O passado é uma parada…

546878_435206333260282_1898308201_n

A foto é de 22 de julho de 1945, data marcante para todo torcedor do Papão. Naquele dia, o time alviceleste aplicou a histórica goleada de 7 a 0 sobre os rivais azulinos. A partida foi realizada no estádio Evandro Almeida. O primeiro tempo terminou com o placar de 1 a 0 para os bicolores, gol assinalado por Hélio. Na etapa final, veio o massacre: Farias fez o segundo logo a 1 minuto. Os três gols seguintes foram marcados por Soiá, aos 4, 9 e 20 minutos. Hélio foi o autor do sexto gol, aos 24 minutos, e Nascimento liquidou a fatura aos 44. O Paissandu atuou com Palmério; Izan, Athenágoras, Mariano, Manoel Pedro e Nascimento; Arleto, Hélio e Guimarães; Farias e Soiá.

18 comentários em “O passado é uma parada…

  1. Uma Espinha na Garganta dos Azulinos

    Para muitos, foi a maior vitória alcançada pelo Paysandu em toda sua história, os 7 x 0 sobre o Clube do Remo. Realmente, vencer um clássico como o Paysandu x Remo por um placar tão grande, em jogo de Campeonato não deixa de ser um fato significante, ainda mais se levarmos em conta a grande rivalidade existente entre os dois grandes clubes paraenses.

    A vitória de 7 x 0 do Paysandu sobre o Clube do Remo ainda hoje é lembrada por todos como se tivesse acontecido ontem e já são passados mais de 50 anos daquela partida, sem que se repita outro placar igual entre as duas equipes.

    É bom lembrar os 7 x 0, lendo-se a descrição de “A Vanguarda”.

    PAYSANDU 7 x 0 CLUBE DO REMO
    Data : 22 de julho de 1945
    Representante da FPD: Tenente Euclides Rodrigues (Júlio César E. Clube).
    Campo: Antonio Baena (Remo)
    Juiz: Alberto Monard da Gama Malcher
    Bandeirinhas: Antonio Francisco Monteiro e Madson Leite Vasconcelos Anormalidades: Expulsos Arleto e Vicente, aos 43 minutos do primeiro tempo.
    Renda: Cr$ 25.000,00
    Gols: Hélio, aos 37 minutos do primeiro tempo; Farias, a 1 minuto; Soiá, aos 4, aos 9 e aos 20; Hélio, aos 24; e Nascimento, aos 44 minutos do segundo tempo.
    Caráter: 1o Turno do Campeonato Paraense de Futebol da 1o divisão de 1945
    PAYSANDU: Palmério, Izan e Athenagoras; Mariano, Manoel Pedro e Nascimento; Arleto, Hélio, Guimarães, Farias e Soiá.
    REMO: Tico-Tico, Jesus e Expedito; Mariosinho, Rubens e Vicente; Monard, Jiju, Jango, Capi e Boró.

    ALVI-AZUIS DERAM BAILE
    (A Vanguarda, 23.07.45)

    Quem apreciou a peleja de ontem desde os seus primeiros minutos há de ter notado o fracasso absoluto, total, decepcionante, que constituiu a esquadra do Remo no segundo período, após ter realizado um promissor primeiro tempo, dando sérios trabalhos a defesa do Paysandu para com a ausência de um só elemento, entregar-se de maneira envergonhante, humilhando-se frente ao seu adversário de todos os tempos , o Paysandu.

    O marcador final não diz absolutamente o que foi o primeiro período da luta, quando escoou-se o tempo com uma bola apenas de diferença e destacava-se no conjunto dos times que iríamos assistir um belo espetáculo futebolístico, que, se não mostra-se técnica, apresentava pelo menos vibração e entusiasmo.

    Tal não se deu, entretanto. O Remo, com um “Buraco” na linha média resultante da saída de Vicente, entregou-se logo nos primeiros minutos do segundo tempo. E a turma da Curuzu não conversou. Tirou partido da situação, como qualquer um faria. Meteu gol, e muito. Depois procurou debochar, humilhando ainda mais o time de Antonio Baena que deixou-se abater por alto escore, numa verdadeira debacle para todo onze.

