Opinião: Quem cala, consente?

Por Sérgio Martins Pandolfo

“Algumas pessoas acreditam estar tudo escrito no Destino. Outras lutam por um destino”.

Temos notado uma certa displicência, para não falar em indiferença, das pessoas – jurídicas ou físicas – que deveriam, até por dever de ofício, defender a integridade territorial de nosso estado, livrando-o do flagelo da segmentação que se lhe quer impor. Algo assim como o ocorrido aquando da escolha das sedes da Copa do Mundo, em que, enquanto os paraenses permaneciam quedos e calados, nossos irmãos e vizinhos ocidentais do Amazonas mexeram-se salientemente e levaram a taça da escolha por parte da CBF/FIFA.
Os porta-vozes (não sabemos se o são oficialmente) dos pretensos futuros estados de Carajás e Tapajós estão aí, cantando de galo, alto e troante, e contando as vantagens que “deverão advir” para eles da tripartição de nossa Parauaralândia (o Pará de hoje). Até contrataram, consta, o marqueteiro-mor do petismo, conhecido promotor eleiçoeiro e “rinhateiro” Duda Mendonça para comandar a campanha política – sim, política, eis que do interesse de conhecidos politiqueiros arrivistas que atuam em nosso Estado, e por ele foram eleitos, bem como a forma de escolha, que será plebiscitária universal, tal qual em uma eleição para a seleção de ocupantes de cargos como governador e presidente – alvoroçando as massas populacionais eriçadas e interessadas na subtração de nacos do complacente Pará, um estado já à farta espoliado, dessas regiões por eles delimitadas
E por aqui? O que de útil, prático, eficaz, se está a fazer? Até agora nada percebemos, continuamos na mais plena quietude e leniência cívica e física – também psíquica? – Será que vamos ter o “repeteco” do ocorrido com a escolha das sedes da copa, assistindo a banda passar ou, no caso, vendo a banda (e mais uma parte) passar para outras mãos?
Os parauaras somos gente sabidamente de luta e de fibra, haja vista, e só para pôr exemplos, a tomada de Caiena por forças daqui, “papa-chibés”, e a revolução cabana. Querem mais?

33 comentários em “Opinião: Quem cala, consente?

  1. Voce Gerson, como muitos jornalista, alguns até com programa em televisão tem meios de melhor esclarecer os prós e contras da divisão do estados. Sugiro que convidem pessoas capacitadas e sem interesses políticos, não vinculados a nenhum político ou partdo, para serem convidados a debater esse assunto para melhor conscientizar os futuros eleitores. Estamos nós manifestando pelo sentimento nativo, isso não quer dizer que estamos consciente de ser um acerto ou erro. Espero que tenha sido entendido.

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  2. Não posso me privar de confessar que é por essses argumentos muitissimo bem colocados que estou temeroso quanto ao resultado desse plebiscito.Equanto às tasi rebeliões ,foi há muito tempo.Os cabanos de hoje ,são calados,complacentes e nada articulados em sua maioria.te dizer.

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  3. SIM, QUEREMOS MAIS. DESEJAMOS POLÍTICOS REALMENTE COMPROMETIDOS COM O POVO. SE TIVÉSSEMOS, ISTO NÃO SERIA NEM COGITADO. POR OUTRO LADO, PERCEBO UMA CERTA LETARGIA DO POVO PARAENSE E DO BRASIL EM RELAÇÃO AOS SEUS REPRESENTANTES ELEITOS. UM GOVERNO QUE LAVA AS MÃOS PARA TUDO ISSO, ASSINA UM ATESTADO DE INCOMPETÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA ESTADUAL. NÓS PRECISAMOS DAR A RESPOSTA NAS URNAS AGORA E NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES.

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  4. O que acho engracado e que antes a outra governadora nao prestava, e eu pergunto e o atual? por nao fala nada? as vezes tenho saudade do papudinho, pelo menos ele teve coragem de dizer em alto e bom som, que o para nao era deposito de lixo dos outros estados. Lembram quando queriam trazer o lixo atomico para o estado. Agora, precisamos e dizer aos politicos da assembleia, que quem for a favor da divisao e contra o povo do Para, e vai sofrer nas proximas eleicoes.

