O adeus do craque Wolter Robilotta

Craque de Paissandu e Remo na década de 60, Wolter Robilotta morreu na noite desta terça-feira (7) em Belém. Os torcedores mais antigos jamais esquecem a refinada qualidade de seu futebol, como criador de jogadas, driblador e exímio finalizador. Oriundo do futebol carioca, Robilotta fez dupla em Belém inicialmente com Bené, o “Canhão da Curuzu” (na foto, ao lado, Robilota é o terceiro agachado da esquerda para a direita), tornando-se imediatamente ídolo da Fiel bicolor, num ataque arrasador. Em 1968, transferiu-se para o Remo onde também se tornaria xodó da galera azulina, formando ao lado de Edilson, Zequinha, Neves e Amoroso, o “Pé de Coelho”. Seu sepultamento acontece hoje à tarde e o corpo está sendo velado na capela do Pão de Santo Antonio.

Garoto ainda, ouvindo futebol pelas ondas poderosas da Rádio Clube do Pará, não cansava de ouvir as jornadas fantásticas de Robilotta, narradas generosamente pelos locutores de então. Jogou muita bola, mas infelizmente não se tem imagens que atestem suas qualidades como meia-atacante. Na Curuzu, foi o grande escudeiro de Bené. Foi campeão paraense invicto pelo Paissandu, em 1966, formando no seguinte time: Edmar; Waltinho, Abel, João Tavares e Paulinho; Tito, Oberdan e Quarentinha; Bené, Robilota e Garcia (o técnico era o uruguaio Juan Antonio Alvarez). No Remo, criava a maioria das jogadas para Amoroso e Zequinha marcarem. Tempos depois, vim a saber que se tornara advogado respeitado na praça de Belém, caso raro de formação superior entre boleiros das antigas.

31 comentários em “O adeus do craque Wolter Robilotta

    1. Também já fiz essa pesquisa, camarada. Infelizmente, a época de ouro do nosso futebol – décadas de 50 e 60 – não têm qualquer registro. E até mesmo os arquivos fotográficos são precários. Por isso, boleiros do nível de Robilotta, Quarentinha, Bené, Neves e tantos outros não têm o devido reconhecimento histórico.

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  1. Querido Gerson
    Foi com tristeza que recebi a informação atraves do teu blog,sobre a morte do craque Rubilota.
    Sem dúvida alguma,ele fez história entre os grandes jogadores que passaram no futebol paraense.
    Nos dias de hoje de baixa qualidade do nosso futebol, tenho certeza que ele faria a diferença.
    Aproveito para me solidarizar com a dor dos familiares e de toda a nação futebolística que riu e chorou com o talento desse craque.
    Um forte abraço

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  2. Ih! o Gerson barrou a matéria que eu tentei postar aqui, escrita pelo Expedito Leal no site da ACLEP, cujo o título é OS CARDEAIS DO ATRASO, na qual ele chama uma parte da imprensa de “amestrada”. Será que o Expedito atirou no que viu e acertou no que não viu?

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  3. NO REMO ELE AINDA JOGOU COM ALCINO EM 1971.ASSISTI AOS DOIS JOGANDO PELO REMO. ACHO QUE QUELE ANO, 1971, FOI O ULTIMO ANO DELE NO CLUBE DO REMO. PARTICIPOU DO TITULO INVICTO DO REMO EM 1968, NO TIME TINHA A SEGUINTE FORMAÇÃO BASE : JORGE, CHINA, ALEMÃO, CASEMIRO E EDILSON, ANGELO, CELSO E RUBILOTA, BIRUNGUETA, AMOROSO E ZEQUINHA. O TECNICO ERA DANILO ALVIM. FOI UM JOGADOR DE MUITA TECNICA, BOM DE LANÇAMENTOS E GRANDE CABECEADOR, APROVEITANDO A ESTATURA ELEVADA.