    Apreciação da luta

    Quando Malcher deu início ao prélio, os quadros procuraram a se empregar de maneira admirável. Com técnica restrita, mas com disposição de pelo menos, fazer uma boa demonstração de fibra. O Remo passou a fazer pressão séria. Forte. E o arco de Palmério passou por maus bocados, pois, nada menos de dois escanteios foram dados, seguidos por uns “melés” seríssimos, que quase abriram a contagem. O público azulino passou a vibrar de entusiasmo. Notava-se mais harmonia e mais direção no quadro alvi-azulino, mais harmonia e mais direção no quadro alvi-azul, mas a gente remista estava possuída de maior vontade. Parece que, não confiando em sua produção física, os atletas remistas davam tudo nos primeiros momentos, para consolidar a vantagem nos minutos primeiros, esquecidos talvez de que o jogo é atuado em 90 minutos.

    Entretanto, a pressão do Remo, não nada para o “placard” pois só uma bola foi atirada ao arco, em arremate de Jiju que bateu na trave lateral.

    O quadro alvi-celeste não se entregava, porém. Apesar do embaralhamento de certos momentos da defesa. Izan policiava Jango de maneira espetacular e Nascimento atuava um pouca recuado para auxiliar Athê.

    Em 30 minutos de luta, o Remo fez maior pressão, ainda. Atacava em denodo, procurando embaralhar os adversários da defesa. Mas, com o arremesso de Farias a Arleto, o ponteiro direito do Paysandu que atuava em forma esplêndida, chamou Expedito e deu alto a Hélio. O centroavante pulou com Jesus no lance. A bola caiu-lhe nos pés e Hélio arrematou sem apelo. Era a abertura da contagem.

    Após o lance de Hélio com a partida quase no final do primeiro tempo, Arleto e Vicente trocaram “impressões”. Foi um lance rápido, esse do médio remista e do ponta alvi-azul. Não vimos a razão, pois o jogo se desenvolvia em outra parte do gramado e foi “sururu” sem bola. Nem mesmo Malcher Filho apercebeu-se do incidente, senão depois, quando as autoridades envadiram o campo para conter os dois jogadores. Serenados os ânimos, ambos foram expulsos de campo, já com a primeira parte da pugna em seus minutos finais.

    No segundo tempo, o Remo cometeu a pior “gafe” para um quadro futebolístico. Ao invés de cobrir o claro deixado por Vicente na linha média com qualquer jogador de ataque, persistiu em continuar com dois homens na intermediária e cinco na linha. Se a saída de Vicente iria a deixar um autêntico “buraco” técnico, a não inclusão de outro jogador no lugar do excelente médio pôs a defesa andando às tontas, com o barco dando “água” de um lado.

    Para o Paysandu, aquilo foi de “colher” naturalmente. E, com apenas 1 minuto de jogo, Farias aumentou a contagem. Mais tarde, passados uns cinco minutos, outro tento do Paysandu. Era a consolidação da vitória. Passaram os alvi-azuis a dar “baile”. Baile com música e tudo, como se diz na gíria. Todos os ataques pela direita com Farias fazendo de extrema e meia. Expedito parou. Era impossível atuar sozinho, mormente tendo em vista que o grande zagueiro ressentiu-se da atuação de Jesus. Foi uma debacle do Remo. O Paysandu passou a dominar o seu antagonista, não procurando encurralá-la mas abrindo o jogo para mais se fazer sentir o “claro” da defesa azul escura, e com isso, veio o quarto tento, o quinto, o sexto, o sétimo, feito por Nascimento após fintar três adversários dentro da área. Ninguém mais se entendia no quadro remista. Tontos , completamente tontos, os atletas da camisola azul-marinho.