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  5. Se, o saudoso Hélio Gueiros, estivesse entre nós, no poder isto não estaria acontecendo.
    Ele era capaz de gritar e falar bem alto Não, o meu Pará não se DIVIIDE se ADMINISTRA,, agiria muito mais muito mesmo ao contrário desses nossos politicos de hoje que estão em cima do muro ou como os trairas apoiando a separação.
    É UMA VERGONHA.
    E nós povão que elegemos esses mesmos politicos, por amor ao nosso Estado, influenciados por promessas eleitoreiras estamos ai sofrendo com o fantasma da mutilação do Estado.

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  6. Também concordo. Sinto silencio por parte de quem, com meios à disposição, não usa (m) da influencia junto a opinião publica.
    Confesso que faço o meu corpo-a-corpo em todas as oportunidades que apresentam–se-me. Já declarei-me contrário ao retalhamento (por mais de uma vez) em contudentes comentários no R. Clube. em programa de grande audiencia.
    Não desperdiço a ocasião e lembro sempre, aos que me telefonam, do compromisso MORAL que temos em defender a integridade do nosso torrão natal.
    Na ultima 6a. feira na fila do caixa (farmacia bem movimentada) fiz meu pequeno comicio papa-chibé.
    E assim pratico o meu PARAENSISMO.

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    1. E amigo Tavernard, como diria Raul Seixas “Nunca se vence uma guerra lutando sozinho” mesmo longe da terrinha, venho também fazendo minha parte através dos meus amigos espalhados nas redes sociais.

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  7. Todos juntos devem lutar pelo seus pertences, mesmo havendo interesses adversos em sua moradia. O Pará não se resume a capital e nem aos interiores, melhor achados de soluções é o diálogo.

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  8. Nós que vivemos e sofremos aqui no Sul e Sudeste queríamos poder contar com os nossos conterrâneos “papachibés” da capital para defender com tanto brilhantismo (e até agressão) que o estado aí instituído tivesse presença por estas bandas. Como nunca tivemos e nen temos…55! Tudo cansa um dia.

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    1. Caro João Marabá, essa conversa de dizer que a região sul e sudeste do Estado é desprovida da presença do poder do Governo Estadual já está virando ladainha de quermesse, pois eu moro aqui na região e sei o que acontece aqui e não é diferente de qualquer outra região do país. Vamos parar de se iludir com promessas de politicos espertalhões e encarar a realidade. Dividir, só beneficiará os bolsos dos politicos, e o povo, continuará na mesma..

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      1. Me desculpa, mas eu tenho certeza que vc não mora aqui, pois ninguém que tem o mínimo de esclarecimento, como vc parece ter, e mora aqui, em sã consciência, é contra este projeto de desenvolvimento. Desenvolvimento que jamais vai chegar por aqui se não pelas mãos dos bravos “forasteiros” como vcs dizem agressivamente! Mesmo que queiram chamar de ladainha, de choro, mas quem vive aqui de verdade, sabe que a ausência do estado é sim, a principal motivação para esse espírito…

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    2. O que me chama atenção é que quem defende o esquartejamento do Pará, não se limita a defender, ou só Carajás, ou só Tapajós, defende os dois de uma só tacada( ou machadada).
      O que reforça minha tese de lavagem cerebral.

      Ou será que só existem problemas nessas duas regiões?

      João agradece à Deus por morar no Pará, onde até um chibézinho quebra um galho, vamos trabalhar e parar de mormurar, como diz a Bíblia: ” Vai ter com a formiga preguiçoso”.

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      1. Eu tenho orgulho de ter nascido aqui na cidade que eu vivo, da qual saí só para buscar algum conhecimento, – e não foi em Belém do Pará – , exatamente por que desde sempre o estado do Pará nunca fez parte da nossa vida, que é um dos motivos que nos leva hoje a apoiar este projeto. Agora, é impressionante a agressividade e a discriminação com a qual vcs tratam os “adotados” daqui, eles foram e são, fundamentais pelo mínimo que existe aqui de estrutura e de desenvolvimento. E os leitores estão dizendo exatamente a realidade daqui, nós não temos nem identidade cultural que nos liguem à região de vcs, não tem nada a ver conosco. E daí, se nós gostamos de música sertaneja? Vcs gostam de de carimbó, nós não, e daí?