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  4. Lamentável que nos dias atuais, não exista jogadores do estilo de Robilotta, eu estava começando a frequentar os estádio de futebol em 1971 quando o vi jogar pela primeira vez.

    Em 1972 num clássico entre Remo e Paysandu ele retornou para a Curuzu e num jogo realizado no estádio do Sousa reestreou pelo time bicolor.

    Que Deus coloque sua alma em bom lugar.

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  5. Gerson, estou estranhando o nome, pra mim era Walter Rubilota, realmente um craque, articulador de jogadas, de bom passe, cabeceio e bom chute, mas não era driblador, era clássico estilo Zidane.

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    1. Falando em atleta que era clássico, há dez dias atrás houve um jogo beneficente na cidade de Santa Cruz no RN, envolvendo ex-atletas do ABC e um time de Master local e relembrei de um grande atleta Curraisnovense o DEDÉ DE DORA, que mesmo com cinquenta anos ainda tem a mesma elegância com a redonda, fazendo lançamento de 40 ou 50 metros e dizendo para o companheiro não saia do canto não se não eu erro o passe e a bola quando chegava nele ele já sabia o que fazia, não corria mas fazia a bola correr, ele foi o maior atleta de todos os tempos de Currais Novos é idolo de todas as torcidas do RN e em uma época em que atleta nordestino não tinha oportunidade no sudeste ele sobresaiu-se muito bem e atuou pelo Cruzeiro de BH em sua trajetória e olhe que na minha opinião ele com as mãos amaradas jogava mais do que o Tiago

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      1. Meu caro Otávio já que falastes em basquete, talvéz conheça o Oscar Schimidt, ele é de Parelhas uma cidade vizinha a C. Novos no SERIDÓ do RN, só que ao nascer foi morrar em Natal com seus pais e o mesmo se auto declara como Natalense e não Parelhense, já o seu irmão o Tadeu Schimidt que apresenta os gols do fantástico na GLOBO este sim é Natalense e ainda crianças seus pais se mudaram para o RJ

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    2. A grafia usada foi passada pela própria família do Robilotta, meu caro. Mas, para os torcedores de Remo e Paissandu, será eternamente Rubilota.

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  6. Rapaz! Rubilota e muitos outros daquela epoca nao ter registro algum me assusta.

    Tinha apenas 10 aninhos e cheguei a asistir alguns jogos do Maestro Rubilota.

    Gerson, Por falar em Registro, onde foi parar o acervo, do jornal A Província do Pará ????

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    1. Parte dele, ao que parece, foi preservada no Arquivo Público. Mas, depois da nefasta administração final (Gêngis Freire), temo que muita coisa valiosa tenha se perdido.

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  7. RUBILOTA, BENÉ, ERCIO, QUARENTA, TITO, PAULO TAVARES, JOÃO TAVARES, VILA, ARLINDO , OLIVEIRA, ASSIS, JORGE MENDONÇA, IRIS, ALEMÃO, EDILSON, NEVES, ZEQUINHA, BIRUNGUETA, JORGE, FRANÇOIS, AMOROSO, ALCINO, ROBERTO,CAITO, ARANHA, MENDES, FORAM ALGUNS DOS JOGADORES QUE FORMARAM TIMES ALTAMENTE COMPETITIVOS DE REMO E PAISSANDÚ, NO FINAL DOS ANOS 60 E COMEÇO DOS 70. NAQUELA EPOCA, NOSSOS DOIS RIVAIS SÓ IAM ENCONTRAR DIFICULDADES A PARTIR DOS TIMES DO NORDESTE : SANTA CRUZ, CEARA, SPORT, NAUTICO. NA REGIÃO NORTE ELES PREDOMINAVAM.BEM DIFERENTE DAS BOMBAS QUE VEMOS JOGANDO HOJE POR REMO E PAISSANDÚ, COM RARISSIMAS EXCEÇÕES.

    PAZ A ALMA DE RUBILOTA E CONFORTO A SUA FAMILIA.