    Marcou a peleja de ontem, não só uma decepcionante atuação dos azulinos, mas, também, o maior escore até hoje verificado na história do “Clássico dos Clássicos”. 7 x 0 foi muito, não há dúvida. Mas, acontece que o Paysandu tirou partido da situação. E, daí, o valor do quadro da camisa bicolor que ontem reabilitou-se amplamente no conceito de seus inúmeros admiradores. Foi uma autêntica goleada. Mesmo sem um futebol cem por cento, o Paysandu levou a melhor de maneira a não deixar dúvidas.

    Com a vitória de ontem, o Paysandu deu mais um passo à campanha do tetracampeonato paraense de futebol.

    OS QUADROS

    Time do Paysandu está fazendo a defesa cerrada. Mesmo ainda nos primeiros passos, o quadro campeão já demonstra melhor produção do que nos dois jogos atrás. Nota-se uma defesa mais homogênea e um ataque pecando em certos momentos pelo “catedratismo”, mas positivo e capaz de grandes arrancadas. Palmério, ontem, não teve trabalho. Mas no primeiro tempo em que predominou forte pressão azulina, o goleiro do “Papão” não teve tempo de se exibir. Izan fez a melhor partida em toda sua vida futebolística. Anulou Jango, não dando oportunidade ao comandante remista de fazer um só arremesso.

    A linha média, homogênea. Na turma da vanguarda, sobressaíram todos, inclusive Hélio, voltando a forma aos poucos. Arleto estava em dia de gala. Guimarães foi o cérebro do ataque.

    O time do Remo pecou por apresentar Mariozinho e Rubens na linha intermediária. O primeiro, um médio de poucos recursos e o segundo, fora de forma física. Caindo de produção no segundo tempo, Rubens comprometeu. Tico-Tico falhou em inúmeros lances. A zaga, fraca. Na vanguarda do Remo, apenas Capi dava combate e Monard demonstrava boa vontade. O resto nulo. Jango comprometeu.

    A ARBRITAGEM DE MALCHER

    Malcher atuou bem. Não foi culpado do incidente Vicente/Arleto. Malcher procurou evitar o jogo violento e conseguiu, de certa maneira. Teve algumas falhas, mas que não tiveram influência no marcador final e nem no cômputo geral de sua arbitragem que foi honesta e criteriosa.
    História | O Penta em 1947 | 7 a 0 no Remo | Arquivo
    Fonte das Informações: Livro “A História do Paysandu Sport Club 1914 – 1995”, de Ferreira da Costa
    Pesquisas para o Campeões do Futebol realizadas por Sidney Barbosa da Silva
    Página adicionada em 26 de julho de 2010.

    Curtir

  2. Eu prefiro o nosso maior tabu do mundo o 33, ele não só está engasgado só na garganta mas na cabeça das bicoletes kkkkkk não vou nem falar nas duas carreiras de campo do fujão sem vergonha kkkkkkkkkkk

    Paulo Arthur

    Curtir

  3. Ei, Seu Cláudio, tens que comentar, sim: quem era o técnico remista, que não cobriu o “buraco” no meio de campo ?! rsrs

    Égua ! Muito bacana as reportagem do jogo, nessa jornal A Vanguarda ! Veja o trecho abaixo:

    O Paysandu passou a dominar o seu antagonista, não procurando encurralá-la mas abrindo o jogo para mais se fazer sentir o “claro” da defesa azul escura, e com isso, veio o quarto tento, o quinto, o sexto, o sétimo, feito por Nascimento após fintar três adversários dentro da área. Ninguém mais se entendia no quadro remista. Tontos , completamente tontos, os atletas da camisola azul-marinho.

    Curtir

  4. É mesmo flor (deve ter sofrido muito buling) kkkkkkk coitado, deve ter sofrido muito com o tabu 33 kkkkk dizem que choravam escondido kkkkkkk também né 5 anos apanhando não é fácil kkkkkkkk ainda mexe com a cabecinha oca de qualquer um bicolete daquele tempo kkkkkk fuiiiii

    Curtir

Deixe uma resposta