Caso existisse um campeonato de lambanças, a atual diretoria do Paissandu seria favoritíssima ao título. Trapalhadas de todo tipo se repetem diariamente. Fica até difícil escolher as mais escabrosas. Em meio a isso, o torcedor é a parte mais lesada do processo. Desiludido, só faz reclamar do desgoverno que impera no clube. Como de hábito, os dirigentes fingem normalidade e têm a cara-de-pau de eleger um culpado por tanta incompetência: a imprensa, cujas costas são historicamente largas.
Dois casos são exemplares da balbúrdia reinante na Curuzu. Primeiro, houve a estranha reviravolta na dispensa dos jogadores Alex Oliveira e Elton Lira. Execrados pela torcida depois da desastrosa atuação contra o Bahia, em Salvador, foram afastados na quinta-feira e readmitidos ontem.
Outra confusa situação envolve o cumprimento do contrato firmado com o governo do Estado, através da Funtelpa, para transmissão dos jogos do time no campeonato. Ao contrário de todas as demais agremiações, o Paissandu deixou de instalar as placas de propaganda do governo no estádio da Curuzu e nem fixou o símbolo do Pará no uniforme. Corre o risco de, pelo ostensivo desrespeito ao convênio, ter a verba de patrocínio suspensa.
Ausente da vida do clube, o presidente só dita ordens e define providências quando vem a Belém, no intervalo de suas atividades profissionais. Seus diretores não têm autonomia sequer para comprar frutas para o lanche dos jogadores. O presidente do Conselho Deliberativo segue a mesma toada e também se omite. Resulta desse quadro um clube inteiramente à deriva.
A readmissão dos jogadores Alex Oliveira e Elton Lira teve ares de comédia pastelão, com sérios desdobramentos para a vida administrativa do clube. Demitidos na sexta-feira, ambos foram aconselhados a ficar na cidade, à espera do resultado do jogo contra o Independente.
Com a derrota, a diretoria tratou de reincorporar a dupla ao elenco, acatando reivindicações de alguns líderes do grupo, à frente o veterano Sandro. Como justificativas, a necessidade de jogadores para compor a equipe e a impossibilidade de novas contratações. Mas, se assim fosse, por que não pensar melhor antes de tomar uma decisão açodada?
Para dar tintas de gravidade à decisão, o presidente impôs a lei da mordaça entre os atletas. Apenas um jogador é escalado para entrevistas e fica terminantemente proibido reclamar ou fazer críticas à diretoria. Por tabela, atribuiu culpa à imprensa pela crise instalada no clube.
Situações desse tipo, corriqueiras em nosso esculhambado futebol, explicam porque os dois grandes times do Pará vivem mergulhados na pindaíba e ausentes, há mais de cinco anos, das principais divisões nacionais. Com dirigentes tão descomprometidos e ausentes, sem instrumentos eficazes de fiscalização, fica difícil imaginar mudanças estruturais na gestão dos clubes. É daí para pior.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 14)
Muito cacique para pouco Índio.
No Remo a diretoria ainda tenta separar as coisas, deixando a responsabilidade para o Bracali, mais como o mesmo não toma conta do dinheiro, ai complica.
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Na realidade , a atenção do presidente do meu clube está totalmente focada na condução das naus que navegam na região amazônica, afinal é de lá que ele tira seu sustento.
Quanto ao meu Paysandu, ora isso é o brinquedinho do presidente do meu clube. Ele passa a semana inteira trabalhando e nos finais de semana ele brinca de ser presidente, brinca de administrar e infelizmente, brinca com a paixão do torcedor.
Já o Sr. Ricardo Rezende, que sequer conheço, deve estar tomando a postura avestruz e enfiando a cabeça no buraco para não ver com o que colaborou.
Lamento pelo meu Clube, lamento pelo milhões de torcedores alvi-celestes e meu único consolo é que em 2012 teremos eleições para a nova diretoria e se Deus quiser e ele há de querer, pois ainda que veladamente ele deixa transparecer nos céus a sua paixão clubística, Novos Rumos serão dados ao Campeão dos Campeões.
Somos fiéis, mas não somos burros.
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Só acrescentaria a essas lambanças, a Mídia, que juntamente com esses dirigentes, contribuem, e muito, para o estágio em que se encontram Remo e Paysandu. Acredito na proporção de:
60% para os Dirigentes
40% para a Mídia
– É a minha opinião.
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Então, meu caro Cláudio, o LOP não está sozinho ao atribuir a maior parte de suas falhas à imprensa. Cara de pau (dele) tem limites. Ora, ora… te dizer…
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EU SOU também um ferrenho crítico da mída. Hoje estou revendo minha posição. 40% é um percentual alto, exagerado. A mídia, numa parcela pequena mas barulhenta, reflete muitas vezes o comportamento do torcedor, mas não pode ser considerada culpada dos desmandos ocorridos no futebol paraense.
Ocorre, como tenho dito, que a maioria dos dirigentes – também refletindo o comportamento de torcedor – ainda ‘administra’ seu clube como se estivesse nos anos 1970 até metade dos 80.