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    1. Esse é um bom parâmetro para medir o quanto nosso futebol regrediu.
      Na época do grande Valter Rubilota, disputávamos de igual para igual com os times de Goiás, por exemplo. Atualmente trememos diante dos times do Mato Grosso – do sertão do RN.
      Lembrar de Rubilota é lembrar de minhas alegrias mais puras de adolescente.
      Sua vida valeu – além da importância para a família – pelas imensas alegrias proporcionadas aos antigos bicolores.

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  8. Robilotta com certeza foi um dos maiores atacantes do futebol paraense.

    Ganhou quatro títulos de campeão estadual pelo Paysandu. No Remo foi campeão invicto em 1968 e campeão do Campeonato Nacional Norte-Nordeste de 1971 ao lado de Alcino, em cima da Associação Olímpica de Itabaiana-SE, campeão nordestino. Na época o Leão Azul era comandado por François Thijn.

    Época de craques como Bené, Neves, Amoroso, Alcino, Paulo Tavares, Birungueta, Aranha, entre outros.

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  9. Vendo essa coluna sobre a morte do famoso Rubillota, descubro que a sina de aliciar e tirar craques do Paysandu ´ja é muito antiga por parte do Remo Destruidão azul de Antonio Baena. Incrível como a história prova que os caras remistas ficam se remoendo de ciúme de macho macho quando vêem despontar um craque ídolo no Paysandu e não perdem a oportunidade de aliciar o cara para levar para o Destruidão. vejam que não minto porque a lista é extensa só que eu lembro: Rubilota – aliciaram e levaram, João Tavares e Paulo Tavares- aliciaram, mas esses não quiseram ir para o Destruidão, Patrulheiro- Aliciaram mas não quis atravessar para o Destruidão, Chico Spina, aliciaram muito mas agradeceu e disse que jamais trocaria o Papão pelo Destruidão Azul de Antônio Baena, Dadá maravilha, bem que tentaram mais disse que não se daria bem atuando no Destruidão depois de ser ídolo bicolor, Fio Maravilha tentaram mas a grana não deu para levar o dentuço para o destruidão, rsrsrsrs Cacaio, aliciaram tanto que conseguiram levar o homem para o Destruidão, Eduardo Rama – essa foi indecente, aliciaram o cara quando estava jogando serie b pelo Papão, mas a inteligente torcida fiel descobriu logo tudo, mas pena que a diretoria não acreditou, e o cara prejudicou com rebaixamento na serie B, depois foi jogar no Destruidão e ainda pegou corda de torcida fazendo chacota o Papão. Esses remistas.não se tocam…

    kakakakakakk

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    1. Só um adendo ao seu extenso comentário: a prática de tirar jogadores do rival é recorrente nos dois clubes, Nélio. Assim como o Remo foi buscar na Curuzu atletas do nível de Rubilota e Patrulheiro (Fio Maravilha e Espina jamais foram alvo de proposta oficial por parte dos remistas), o Papão tirou do Evandro Almeida jogadores como Alcino, Dadinho, Agnaldo, Mesquita e – há bem pouco tempo – Jonathan e Leandro Cearense, assim como o Leão levou agora o lateral Caio Ribeiro. Existem outros casos, mas não recordo agora. Portanto, a chamada ‘travessia’ da Almirante Barroso é prática comum nos dois sentidos.

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  10. Acho q o Conélio foi criado com avó kkkkkkkkk pensa num cara sensivél kkkkkkkkkk essa vida dele é muita comédia kkkkkkk ou muito drama?
    Kkkkkkkkkkkkkkkkk 33

