começar a ganhar titulos nacionais, regionais , estaduais, vaga na taça libertadores, para essa torcida remorta sumir, porque eles não gostam desse tipo de conquista, eles gostam é de decepções mesmo
    kakakakakakakakakakakakakakakakakakakakaakakakakakakak

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  14. inclisive a propria diretoria do remorto é sabedora dessa caracteristica da torcida remorta que ha mais de 06 anos não tem nenhuma intenção de montar time forte competitivo para ganhar titulos, divisões, porque ela sabe que isto irá de encontra aos anseios da torcida remorta. kkkkakakakakakakakakakakakakakaka
    O que a torcida remorta quer é fracassos para lotar o estádio e o caxiado gritar com toda a força de seus pulmões:” boa noite a maior torcida do norte chamada de fenomenoazul que superlota os estadios mesmo quando o time não ganhou nada” kakakakakakak
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