Por Mauricio Stycer
Com poucas exceções, narradores e comentaristas esportivos da Rede Globo seguem um manual não escrito cujo título poderia ser “A Arte de Não se Comprometer”. Entre as suas regras, destacam-se duas:
1. Em jogo narrado por Galvão Bueno, só ele pode chamar a atenção.
2. Evite dar opiniões firmes, seguras ou categóricas.
Com a saída de Falcão, para dirigir o Internacional, tudo indica que o posto de comentarista número um da emissora deve ser ocupado pelo ex-jogador Caio. Segundo a jornalista Keila Jimenez, da “Folha”, Galvão Bueno já expressou a preferência de trabalhar mais com Caio do que com Casagrande, também do time de comentaristas da casa. Falcão firmou-se como comentarista principal da Globo pelo seu talento em falar pouco, repetir os mesmos três conceitos sobre futebol, sempre constatar o óbvio e, em 99% das situações, concordar com Galvão.
Caio segue pelo mesmo caminho. Ainda que mais despojado e menos formal que Falcão, é outro gênio na arte de pouco acrescentar a quem está assistindo uma partida pela televisão. Concorde-se ou não com Casagrande, o ex-jogador é um dos raros comentaristas da emissora que não respeita integralmente as regras da cartilha global. Tem opiniões contundentes sobre qualquer assunto e, diferentemente de seus colegas Caio e Falcão, não se constrange de criticar jogadores. Alguém poderá lembrar que Arnaldo Cesar Coelho costuma divergir de Galvão. Não é bem assim. As “brigas” do comentarista de arbitragem com o narrador são, na verdade, momentos de humor, no qual Coelho funciona como “escada” para o show de Galvão.
Cercado por Caio e Arnaldo Cesar Coelho, Galvão fica à vontade para continuar fazendo o que mais gosta: narrar, comentar e dirigir a transmissão das partidas de futebol – sozinho, sem ninguém para “atrapalhar”. Essa equipe foi testada no amistoso entre Brasil e França, em fevereiro. A patriotada tradicional de Galvão contou com o apoio incondicional de seus dois escudeiros. Arnaldo insistiu em chamar de “imprudência” o golpe de caratê de Hernanes em Benzema, pelo qual mereceu cartão vermelho, e Caio economizou ao máximo os adjetivos para tratar da atuação pífia da seleção, derrotada por 1 a 0, gol de Benzema.
Moral da história: Falcão pode até ser mais polido que Caio e Casagrande e, eventualmente, até entender mais profundamente de futebol que seus colegas, mas com Galvão Bueno em campo o time atua sempre da mesma maneira.
SEM pretender me candidatar a comentarista da Globo, CONDORDO com o comentário de Maurício Stycer.
Há reinos intocáveis, p. ex., uma vez Ferrugem, um humorista mignon, desde a antiga Tv Tupi, disse em entrevista que escrevia bons textos mas estes todos eram vetados por Renato Aragão, para que Ferrugem não aparecesse mais engraçado que ele.
Gavão Bueno é um desses reis do pedaço, intocáveis, partidário da anedota de que ‘o chefe sempre tem razão’ ou ‘a sua camisa também é linda, chefe’.
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Galvão, o grande narciso puxa-saco.
É incrível como esse cara tem a habilidade de se aproximar dos grandes nomes do esporte. Com isso acabou tornando-se uma grife.
Mas muito disso ele consegue a custa de muita bajulação e abandono da imparcialidade em suas atuações. Criticar o afasta das entrevistas exclusivas e outras regalias.
quem perde é o jornalismo esportivo.
Só pra dar um exemplo do quanto esse cara é puxa-saco, dias desse no programa bem amigos o jô por acaso passou pra dar um alô. Galvão não perdeu tempo e o chamou pra frente das câmeras pediu pra que ele sentasse, fez uns elogios e soltou a pérola: “mas como tá magrinho”. e ele não falou com ironia não.
quase caio pra tráz.
o resto da conversa eu não sei pois imediatamente mudei de canal.
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Acredito que cada emissora realiza a sua linha editorial da forma que achar conveniente. Acho, por exemplo, que a ESPN tem muitos comentaristas que adoram polêmica, e que em muitos casos fazem comentários em momentos inoportunos, por exemplo, o caso da ligação do PVC para o Felipe Melo na hora da convocação para a Copa do Mundo.
No caso do Timão Campeão, temos comentaristas diversos, uns polêmicos, uns brandos e etc… e isto eu entendo ser bem interessante.
Assim, deveria caber ao telespectador evitar programas para a audiência cair e quem sabe a emissora mudar o formato e as pessoas do programa.
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Uns mais, outros menos, o que, na minha opinião, me parece certo, é que,via de regra, os ditos âncoras, na seara esportiva, principalmente, acabam se revelando uns absolutos, uns chatos, beirando o insuportável. A sorte deles é que o futebol é imenso e a paixão do brasileiro pelo esporte é maior ainda. Como o Galvão, é possível citar, dentre outros, o Flávio prado, o Milton Neves, o Trajano, o Juca Kfouri etc. Um que dá nítida impressão que foge a esta regra, é o Guerreiro. Émuito agradável assistir ao Bola na Torre sob o comado dele ou mesmo escutar as tansmissões que faz no microfone da Clube.
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As transmissões globais são sempre assim: não apontam o óbvio, criam factóides, carregam nas adjetivações superlativas a técnicos e jogadores de sua patota (alguém lembra do Roque Jr e do nosso Giovanni, que insinuaram que o “mala” Bueno privilegiava alguns “chegados” com comentários positivos acerca de suas atuações em clubes e na Seleção?) e, o que mais irrita, estão “sempre a favor”. É uma “chapa-branquização” que não tem fim! Égua.
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Todos sabem que para a globo o que vale é o lucro. Para beneficiar suas relações com os patrocinadores, Galvão e Cia fazem o que for preciso para transformar tudo em um mar de rosas, ou seria de risos amarelos…
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O Falcao aceitou o convite do Internacional para se livrar do Galvao, e tambem ver se ele agora fala alguma coisa. kkkkkkkkkk
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