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Amigos Edmundo e Valentim, tentem ser um dirigente de Remo ou Paysandu e, tomem a decisão de trazer um Edson Gaúcho ou um Ademir Fonseca(que fez sucesso no Vila em 2010 e, este ano faz o mesmo sucesso no São Caetano), com a Mídia batendo em vcs o tempo inteiro, porque a vontade dela, que era colocar técnico local, não foi realizada. Tentem como dirigentes de clubes de massa, fazer o que a nossa Mídia não quer. Tentem fazer o contrário do que ela quer, quando um técnico optar por um jogador e, ela pensar que um prata da casa é melhor, mesmo não sendo……
– Posso até concordar que 40%, seja demais, mas também penso que 1%, é querer não desagradar e ficar ao lado da mídia que convenhamos, fica mais fácil. É a minha sincera opinião.
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MUITO bem. Nesse ponto eu devo dar a mão à palmatória ao ex-presidente bicolor Arthur Tourinho, naquela ocasião em que o Paissandu foi mal em relação ao Remo da Copa dos Campeões, muita gente queria a cabeça do Givanildo, mas ele foi firme e o manteve no comando técnico da equipe, e o resultado foi o que foi como todos sabem.
É POR ISSO, e por outras, que condeno o jeito de gerir os clubes paraenses (os de massa, fique bem claro). Sem planejamento, e com o pensamento de torcedor, o dirigente acaba cedendo às pressões de A ou de B, da mídia esportiva e do torcedor, por conseguinte.
É reunir no final do ano e definir as metas para a temporada seguinte, contratar comissão técnica equivalente a essas metas, plantel dentro das perspectivas técnicas e financeiras, etc etc., e depois segurar o barco até o fim, doa a quem doer.
É claro que os ajustes devem ser feitos aqui e acolá, mas sem mexer na espinha dorsal do planejamento.
Mas para chegar aí, muita coisa teria de ser feita, incluindo mexer no estatuto, e a cabeça das pessoas mudarem etc. Isso me lembra o ditado jocoso sobre mulher: ‘é mais fácil fazer uma menina que modificar uma mulher’.
Abraços.
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Corrigindo: ‘ … foi mal em relação ao Remo no Torneio João Havelange, …’
Desculpem.
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Faltou o torcedor entao, Claudio…esse só vai aos ”estadios” pq a ”pobre” da impremsa divulga o ”parazinho”..se ela parar a divulgação, tchau ”titãs” ….se a nossa imprensa tem sua parcela, nao chega a 1%….
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Obrigado pela parte que me toca, amigo Edmundo. Não vou ficar alardeando as virtudes da imprensa porque fica feio, mas é fato que ela é uma das mais atuantes do país, alavancando o esporte local.
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PELO que há, creio eu que o que vem salvando o dirigente do Psc em questão é tão-somente o fato de o Remo ter sido pior que ele nos últimos 2 anos, possibilitando que o Paissandu ganhasse dois títulos estaduais.
Pensamento de hoje:
‘CADA UM de nós tem um fogo no coração para alguma coisa. É nossa meta na vida encontrá-lo e mantê-lo aceso.” Mary Lou Retton
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isso é verdade, se voces tivessem vencido algum campeonato esse presidente não seria eleito novamente, mas se for depender da “colaboração” de voces tá difícil.
vamos ver esse ano.
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2 anos? Mais meu caro postador, pelos meus cálculos mais de uma década que o rival do Papa Títulos não tem nenhuma exposição na mídia nacional, e nem tampouco algum título de expressão.
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E AINDA foi 100%! Oh timaço esse!
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Pensamento de hoje:
“Se não tem tu vai tu mesmo”. Psc
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onde se leu IMPREMSA, leia Imprensa…rsrrs
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CAMPANHA ESTÁDIO ZERO!
ARQUIBANCADAS VAZIAS ATÉ A SAÍDA DESSE SR. CHAMADO LOP. OU ISSO O MAIS UM ANO NA SÉRIE C
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Quando algo não está indo bem, normalmente se atribui isto a quem está na cadeia do comando, e no caso dos clubes de futebol, ao seu presidente.
Em qualquer Instituição, quem está no comando, monta uma equipe de trabalho e delega a elas a responsabilidade de fazer o barco ir no rumo certo, este somente atua em decisões estratégicas.
O principalmente problema do LOP é montar alguma estrutura a ela, sem que estas tomem qualquer tipo de decisão. Logo ele, que por conta de suas atribuições profissionais, deveria delegar ao máximo e o que acontece é o oposto, ele centraliza tudo.
No passado, este tipo de situação não funcionaria também, e no presente, onde se deve ter estruturas profissionais, a situação se agrava. Ou o LOP rever alguns dos seus conceitos, ou estamos apenas no início do barco indo para o fundo.
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o problema dos nossos times é que ainda acham que são grandes, agora eu pergunto grande em que?Pensem bem todos os dirigentes sem excessão são amadores,não dão enfase as categorias de base, a imprensa acha que Remo e Paisandu tem que ganhar todos os titulos estaduais, pois sem eles nimguem escutaria o rádio e assistiria televisão. São Todos Amdores.
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