Dia: 27 de julho de 2010
Bruni estrela comédia de Woody Allen
Carla Bruni, ex-modelo e cantora, primeira-dama da França, faz sua estreia no cinema sob o comando de Woody Allen, na comédia “Midnight in Paris”. Apesar de reunir um elenco estelar (Kathy Bates, Marion Cotillard e Owen Wilson), toda a publicidade do filme gira em torno do charme da mulher de Nicholas Sarkozy. Nascida em berço de ouro, Bruni ficou famosa na juventude pela facilidade de namorar grandes astros do rock, como Mick Jagger e Eric Clapton – que dedica, aliás, várias páginas de sua autobiografia ao turbulento romance com a moça. Ao lado de Allen, Bruni já mostrou a que veio num simples passeio pelo set de filmagens na capital francesa na manhã desta terça-feira.
Por puro amor à sétima arte, pretendo dar uma boa espiada nesse filme.
Rio Branco já tem novo treinador
Depois da goleada perante o Paissandu na estreia e o empate sem gols, em casa, contra o Fortaleza, o presidente do Rio Branco (AC), Natal Xavier, cumpriu a promessa e promoveu um verdadeiro desmanche na equipe. Dispensou vários jogadores, entre os quais o atacante Valdir Papel, e mandou embora o técnico Tarcílio Pugliesi. Para comandar o time na Série C, uma surpresa: chamou de volta Everton Goiano, que havia passado pelo Rio Branco no ano passado, sem fazer um bom trabalho.
Misto do Leão passa pelo Gavião
Em amistoso realizado na noite desta terça-feira, no Baenão, o mistão do Remo derrotou o Gavião Kyikategê por 2 a 0. Marcaram para os azulinos o zagueiro Márcio Nunes, logo aos 3 minutos, e Hélinton aos 5 do segundo tempo. O jogo-treino serve, segundo o técnico Giba, para manter em atividade jogadores que não são titulares da equipe na Série D.
Luz nem sempre é para todos
Cinco interrupções do serviço de energia elétrica desde as 16h30 aqui na Pedreira. Paralisações causam incontáveis prejuízos e transtornos aos consumidores. Não é mole, não. E olha que estamos a poucos quilômetros da maior hidrelétrica do Brasil.
Estatuto do Torcedor fica mais rigoroso
Enfim, boas notícias para o futebol. A partir desta terça-feira, passa a ser crime passível de prisão de dois a seis anos a manipulação de resultados por juízes de futebol e compra de resultados por cartolas. A lei foi sancionada no começo da tarde desta terça-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em cerimônia no CCBB (sede provisória do governo). A nova regra proíbe explicitamente “solicitar ou aceitar vantagem ou promessa de vantagem patrimonial ou não com o fim de alterar o resultado de uma competição esportiva” e “fraudar por qualquer meio ou contribuir para que se fraude, de qualquer forma, o resultado da competição esportiva.”
Além de atingir juízes e cartolas, as mudanças no Estatuto do Torcedor miram cambistas, torcidas uniformizadas e torcedores dispostos a irem aos estádios para fazer tumulto. Cambista pego vendendo ingressos estará sujeito à prisão de um a dois anos e ao pagamento de multa. Quem fornecer, desviar ou facilitar a distribuição de ingressos para venda por preço superior ao estampado no bilhete estará sujeito a reclusão de dois a quatro anos e multa. Promover tumulto e incitar a violência nos estádios causará prisão de um a dois anos mais multa, mas na sentença condenatória, o juiz poderá trocar essa pena pela proibição do torcedor assistir jogos nos estádios pelo prazo de três meses a três anos. O texto foi aprovado pelo Congresso Nacional no ano passado e produzido em consenso pelos ministérios do Esporte, da Justiça, CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e Ministério Público.
Filme resgata a era de ouro da MPB
Por Marco Tomazzoni, do iG SP
Imagine um palco que reúna na mesma noite Chico Buarque, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Elis Regina. Ainda coloque na conta Mutantes, Edu Lobo, Jair Rodrigues, MPB4 e Geraldo Vandré. E Nara Leão. E Nana Caymmi. O que hoje parece um desvario, algo impossível, aconteceu há 40 anos e figura como um dos momentos mais emblemáticos da cultura nacional. Pois o III Festival de Música Popular Brasileira volta à baila no documentário Uma Noite em 67, de Renato Terra e Ricardo Calil, escolhido para a abertura do festival É Tudo Verdade.
A chamada “era dos festivais” começou em 1965, na TV Excelsior, e o formato deu tão certo que se espalhou pelas outras emissoras da época. As eliminatórias e finais eram realizadas em teatros tradicionais, enormes, e o clima, de torcida frenética: o público tinha seus preferidos e, de acordo com o candidato, acompanhava a performance vaiando ou cantando junto. Os programas serviam também de plataforma para novos artistas – Chico Buarque chegou ao estrelato em 1966, com a vitoriosa “A Banda”, e Milton Nascimento com “Travessia”, no ano seguinte –, novas tendências e como palanque para a contestação política. Uma janela e tanto para fisgar a opinião pública.