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  9. A classe política se omite ou adere à causa da separação, o que significa que o povo terá que lutar sozinho e até mesmo contra a representação política do Estado do Pará.
    Proponho que todos coloquem uma bandeira do Pará na janela da frente de sua casa ou apartamento. Eu já fiz isso (é só passar aqui na Bernal do Couto nº 125, Umarizal, para conferir). Seria um começo.

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  10. Caro João Marabá, gostaria de lhe fazer uma pergunta, o que o prefeito da sua cidade anda fazendo com as verbas que recebe tanto do governo estadual quanto do federal? será que ele esta aplicando bem ou desviando para outros fins, caro João o que você tem que fazer e reunir as pessoas de bem aí de Marabá, e ir cobrar na câmera e na prefeitura para que o dinheiro recebido, seja aplicado em beneficio da população. Caro João, se dividir um Estado fosse a solução de todos os problemas, bastaria transformar todos os municípios do Brasil em novos estados, aí amigo acho que nao precisariamos mais de políticos.

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      1. Caro amigo, o fato de ter trabalhado na maior cia. de refrigerantes do mundo, me deu a oportunidade de estar aqui, e foi nesse estado no municipio de Abaetetuba onde nasci, que comecei a descobrir o quanto o Para e importante na minha vida, nao precisei dividir nada, apenas aprendi amar as coisas da minha terra, aqui quando entro num supermercado americano e vejo os produtos da minha terra exposto, isso me da muito orgulho do meu estado, quando falo de Santarem que e o caribe do Brasil e digo que tem as mais belas praias de agua doce do mundo, isso me da orgulho das pessoas que moram la, eu falo que todos sao paraense. Nunca desmereci ninguem da minha terra, mesmo aqueles que sao de fora mas adotaram esse estado como sua terra. Caro, se voce nao esta satisfeito mude de lugar, nao fique esperando que o prefeito, governador ou deputados, vao resolver os seus problemas.

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      2. Esse sujeito perdeu uma ótima oportunidade de ficar calado, pois vc Jaime é um cara que admiro muito, mesmo sendo remista, pois mesmo longe não esquece suas raizes.
        Muito bem Jaime, isto deveria servir de lição p/ este sujeito.

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  11. Eu já coloquei a minha faixa contra a divisão na porta de minha casa na rua Roso Danin nº 704 é só passar lá para conferir.
    JÁ QIE OS POLITICOS QUE DEVERIAM DEFENDER ESSA CAUSA ESTÃO EM CIMA DO MURO OU APOIANDO A SEPERAÇÃO, VAMOS FAZER A NOSSA PARTE.

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  12. Tem coisas da politica paraense que eu não entendo: já começaram a encrecar com um tal Pimentel, que como dissem é pau mandado do Duciomar, só porque ele se angajou na campanha do NÂO A DIVISÃO. É por essas e outras que nós estamos correndo o risco de virarmos pó de m…….
    Nessas horas é que devemos nos unir e deixar as encrencas para depois. Os separatistas estão mais unidos do que nunca e arrejementado cada vez mais pessoas para o seu lado. Pelo bem do Pará, vamos nos unir e espantar esse fantasma do esquartejamento do nosso estado.

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  13. Prezado Gersón Nogueira,

    A Assembléia Legislativa de Goiás pediu ao STF que somente os eleitores do Sul e Sudeste votem no plebiscito do dia 11.12.2011?

    A pergunta que não quer calar é: o que Goiás tem a ver com o Pará? Os senhores deputados goianos não têm nada melhor para fazer?

    Tudo isso me parece uma prova evidente de que a divisão é estimulada – sempre foi! – por forças forâneas, extrínsecas à realidade local. A máscara vem caindo a cada passo que os separatistas dão.

    Mostra também o desespero dos separatistas com a enxurrada de votos contra a separação que virão do Nordeste do Pará e que vão cair na cabeça deles.

    Gostaria que o nobre jornalista, que defende tão bem a união do Pará, comentasse esse novo lance dos separatistas.

