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Brincadeirinha de mau gosto

Em notinha plantada num jornal da cidade, o ex-presidente Amaro Klautau surge com uma anedota para justificar aquele plano maroto de vender o estádio Evandro Almeida a preço de banana para um consórcio de construtoras e empresários de Belém. Por R$ 32 milhões (a perder de vista), AK quase conseguiu transacionar o patrimônio do clube, alegando dívidas monstruosas depois desmentidas pela atual diretoria. No afã de garantir o negócio, cuja comissão era calculada por baixo em R$ 6 milhões, o intrépido cartola mandou retirar a golpes de picareta o símbolo do clube que estava instalado no pórtico do estádio há mais de 70 anos. Temia que a peça fosse usada como justificativa para o tombamento do estádio, inviabilizando a venda.

Agora, para tentar explicar o incansável empenho de dois anos para comercializar o Baenão, alega, mimosamente, que sua intenção era altruísta: temia que as arquibancadas desabassem, provocando uma tragédia. Caso fosse verdade, AK errou duplamente: primeiro, por não alertar sobre o perigo e pedir a interdição do estádio; segundo, por não ter providenciado, como gestor do clube, a imediata reforma das instalações. No fundo, trata-se de um piadista militante. Se houvesse um conselho deliberativo atuante e guardião da história do clube, o ex-dirigente deveria responder judicialmente pelos prejuízos incalculáveis causados ao patrimônio e à imagem do Remo. Felizmente, vozes sensatas prevaleceram e a diretoria anuncia que vai recolocar nos próximos dias o escudo no lugar onde sempre deveria estar: na fachada do Evandro Almeida.

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