Aos 81 anos, morreu neste domingo o professor, escritor e ensaísta paraense Benedito Nunes, um dos mais importantes intelectuais brasileiros. Ele havia sido internado na noite de sábado, na unidade cardiológica do Hospital da Beneficente Portuguesa. Pouco conhecido fora dos círculos acadêmicos, Nunes deixou uma obra de importância reconhecida nacionalmente. Especializou-se em analisar e esmiuçar o trabalho de escritores renomados, como Clarice Lispector, João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa e Fernando Pessoa. Sempre se definiu como um autodidata e eternamente curioso quanto à vida. Seu corpo será velado na Igreja de Santo Alexandre a partir das 17h deste domingo. O enterro será na manhã de segunda-feira, após missa de corpo presente. Em 2010, Bené ganhou o Prêmio Machado de Assis, oferecido pela Associação Brasileira de Letras (ABL).
Outra grande perda para a literatura nacional foi a morte, também neste domingo, do escritor Moacy Scliar. Considerado um escritor de pegada universal, Sclyar era gaúcho de nascimento e muitas de suas histórias se desenrolam tendo Porto Alegre (RS) como cenário, embora não fosse regionalista. Tinha 73 anos e morreu devido neste domingo devido à falência múltipla dos órgãos, segundo o Hospital das Clínicas de Porto Alegre. Estava internado desde o dia 17 de janeiro quando sofreu um AVC (acidente vascular cerebral). Entre suas obras mais conhecida, destaque para “Max e os Felinos”.
O médico e escritor me proporcionou bons momentos de leitura com seus contos.QUE DESCANSE EM PAZ…
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Referi-me ao gaucho quanto ao paraense Benendito não o conheci,mas só em ser intelctual ligados ás letras tem meu respeito.
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Benédito Nunes e Alonso Rocha nos deixaram e com eles perdemos magnificencias. Alonso foi principesco na poesia, Bené foi magistral na filosofia, nos ensaios literários e no magistério. Ficamos mais pobres, intelectualmente mas esperançosos de breves revelações.
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Essa notícia eu não esperava. triste.
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É temerário, mas vou afirmar. Do ponto de vista da crítica literária o prof. Bene é figura de maior relevo – sua morte ainda não teve repercussão na mídia nacional. Do ponto de vista da produção ficcional, em si, o Moacyr Scliar é reconhecidamente mais divulgado – diria que é mais popular. Não tenho dúvidas que os cadernos B dos mais importantes órgãos da imprensa nacional tratarão na segunda-feira dessas duas importantes figuras intelectuais do Brasil.
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Do médico e escritor gaúcho recomendo seu último romance: Eu vos abraço, milhões!
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