    Cá entre nós, essa intervenção dos goianos afeta o pacto federativo, o respeito à autonomia do Pará e ao seu povo.

    Será que vamos aceitar tudo isso calados? Não acredito.

    No aguardo.

    André Oliveira.

    P.S.: Reparou que o jingle deles é uma música country? O que isso tem a ver com o Pará? A cada passo dado, mais a máscara cai.

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    1. Meu caro André, nada me surpreende nessa campanha de natureza alienígena. O ritmo musical do jingle é inteiramente coerente com a origem geográfica e cultural dos separatistas. O símbolo estampado na marca, com aquele dedo em riste, também tem mensagem óbvia para nós, paraenses. Todos ali, com raríssimas exceções, são pessoas oriundas de outros Estados, sem a menor ligação sentimental com o Pará. Todos chegaram aqui – e foram muitíssimo bem recebidos – com o único intuito de “fazer” dinheiro. Conseguiram seu intento e agora, diante da ausência de barreiras nessa terra hospitaleira e de muro baixo, decidiram tomar conta de tudo. Para eles, o Pará que se dane. O fato de goianos estarem diretamente interessados não deve causar espanto, pois do lado do Tapajós há o visível interesse do Amazonas no desfecho do plebiscito. Não nos iludamos: só quem pode salvar o Pará somos nós, paraenses de verdade, com raízes fincadas neste solo desde nossos antepassados. Somos nós que devemos defender esta terra.

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  14. Gostei da ideia de se pôr em frente a cada casa ou apto, uma bandeira paraense, por nós que defendemos a integridade do território parauara. Além de uma efetiva melhor aplicação dos recursos estadual e federal, nos municípios por este Pará afora. VIVA O PARÀ!!!

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    1. Excelente ideia, amigo Sergio. Que seja seguida à risca por todos os comprometidos com a preservação da integridade territorial do nosso Pará. Já irei providenciar a minha, em tamanho gigante.

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  15. Mandei pintar uma faixa e vou pendurar ,afixar,em frente á minha casa em Campo Grande,MS escrito “Paraense faça como o Remo,FIQUE SEM DIVISÃO,VOTE NÃO.”
    Vou pagar tbm num jornal local um dos mais lidos e publicar a mesma mensagem.Afinal há muitos paraenses aqui e muitos estarão em Belém,no Pará ,melhor dizendo á época do plebiscito.
    QUEREMOS O PARÁ ,IGUAL AO QUINTO TIME DE BELÉM ,SEM DIVISÃO.
    Se algum remista não concordar que o Remo é o quinto nem precisa argumentar ,basta citar os quatro tiems que disputam campeonatos,o resto é choro de sofredor .Tenho dó.
    E do Pará tbm ,de segundo maior do país ,pode virar um Piauí ,um Maranhão,um Amapá,estados esquecidos pela Administração federal.

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  16. Essa historia de colocar a bandeira do estado na frente de casa vai ser só passageiro. Acabou a euforia, essa linda bandeira vai voltar ao seu lugarzinho cativo, lá no fundo do armario.
    Eu já vou cantar uma pedra que muita gente vai deixar de votar no dia 11/12. E seja lá quem for ganhar, não vai chegar aos 50%; vai ficar bem abaixo dessa linha.
    A letargia por parte do eleitorado de todo o Estado é alarmante. Mesmo no dia da eleição, muita gente vai se perguntar o que é essa divisão do Estado? Ou então vai curtir o domingão em clima de férias e final de ano. Nosso eleitorado ainda não aprendeu a votar. Uma pena.

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  17. Cheguei a conclusão que esse João Marabá de Marabá não tem nada.
    Agora o cara querer dividir um estado por questões absurdas e sem fundamentos, é um tremendo egoista.
    Engolha uma coisa JM, vc que tem um visível preconceito com Belém do Pará e estupido acima de tudo, Marabá, vc querendo ou não é do Pará.
    Pará vai continuar sendo o 2° maior estado territorialmente falando do Brasil com o meu voto e de todos aqueles usam a cabeça pra pensar e não pra ficar de enfeite em cima do pescoço.

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