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  11. Se o amigo me permitir faço uma tréplica, se vc não lembra: Gerson, em relação ao Fio Maravilha houve o contato azulino sim, mas a travessia era mais cara do que a vinda dele para o Paysandu onde não acrescentou nada. Mas foi como a contratação mais cara e badalada do nosso futebol. Em relação ao Grande Spina, verifique para tirar dúvida, ou até pode perguntar a ele mesmo, que hoje mora em Porto Alegre e confirmará a inúmeras investidas azulinas para contratá-lo e ele disse não. Ouvi muito isso dele dando entrevistas em emissoras de rádio de Belém. Quanto aos supostos atletas azulinos citados “aliciados” pelo Papão há muita controvérsia. Lembre: Alcino e Dadinho já estavam fora do Remo há muitos anos ok?? Alcino chegou ao Papão velho em fim de carreira de outro clube de fora e não fez nada tá??? Dadinho Veio para o Papão em 1991 de outro clube de fora de Belém, após deixar o Remo em 1988. Ok?? Agnaldo e Mesquita tiveram idênticos acessos ao Papão, pois estavam também em fim de carreira e tinham sido dispensados pelo Remo e o Paysandu os contratou. Jhonata Veio direto do Ceará para o Paysandu Gerson Nogueira e não do Remo. O remo nunca deu oportunidade a ele. Lembre ou pergunte isso a ele. Leandro Cearense foi dispensado pelo Remo e o Papão contratou contra a vontade da nação bicolor que não acreditava que ele pudesse dar certo. vc. é maior testemunha disso Gerson. E ainda tem o Welber que na epóca fez tudo para ficar no Remo mas sacanearam muito com o cara 4 meses sem pagar o salário dele. Perderam o passe dele na justiça e ele atravessou. Normal isso. Então compare que na travessia dos azulinos houve contratação do Paysandu. Porém na travessia de muitos atletas bicolores houve aliciamento azulino. A prova é que os aliciados pelo azulino para atravessar( Rubilota, Cacaio, Eduardo rama estavam de pleno vínculo com o Paysandu quando remistas iniciaram aliciamento. Se eu estou equivocado me prove amigo.

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  12. Ola Gerson,
    Lembras que o Clube do Remo na Década de 1960, construiu o primeiro tabu de 22 jogos(salvo melhor juizo) sem perder para o Payssandu, que foi quebrado, nesta mesma decada no jogo da estreias dos jogadores Bené, Oberdam e Rubilota no Payssandu, se não me falha a memoria este jogo foi numa sexta feira a tarde. Pesquisando na Net encontrei no site da Radio Clube uma abordagem sobre este tabu.
    Sds
    Ruberval Almeida da Costa
    Azulino de Coração

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  13. Nos anos 1964/65 eu estudava à noite no Colégio Pio Americano situado à Rua São Januário 314-São Cristóvao-RJ e o Rubilota, então jogador do Vasco, era da minha sala….Mas tarde se transferiu para o futebol paraense onde se fixou.

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  14. O Payssandu foi campeão de 1966! Posteriormente, no jogo de entrega de faixas no campo da Curuzu, o Clube do Remo venceu de 4×0! Por que este jogo não consta nos livros ?
    Em 1963, eu estava na tribuna do campo da Tuna Luso, quando a Tuna venceu de 7×1 o Paysandu, pelo campeonato paraense!

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    1. Amigo Miguel, gostei de suas observações. Sugiro que faça um texto em formato de artigo a respeito dessas informações para publicarmos no blog.

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  15. Boa noite, Gerson. Realmente é muito triste ver que o futebol paraense tão tradicional, que já passaram tantos craques do futebol brasileiro, não tenha uma história pronta para ser curtida na web. Cadê os historiadores do meu querido Pará? Eu sou muito regionalista e adoro a história das grandes rivalidades e a história de nossos clubes. Por isso em meu blog VOZES DA ZONA NORTE, sempre escrevo à respeito do nosso futebol pernambucano. Um dia desses, Robgol, grande ídolo da torcida do Paysandu visitou minha página “Os grandes artilheiros do futebol pernambucano” onde ele escreveu a sua história sendo artilheiro em 1996 pelo Náutico. Por falar em Robilotta. Ele foi o primeiro artilheiro da Brasileirão da Série B em 1971 com 4 gols.

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