Fotojornalismo perde dois heróis na Líbia

Dois respeitados fotojornalistas ocidentais – o documentarista britânico indicado ao Oscar Tim Hetherington, 40, e o americano Chris Hondros, 41 – foram mortos durante confrontos entre rebeldes e forças leais ao ditador líbio, Muammar Gaddafi, em Misrata nesta quarta-feira. Outros três fotógrafos ocidentais também ficaram feridos. Hetherington dirigiu o documentário “Restrepo”, que fala sobre soldados americanos no Afeganistão e foi indicado ao Oscar em 2010. Ele foi morto dentro da cidade – a única controlada por rebeldes no oeste do país, de acordo com a sua agente, Johanna Ramos Boyer. A cidade estava cercada por forças do regime há várias semanas.

Hondros morava em Nova York e trabalhava para a agência Getty Images. “Ele dava um ar de intimidade ao seu trabalho”, disse Swayne Hall, amiga de longa data que trabalha para a agência Associated Press. “Algumas pessoas usam lentes de longo alcance e não tem que se aproximar muito. Mas Chris chegava perto, ele não tinha medo de fotografar nada”, contou. Os outros dois fotógrafos feridos – Guy Martin, britânico que trabalhava para a agência Panos e Michael Christopher Brown– foram tratados após serem atingidos por estilhaços de munições, de acordo com fontes médicas.

As circunstâncias das mortes não foram esclarecidas de imediato. O comunicado da família Hetherington diz que Tim foi morto após ser atingido por uma granada. Outros dois jornalistas morreram no conflito na Líbia, de acordo com o Comitê de Proteção a Jornalistas, com base em Nova York. Um homem armado matou Mohammed al Nabbous, fundador da versão on-line da TV líbia Al Hurra em Benghazi no dia 19 de março. O cinegrafista Ali Hassan al Jaber foi morto quando sua equipe da rede de TV Al Jazeera caiu em uma emboscada em Benghazi em 13 de março. (Da Folha de SP)

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