Abrigado pela TV Record, o Festival de Música Popular Brasileira (ou Festival da Record, como chegou a ser conhecido) teve seu auge em 1967 por registrar o ápice das tensões que moviam a cena na época. O samba tradicional convivia em razoável harmonia com a canção de protesto, mas a presença da guitarra elétrica, empunhada pela turma da Jovem Guarda, representava uma pretensa ameaça à integridade da música nacional, tanto que Elis e Gil chegaram a liderar uma passeata contra o instrumento e a influência da cultura norte-americana poucas semanas antes do programa – passeata, aliás, cujas imagens vêm pela primeira vez a público, resgatadas da Cinemateca Brasileira.
“Existia uma divisão muito clara, duas correntes musicais que não se falavam”, afirma Terra, um dos diretores do filme. “A partir dali, começou a se produzir um tipo de música que existe até hoje, misturando elementos regionais e da vanguarda musical no mundo inteiro, que chamavam na época de ‘som universal’. Acho que o festival de 67 foi o mais representativo, o mais importante.” Esse “som universal”, na verdade, era nada mais, nada menos do que o embrião do tropicalismo, tanto que Gil e Caetano apresentaram duas canções que se tornariam bandeiras do movimento: “Domingo no Parque”, ao lado dos Os Mutantes, e “Alegria, Alegria”, com os Beat Boys.
“Ponteio”, defendida por Edu Lobo e Marília Medalha, “Roda Viva”, com Chico Buarque, e “Maria, Carnaval e Cinzas”, samba surpreendente cantado por Roberto Carlos no auge do iê-iê-iê, completam as cinco primeiras colocadas pelo júri e que formam a espinha dorsal do documentário. A equipe do filme reuniu depoimentos saborosíssimos de todos os envolvidos e de quebra ouviu Sérgio Ricardo, nosso primeiro rockstar – incomodado pelas vaias que o impediam de tocar a música “Beto Bom de Bola”, ele destruiu seu violão em uma cadeira do palco.
Aquele era o embrião do tropicalismo, movimento que incorporou o “som universal” à música brasileira. Universal por querer unir, como lembra Gil, Pífaros de Caruaru com Jefferson Airplane, ou berimbau com a guitarra, como fez com Os Mutantes em “Domingo no Parque”. Testemunhar Caetano falando sobre música pop e sua intenção de “assumir todas as formas da cultura massificada” num dos programas com maior audiência do país era o sinal de que, a partir dali, tudo seria possível.
Uma Noite em 67 registra os bastidores e o contexto daquela época de forma singela, mas potente – tudo é contado apenas com as imagens de arquivo da Record e, o grande mérito, entrevistas atuais com os protagonistas do evento. Até pessoas ariscas à imprensa, como Chico, comparecem, mas a surpresa maior fica mesmo com o quase eremita Roberto Carlos. Popstar máximo, símbolo do iê-iê-iê, participou do festival com um samba, “Maria, Carnaval e Cinzas”, e lembra no filme seu passado como crooner.
Capa do DIÁRIO, edição de terça-feira, 27
Nos bastidores da notícia…
Por Juca Kfouri
Indicado, antes de votar em Fábio Koff, por Ricardo Teixeira, para a Comissão Médica da Fifa, o cardiologista Roberto Horcades tomou um avião para Joanesburgo, onde estava marcada uma reunião. Pagou do próprio bolso, na classe econômica, porque, estranhamente, não havia recebido as passagens da Fifa, como sempre.
Ao chegar ao encontro, no entanto, foi avisado que havia sido exonerado e que nem poderia entrar na sala. Seu lugar, na Comissão Médica da Fifa, repita-se, já estava ocupado pelo ex-presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi, doutor em…deixa pra lá.
E Teixeira achou que tiraria Muricy Ramalho das Laranjeiras…
Capa do Bola, edição de terça-feira, 27
Sem Clube não há futebol
Flagrante do programa Linha de Passe, realizado nesta segunda-feira na Rádio Clube. Sob o comando sereno de Guilherme Guerreiro (à dir.), os comentaristas João Cunha, Jones Tavares e este escriba que vos fala debatem a participação dos clubes paraenses nas rodadas das séries C e D, no principal estúdio da emissora campeã de audiência.
A frase certeira (10)
“Sinto-me jogador e vou seguir jogando até que o corpo aguente. Meu futuro está em Alemanha ou Inglaterra. Se saberá nos próximos dias. Sempre estarei disponível para tudo que Real Madri necessite”.
De Raúl González Blanco, ídolo do Real Madri, despedindo-se do clube depois de 16 anos de grandes conquistas.